Publicado em 01 de Janeiro às 07:00:00
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Mantemos uma perspectiva otimista para o ano de 2024, baseando nossa expectativa na tese de um pouso suave (“soft landing”) na economia dos Estados Unidos, no início da queda de juros pelo Federal Reserve (Fed) e na continuidade da redução da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) no Brasil. Esses fatores macroeconômicos são fundamentais para a nossa visão positiva do mercado para este ano.
No entanto, enfrentamos algumas dificuldades nas escolhas das ações para janeiro, devido ao impacto técnico provocado pelas fortes altas nos meses de novembro e dezembro. A recente valorização dos mercados levou a uma situação onde alguns preços de ações podem parecer “esticados” no curto prazo.
Neste contexto, nossas alterações na carteira foram pontuais, focando principalmente em empresas cujos preços parecem exceder o valor justo no momento.
Nossas principais alocações estão concentradas em empresas de menor capitalização, as chamadas Small Caps. Acreditamos que essas empresas oferecem um maior potencial de crescimento e valorização, especialmente em um cenário de mercado otimista e taxas de juros decrescentes.
Dezembro se revelou mais um mês extremamente positivo para as ações globais, especialmente para os mercados de países emergentes, como o Brasil. Neste cenário, as ações de menor capitalização, conhecidas como Small Caps, se destacaram de forma bastante positiva. Esse desempenho foi impulsionado pelas expectativas do mercado em torno de uma política monetária mais flexível no próximo ano. Fatores como a desvalorização do dólar e a queda dos yields (rendimentos) nos títulos do tesouro dos EUA foram cruciais para fortalecer esse sentimento otimista.
Após um Novembro já bastante positivo, Dezembro se caracterizou pelo “pivot” do Federal Reserve (Fed), a mudança surpreendente na postura do banco central americano. A decisão do Fed de adotar uma abordagem mais dovish (flexível) do que se esperava acabou por reacender o entusiasmo do mercado, contribuindo significativamente para o sucesso do rali de final de ano.
Essa virada na política monetária do Fed, aliada à dinâmica favorável nos mercados emergentes e à desvalorização do dólar, criou um ambiente propício para o crescimento do mercado acionário. Esse contexto otimista, especialmente em dezembro, ajudou a consolidar um final de ano animador para os investidores, marcando um encerramento positivo para o mercado de ações em 2023.
Ibovespa está sendo negociado a um múltiplo Preço/Lucro (P/L) projetado para os próximos 12 meses de 8,3 vezes, o que representa um desconto de 25% sobre sua média histórica de 11,0 vezes. Este dado sugere que, em geral, as ações listadas no índice estão sendo avaliadas abaixo de seu valor médio histórico, o que pode indicar uma oportunidade de investimento ou uma percepção de risco elevado por parte dos investidores.
Ao excluir as gigantes Petrobras e Vale do cálculo, o Ibovespa apresenta um múltiplo P/L de 10,7 vezes, ainda abaixo da média histórica de 12,2 vezes, resultando em um desconto de 13%.
As ações de empresas voltadas para a economia doméstica estão sendo negociadas a um múltiplo P/L de 10,3 vezes, o que é inferior à média histórica de 12,1 vezes, refletindo um desconto de 15%. Isso sugere cautela ou expectativas moderadas dos investidores em relação ao desempenho econômico interno do Brasil.
Em contrapartida, as empresas exportadoras estão enfrentando um cenário ainda mais desafiador. Estas ações estão sendo negociadas a 7,4 vezes o P/L projetado para os próximos 12 meses, um valor bem abaixo da média histórica de 10,1 vezes, representando um desconto expressivo de 26%.
Por fim, as Small Caps, empresas de menor capitalização, estão sendo negociadas a 10,1 vezes o P/L projetado para os próximos 12 meses, significativamente abaixo da média histórica de 14,5 vezes, resultando em um desconto de 30%. Este é o maior desconto entre os segmentos analisados, o que pode indicar uma percepção de maior risco ou uma oportunidade de investimento subvalorizado, dependendo da análise do investidor.
Até o dia 26 de dezembro, observamos um cenário interessante no mercado financeiro brasileiro em relação ao fluxo de investidores. Os investidores estrangeiros mostraram uma presença marcante, com uma entrada de quase R$ 17 bilhões após um mês de novembro excepcional, que registrou um fluxo de entrada deR$ 21 bilhões. Isso levou o saldo anual desses investidores a atingir a máxima do ano, totalizando R$ 44,3 bilhões.
Por outro lado, o investidor local apresentou um comportamento diferente. Os investidores institucionais brasileiros registraram uma saída significativa de R$ 12,3 bilhões, enquanto os investidores pessoa física tiveram uma saída de R$ 3,1 bilhões. Ao longo do ano, o fluxo acumulado de saída para o segmento institucional foi de R$ 64,8 bilhões, contrastando com a entrada de R$ 1,4 bilhão do segmento de investidores pessoa física.
