Publicado em 01 de Julho às 06:00:00
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Realmente, as últimas semanas foram favoráveis para o Brasil, com o mercado precificando a potencial queda da Selic. No entanto, isso também representa um desafio, pois a recente alta dos preços dos ativos pode tornar mais difícil encontrar oportunidades de investimento atraentes. Mesmo com os recentes sinais positivos, é preciso levar em conta a possibilidade de volatilidade, especialmente considerando o ambiente econômico global ainda incerto.
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No cenário internacional, pouco em termos de novidades significativas emergiu que pudesse fornecer mais orientações sobre as próximas ações dos formuladores de políticas monetárias e sobre a situação econômica atual. A maior dificuldade reside em nossa capacidade de avaliar corretamente a verdadeira condição da economia global.
Por um lado, temos a economia chinesa que ainda não conseguiu sinalizar um crescimento sustentável, enquanto as autoridades locais mantêm promessas de novos estímulos. Entretanto, a demora em implementá-los pressiona os preços das commodities.
Na Europa e nos EUA, o discurso de vigilância na política monetária para combater a inflação permanece, e mesmo com os mercados já precificando o fim deste ciclo, ainda precisamos compreender o verdadeiro impacto disso na economia global.
Os dados macroeconômicos ainda não estão alinhados, o que dificulta a projeção do futuro. Dada essa incerteza, acredito que a abordagem mais sensata seja manter uma postura cautelosa em relação aos ativos globais.
O Banco Central do Brasil (BCB) decidiu unanimemente manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, o nível mais alto desde dezembro de 2016, pela sétima reunião consecutiva em junho. O BCB reforçou que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas de inflação e avalia que a manutenção da Selic por um período suficientemente longo é a estratégia mais adequada para assegurar a convergência da inflação no horizonte relevante, que inclui o ano de 2024. Porém, foi sinalizado pela primeira vez que, apesar da recente desaceleração dos índices de inflação ao consumidor, a saída do efeito base das deflações ocorridas nos meses de julho, agosto e setembro de 2022 levará a um aumento da inflação acumulada em 12 meses ao longo do segundo semestre de 2023.
O dado mais recente sobre a inflação no Brasil, mostrou uma desaceleração do IPCA-15, de 0,51% em maio para 0,04% em junho, e de 4,07% para 3,40% em 12 meses (13ª queda anual consecutiva), juntamente com as declarações na Ata da última reunião do Copom, aumentaram as chances do Banco Central do Brasil iniciar o ciclo de cortes da taxa SELIC já em agosto de 2023. Não somente o IPCA-15 completo mostrou forte desaceleração, mas também a média dos núcleos de inflação, os serviços, os serviços subjacentes e os preços livres. No entanto, todos os componentes do índice continuam acima da meta de inflação de 3,25% para 2023 e de 3,0% para 2024.
A Ata da última reunião do Copom apontou que a continuação da desinflação em curso, afetando as expectativas, pode permitir ganhar a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião. Isso sugere que se a inflação continuar desacelerando e as expectativas convergindo para as metas, a redução da SELIC poderá começar, parcimoniosamente (0,25 p.p.), em agosto.
Conforme esperado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu recentemente manter a meta de inflação em 3,0% ao ano até 2026. No entanto, introduziu uma mudança significativa no regime de metas para a inflação no país a partir de 2025. Em vez de definir uma meta para o ano civil, o CMN optou por uma meta contínua.
Esta mudança tem implicações substanciais. A meta para o ano civil fornece um objetivo claro para o Banco Central perseguir e ao mesmo tempo permite uma avaliação de se a política monetária está na direção correta. O objetivo principal não é necessariamente alcançar a meta dentro do ano civil, mas sim no horizonte relevante para a política monetária, que atualmente se estende até 2024.
A transição para uma meta contínua, no entanto, elimina esse ponto de referência para avaliar a política monetária. Isso levanta várias questões não respondidas, como: quem determinará o horizonte de política monetária? Quais serão os critérios para isso? Serão considerados a intensidade e o tipo de choques econômicos? Quais serão os critérios para avaliar a política monetária?
Em suma, sem um ponto de referência claro a ser seguido, o regime se torna mais “frouxo”. Os efeitos desta mudança sobre as expectativas de inflação são incertos. É importante monitorar como essa mudança será implementada e quais efeitos pode ter sobre a economia brasileira no futuro.
Nesse mês a agência de classificação de risco S&P Global melhorou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva, mantendo a classificação em BB-. A mudança reflete o progresso do Brasil na implementação de reformas econômicas importantes nos últimos anos, bem como indicações do Congresso de que não haverá retrocessos nessas reformas. A S&P Global destacou em particular a autonomia do Banco Central e o marco regulatório do saneamento, além do projeto de um novo arcabouço fiscal, como sinais positivos para a economia brasileira. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer antes que o Brasil possa retornar ao grau de investimento, a atualização da perspectiva é um passo na direção certa.
