Publicado em 01 de Janeiro às 06:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em janeiro de 2023.
Começamos o ano ainda em busca de respostas sobre o cenário macroeconômico global. Nos EUA, dados macroeconômicos ainda não convergem numa mesma direção. China iniciou o processo de reabertura da sua economia e, no Brasil, a PEC da transição foi aprovada, com investidores ainda receosos sobre a situação fiscal para o próximo ano.
Com um cenário nebuloso à frente, montamos nossas carteiras com um mix de estratégias. Nosso foco estará em empresas defensivas e exportadoras, mas sem abrir mão de estar posicionado em empresas domésticas, em virtude da atratividade dos preços e da acomodação momentânea do mercado de juros.
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Inflação: os sinais de que o pior da inflação ficou para trás estão se acumulando, porém, não podemos menosprezar a possibilidade de observarmos uma acomodação deste indicador nos próximos meses. Caso o processo de reabertura da economia chinesa tenha sucesso mais rápido do que o esperado, a expectativa é de alta dos preços dos combustíveis e alimentos, itens de relevância nos indicadores de inflação monitorados pelos bancos centrais globais. Seguiremos vigilantes e atentos aos discursos dos banqueiros centrais, que permanecem hawkish, e aos dados sobre o mercado de trabalho, que ainda apresenta sinais de resiliência.
Estados Unidos: o noticiário corporativo nos trouxe preocupação sobre os desafios que serão enfrentados nos próximos trimestres. Dados de fluxo dos investidores indicam uma postura conservadora, com muitos ainda posicionados em ações. Assim, não podemos descartar correções adicionais dos principais índices acionários com uma possível revisão nas expectativas de lucros das empresas. As últimas notícias mostram uma situação desafiadora e certa desconfiança do empresário norte-americano com o cenário à frente. Permanecemos com o mesmo nível de alocação do mês anterior, optando por estar posicionado em empresas defensivas, com capacidade de geração de caixa e boas pagadoras de dividendos.
China: muitas novidades relacionadas à China, principalmente sobre a reabertura de sua economia. Entendemos que esse movimento não ocorre da noite para o dia e deverá passar por idas e vindas, mas olhamos o copo meio cheio, diante do que já ocorreu no Ocidente, e esperamos um cenário melhor ao longo de 2023. Acreditamos que o 1º semestre deve ser de grande volatilidade, com a segunda parte do ano sendo mais construtiva. Será importante também avaliarmos as consequências da reabertura chinesa e seus efeitos sobre a inflação global.
Começamos com um novo governo, que terá grandes desafios para 2023, principalmente da ordem fiscal, e até o momento não estamos confiantes nas decisões tomadas. A aprovação da PEC da transição em dezembro veio “melhor” do que o esperado e contribuiu para uma melhora do mercado de juros, porém, a postura adotada pelo governo eleito, bem como os nomes anunciados para os ministérios, nos faz lembrar do passado e de como decisões erradas prejudicaram bastante o desempenho da economia brasileira.
Não estamos dando o viés da dúvida, porém, entendemos que uma política de maiores gastos públicos poderia ser suavizada por ventos externos e locais. China surpreendendo, enfraquecimento do dólar globalmente e um congresso de centro-direita serão bem recebidos ao longo do ano. Além disso, como os ativos brasileiros já precificam um cenário bastante negativo, não poderemos fechar nossos olhos para essa possibilidade, nem para como isso poderia ser positivo para a precificação das ações ligadas à economia doméstica. Mesmo diante de uma economia mais fraca, se o BCB for capaz de reduzir os juros no próximo ano, o efeito nas ações locais seria bastante positivo.
(1) Empresas ligadas a commodities: seguimos com exposição relevante a commodities em todas as nossas carteiras, com foco em energéticas e agrícolas. Temos posições em mineradoras e siderúrgicas, mas somente em carteiras de grande diversificação. No geral, essas empresas também são opções interessantes para investidores que gostam de ações boas pagadoras de dividendos.
(2) Empresas ligadas à economia local: estamos com exposição reduzida a ações ligadas à economia local diante dos últimos acontecimentos e das escolhas políticas adotadas pelo governo eleito. Para as empresas e os setores de nossa escolha, e que ainda permanecem, estamos em busca de empresas de menor volatilidade, dentro de setores como varejo, construção civil e educacional, que atendam o público de baixa renda.