Esses números refletem a dinâmica do mercado acionário brasileiro em 2023, onde o capital estrangeiro demonstrou uma confiança crescente no potencial do mercado brasileiro, enquanto os investidores locais, particularmente os institucionais, adotaram uma postura mais cautelosa.
(1) Empresas Exportadoras: Atualmente, estamos direcionando algumas alocações para empresas exportadoras, principalmente por causa dos preços atrativos destas empresas no mercado externo, visando a diversificação das carteiras. No entanto, elas não são nossa principal alocação devido ao potencial risco associado a um cenário de hard landing no próximo ano, que poderia impactar negativamente o desempenho desses ativos.
(2) Empresas Domésticas: Com os sinais mais claros de um ciclo de baixa dos juros tanto no Brasil quanto nos EUA, reforçamos nossa principal alocação para dezembro e ao longo de 2024 nas empresas domésticas. A cautela na seleção destas empresas foi primordial, procurando evitar aquelas que possam ter sido tecnicamente afetadas pela forte alta observada em dezembro.
(3) Dolarização da Carteira: As posições em ativos dolarizados foram reduzidas, considerando os sólidos fundamentos do Real e a expectativa de continuação do fluxo positivo de capital esperados para 2024.
(4) ETFs e BDRs: Aumentamos nossa exposição em empresas mais defensivas, aproveitando os atrativos níveis de valuation. Continuamos com alocações em ETFs e BDRs relacionados à China e ao Ouro. A China é atrativa devido aos seus preços vantajosos, enquanto o Ouro é uma escolha estratégica diante da expectativa de queda dos juros nos EUA.
Nossa estratégia de alocação atual está focada principalmente em empresas de menor capitalização, onde buscamos diversificação ao investir em uma variedade de setores. Estamos identificando oportunidades em empresas cujo ciclo microeconômico é favorável, particularmente aquelas que estão em fase de recuperação ou expansão de seus resultados nos próximos trimestres. Acreditamos que essas empresas oferecem um potencial significativo de crescimento e valorização.
Além disso, nossas carteiras atualmente apresentam betas acima de 1, refletindo nossa busca por geração de alfa nos primeiros meses do ano. Esta decisão é embasada pela continuidade do fluxo de investimentos estrangeiros no mercado brasileiro, o que reforça nossa confiança na estratégia de buscar retornos acima da média do mercado.
No entanto, estamos atentos ao movimento técnico de muitos ativos que, após as recentes valorizações, podem estar com preços esticados no curto prazo. Isso pode levar a uma fase de acomodação ou a uma realização de lucros nas primeiras semanas de janeiro de 2024. Portanto, enquanto mantemos uma postura geralmente otimista, também estamos exercendo cautela para evitar riscos excessivos associados a avaliações inflacionadas.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 5,37% no mês de dezembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 5,38%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 7,73% contra uma alta de 22,28% do Ibovespa. Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Iguatemi (IGTI11), Neoenergia (NEOE3) e Petro Rio (PRIO3). Com Inclusão das ações da Assaí (ASAI3), Mater Dei (MATD3) e Irani (RANI3).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 4,08% no mês de dezembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 5,38%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 15,66% contra uma alta de 22,28% do Ibovespa. Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Petro Rio (PRIO3). Com Inclusão das ações da Assaí (ASAI3).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 6,76% no mês de dezembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 7,05%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 19,80% contra uma alta de 17,12%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Ecorodovias (ECOR3), Fleury (FLRY3) e Iguatemi (IGTI11). Com Inclusão das ações da Duratex (DXCO3), Mater Dei (MATD3) e MRV (MRVE3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 11,00% no mês de dezembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 7,05%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 16,01% contra uma alta de 17,12%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Wiz Seguros (WIZC3). Com Inclusão das ações da Espaço Laser (ESPA3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 10,10% no mês de dezembro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 6,90%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 15,50% contra uma alta de 26,84%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Wiz Seguros (WIZC3). Com Inclusão das ações da Auren Energia (AURE3).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 6,96% no mês de dezembro. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho positivo de 6,04%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 20,42% contra uma alta de 19,18%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Neoenergia (NEOE3) e SLC Agricola (SLCE3). Com Inclusão das ações da Cemig (CMIG4) e Duratex (DXCO3).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 1,96% no mês de dezembro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 2,84%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade alta de 28,03% contra uma alta de 26,33%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de dezembro, saíram as ações da Berkshire Hathaway (BERK34), Aura 360 (AURA33), Chevron (CHVX34) e Microsoft (MSFT34). Com Inclusão das ações da Amazon.Com (AMZO34), Coca Cola (COCA34), Johnson & Johnson (JNJB34) e Netflix (NFLX34).
Para o mês de janeiro de 2024, recomendamos compra de It Now IMAT (MATB11), It Now DIVO (DIVO11), China (XINA11), Ouro (GOLD11) e Ishare SMAL (SMAL11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de dezembro de 2023, a Carteira de ETF MACRO avançou 3,16% contra o Ibovespa que apresentou alta de 5,38% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)