(1) Empresas relacionadas a commodities: Continuamos a manter uma exposição reduzida às commodities, visto que temos estado a promover uma rotação para ativos domésticos nos últimos meses. O contexto na China permanece como um fator crítico que estamos a monitorizar de perto, assim como a situação da economia global que tem apresentado dados ora resilientes, ora negativos. Assim, optamos por uma exposição menor devido a essa incerteza.
(2) Empresas vinculadas à economia local: Mantemos uma alocação maior em ações ligadas à economia doméstica, levando em conta os últimos acontecimentos e seus efeitos nas curvas de juros de curto e longo prazo. A especulação em torno de uma redução das taxas de juros em agosto já está bastante precificada, restando dúvidas quanto ao espaço que ainda existe para novas altas. Ainda assim, nossas alocações se concentram em empresas que se beneficiariam de uma queda nas taxas de juros e que se destacaram na temporada de balanços. Este mês, nos portfólios que permitem maior diversificação, incluímos algumas ações com perfil mais agressivo.
(3) Dolarização da carteira: Continuamos a manter uma exposição reduzida a ativos dolarizados, levando em consideração o contexto atual tanto no Brasil quanto no mundo. O Real apresenta bons fundamentos e, embora o cenário continue desafiador, existem várias forças que podem manter a tendência de depreciação do dólar global.
(4) ETFs e BDRs: Mantemos exposição a ações americanas de setores mais resilientes, pois entendemos que o futuro ainda apresenta desafios. Continuamos focados em setores mais perenes, como consumo básico, energia, saúde e empresas boas pagadoras de dividendos, evitando posições em empresas de tecnologia e criptoativos.
Com os ativos brasileiros ganhando destaque nos últimos meses, enquanto a economia global apresenta alguns sinais de dificuldades, os desafios centram-se em fazer as melhores escolhas e combinações entre empresas com sólidos fundamentos e preços atrativos.
As alterações que realizamos em nossas carteiras visam proporcionar um portfólio mais equilibrado entre preço e fundamentos e com a adição de algumas empresas com perfil mais agressivo em portfólios que permitam maior diversificação.
Esta é uma estratégia de gestão de risco prudente que busca proteger nosso portfólio contra a volatilidade do mercado, enquanto ainda identifica oportunidades de crescimento atraentes, principalmente em empresas domésticas com sólidos fundamentos e valuations atraentes.
Seguiremos com uma monitorização cuidadosa da situação global e das tendências do mercado brasileiro para garantir que nossas carteiras estão bem posicionadas para enfrentar quaisquer desafios e aproveitar todas as oportunidades que possam surgir.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 13,68% no mês de junho. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 9,00%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 11,08% contra uma alta de 7,61% do Ibovespa. Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Alupar (ALUP11), BTG Pactual (BPAC11), Panamericano (BPAN4) e G. Soma (SOMA3). Com Inclusão das ações da Copel (CPLE6), CVC (CVCB3), Fleury (FLRY3) e Totvs (TOTS3).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 13,70% no mês de junho. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 9,00%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 15,27% contra uma alta de 7,61% do Ibovespa. Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Engie (EGIE3) e Raízen (RAIZ4). Com Inclusão das ações da Ambev (ABEV3) e Totvs (TOTS3).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 4,13% no mês de junho. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 8,17%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 18,59% contra uma alta de 13,26%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da ABC Brasil (ABCB4) e Jalles Machado (JALL3). Com Inclusão das ações da Aeris (AERI3) e Oceanpact (OPCT3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 10,21% no mês de junho. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 8,17%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -2,12% contra uma alta de 13,26%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Dexxos Part. (DEXP3). Com Inclusão das ações da Brisanet (BRIT3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 10,46% no mês de junho. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 8,78%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 5,97% contra uma alta de 9,30%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Porto Seguro (PSSA3) e Transmissão Paulista (TRPL4). Com Inclusão das ações da BB Seguridade (BBSE3) e Copel (CPLE6).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 8,41% no mês de junho. No mesmo período, o Ibovespa (IBOV) obteve um desempenho positivo de 9,00%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 13,26% contra uma alta de 13,80%, no mesmo período, do Ibovespa (IBOV). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Cemig (CMIG4) e Engie (EGIE3). Com Inclusão das ações da Ecorodovias (ECOR3) e Neoenergia (NEOE3).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 0,32% no mês de junho. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 0,48%. No ano de 2023 a carteira apresenta rentabilidade alta de -5,86% contra uma alta de 15,14%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Alibaba (BABA34) e Mercado Libre (MELI34). Com Inclusão das ações da Carnival (C1CL34) e Salesforce (SSFO34).
Para o mês de julho de 2023, recomendamos compra de It Now Pibb Ibrx-50 (PIBB11), It Now DIVO (DIVO11), It Now IFNC (FIND11), Ouro (GOLD11) e Ishare SMAL (SMAL11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de junho de 2023, a Carteira de ETF MACRO avançou +5,88% contra o Ibovespa que apresentou alta de 9,00% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)