(3) Dolarização da carteira: mantivemos nossa exposição a ativos dolarizados diante do cenário Brasil e mundo. Globalmente, existe espaço para uma desvalorização do dólar, por causa da reabertura da China. Em relação ao Brasil, a indefinição dos planos do governo eleito poderá trazer volatilidade.
(4) ETFs e BDRs: aumentamos nossa exposição a ações americanas de setores mais resilientes, pois ainda entendemos que o cenário à frente é desafiador. Focaremos setores mais perenes, como consumo básico, energia, saúde e boas pagadoras de dividendos, evitando posições em empresas de tecnologia.
Com a virada de ano, estamos fazendo diversas trocas em nossas carteiras devido a atualização de nosso modelo de escolha e adequação ao cenário atual. A maioria de nossas carteiras está começando com portfólios mais agressivos (betas maiores do que 1), porém, com uma alocação maior em empresas exportadoras e boas pagadoras de dividendos.
Nossas recomendações tem uma característica em comum, todos os portfólios apresentam bom histórico de distribuição de devindos nos últimos 12 meses. Acreditamos que diante da incerteza, investidores irão buscar por esse tipo de característica. Devido à volatilidade esperada para 2023, recomendamos a escolha de portfólios mais diversificados e com empresas de maior capitalização.
Aos portfólios que permitem maior diversificação estamos também alocados em empresas ligadas ao consumo doméstico, mesmo com os receios em torno da questão fiscal brasileira. Entendemos que há possibilidade de grande parte desses riscos já estarem precificados.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -4,41% no mês de dezembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -2,45%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 1,49% contra uma alta de 4,69% do Ibovespa. Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Americanas S.A. (AMER3), Assaí (ASAI3), Pão de Açúcar (PCAR3), Taesa (TAEE11), Unipar (UNIP6) e Wiz Seguros (WIZS3). Com Inclusão das ações da CBA (CBAV3), Cemig (CMIG4), Copasa (CSMG3), Cury (CURY3), Locaweb (LWSA3) e SLC Agricola (SLCE3).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -6,49% no mês de dezembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -2,45%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -20,84% contra uma alta de 4,69% do Ibovespa. Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Americanas S.A. (AMER3), Pão de Açúcar (PCAR3) e Sul America (SULA11). Com Inclusão das ações da Petro Rio (PRIO3), SLC Agricola (SLCE3) e Telefônica Vivo (VIVT3).
Obs.: Por conta da combinação de negócios entre Rede D´or (RDOR3) e Sul America (SULA11), os acionistas de Sul America receberam ações de Rede D´or no lugar, sendo as ações de Sul America retiradas de negociação.
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 3,31% no mês de dezembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -3,01%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -0,39% contra uma baixa de -15,06%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Boa Vista (BOAS3), Irani (RANI3), Vivara (VIVA3) e Wiz Seguros (WIZS3). Com Inclusão das ações da Alupar (ALUP11), Copasa (CSMG3), Marcopolo (POMO4) e SLC Agricola (SLCE3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 3,16% no mês de dezembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -3,01%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -4,86% contra uma baixa de -15,06%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da BR Partners (BRBI11), Mills (MILS3), Positivo (POSI3) e Track&Field (TFCO4). Com Inclusão das ações da Ânima (ANIM3), Kepler Weber (KEPL3), Log Commercial Properties (LOGG3) e Vittia Fertilizantes (VITT3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma baixa de -1,01% no mês de dezembro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho negativo de -1,61%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 14,67% contra uma alta de 12,65%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Direcional (DIRR3) e Eletrobras ON (ELET3). Com Inclusão das ações da Unipar (UNIP6) e Vale (VALE3).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -5,16% no mês de dezembro. No mesmo período, o Ibovespa (IBOV) obteve um desempenho negativo de -4,37%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -23,24% contra uma baixa de -13,96%, no mesmo período, do Ibovespa (IBOV). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Assaí (ASAI3), Fleury (FLRY3) e Grupo Natura (NTCO3). Com Inclusão das ações da Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4) e Energias BR (ENBR3).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 0,23% no mês de dezembro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho negativo de -4,22%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -43,69% contra uma baixa de -28,05%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Mcdonald’S (MCDC34). Com Inclusão das ações do Mercado Livre (MELI34).
Para o mês de janeiro de 2023, recomendamos compra de It Now PIBB (PIBB11), It Now DIVO (DIVO11) e It Now IMAT (MATB11), China (XINA11) e Ouro (GOLD11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de dezembro de 2022, a Carteira de ETF MACRO recuou -0,62% contra o Ibovespa que apresentou queda de -2,45% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa que representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)