Publicado em 01 de Julho às 06:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em julho de 2024.
Em junho, tivemos mais um mês de grande volatilidade, com os mercados locais se descorrelacionando dos ativos globais. Mesmo com preços atrativos, o investidor buscou proteções e o grande protagonista do mês acabou sendo o Dólar frente ao Real. Para o mês de julho, estou aumentando um pouco o risco de nossas carteiras, diante dos preços atrativos e do início da temporada de balanços no final do mês. Ainda assim, a maioria das ações que acompanham o desempenho do Dólar dominam nossas recomendações.
Ao contrário da maioria das bolsas globais, os ativos brasileiros apresentaram mais um mês de desempenho negativo, em dólares, influenciado principalmente pela performance do Real (BRL) frente ao Dólar. Esse desempenho negativo foi ocasionado principalmente pela falta de confiança do investidor estrangeiro e local em relação à condução de política fiscal. Como a bolsa já está bastante desvalorizada, os investidores atuam no mercado através de apostas contra a moeda local. No mundo, mais uma vez o tema inteligência artificial dominou as principais narrativas do mercado, levando a Nasdaq ao melhor desempenho entre as principais bolsas globais.
Ibovespa está sendo negociado a 7,4x P/L projetado para os próximos 12 meses, versus média histórica de 11,0x, um desconto de 33% sobre sua média. Considerando as ações do Ibovespa (excluindo Petrobras e Vale), o índice está sendo negociando a 9,1x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 12,2x, com desconto de 25% sobre sua média. Ações de empresas ligadas à economia doméstica estão sendo negociadas a 8,6x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 12,1x e desconto de 29% sobre sua média. Empresas exportadoras estão sendo negociadas a 6,6x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 9,9x e desconto de 34% sobre sua média. Empresas de menor capitalização, Small Caps, estão sendo negociadas a 8,5x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 14,3x e desconto de 40% sobre sua média.
O sentimento de desconfiança do investidor em relação à questão fiscal se deteriorou de maneira significativa, a tal ponto que, mesmo diante de um recuo dos rendimentos dos títulos de renda fixa nos EUA, não foi suficiente para impedir uma abertura da curva de juros no Brasil. Diante dessa desancoragem das expectativas em relação ao futuro da inflação, é estimado hoje que a Selic poderá terminar o ano em 11%, o que implicaria em um aumento de 0,5 p.p. na Selic até o final de 2024.
Junho marca o sexto mês consecutivo de saída de capital estrangeiro do mercado acionário brasileiro, com uma retirada acumulada de R$ 4,8 bilhões no mês e R$ 40,6 bilhões no ano, até o dia 26 de junho. Em relação ao investidor local, o institucional também apresentou uma saída de R$ 590 milhões, após saída de R$ 3,1 bilhões no mês anterior. No ano, o saldo ainda é positivo em R$ 2,5 bilhões. Já o investidor pessoa física marcou o sexto mês consecutivo de entradas, com saldo positivo acumulado em junho de R$ 3,5 bilhões e uma entrada de R$ 22,7 bilhões no ano.
(1) Empresas Exportadoras: Mesmo com o cenário volátil para um posicionamento em commodities, acreditamos que existe espaço para valorização desses ativos, o que poderia influenciar positivamente as ações ligadas. Outro ponto que nos faz manter uma posição é a maior correlação com o dólar.
(2) Empresas Domésticas: Estamos mais seletivos nas escolhas de empresas ligadas ao setor doméstico, diante da situação fiscal e da desconfiança do investidor sobre os fundamentos do Brasil, que está elevando a curva de juros. Acreditamos que os maiores potenciais de nossas carteiras estão concentrados nessas empresas, porém, nas escolhas, optamos por priorizar aquelas mais defensivas ou diante de um ciclo microeconômico mais favorável.
(3) Dolarização da Carteira: Com o dólar se fortalecendo globalmente, embora não vejamos um amplo espaço para valorização significativa frente ao real, estamos aumentando o nível de dolarização de nossas carteiras. Esta decisão é baseada na compreensão de que empresas mais conservadoras podem se beneficiar deste cenário de um dólar mais forte internacionalmente.
Diante de um cenário mais adverso no Brasil, seguimos com portfólios mais conservadores, ou seja, que contém em sua a maioria ações com betas inferiores a 1. Esta medida reflete nossa cautela frente às incertezas no cenário doméstico e à diminuição do interesse dos investidores estrangeiros em ações brasileiras. Porém, devido a assimetria positiva, incluímos algumas ações de maior volatilidade caso ocorra alguma repique no mercado.
Essas ações consideradas mais agressivas se destacam atualmente pelos níveis de preço atrativos. Há uma assimetria favorável para uma maior exposição ao risco. Isso inclui a escolha de ações de com ciclo microeconômico positivo, diversificação setorial e uma maior alocação em empresas de maior capitalização.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -2,15% no mês de junho. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 1,48%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -18,77% contra uma baixa de -7,66% do Ibovespa. Em relação ao mês de junho, saíram as ações da BB Seguridade (BBSE3), Camil (CAML3), Positivo (POSI3) e Taesa (TAEE11). Com Inclusão das ações da Embraer (EMBR3), Itaú Unibanco (ITUB4), Klabin (KLBN11) e Transmissão Paulista (TRPL4).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -0,62% no mês de junho. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 1,48%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -18,45% contra uma baixa de -7,66% do Ibovespa. Em relação ao mês de junho, saíram as ações da BB Seguridade (BBSE3) e Taesa (TAEE11). Com Inclusão das ações da Marfrig (MRFG3) e Sao Martinho (SMTO3).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 1,53% no mês de junho. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -0,39%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -20,58% contra uma baixa de -14,85%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Camil (CAML3), C&A (CEAB3), GPS Participações (GGPS3) e Sanepar (SAPR11). Com Inclusão das ações da Embraer (EMBR3), Intebras (INTB3), Sao Martinho (SMTO3) e Santos Brasil (STBP3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 0,37% no mês de junho. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -0,39%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -19,24% contra uma baixa de -14,85%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Kepler Weber (KEPL3). Com Inclusão das ações da Positivo (POSI3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 2,53% no mês de junho. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 1,99%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -9,68% contra uma baixa de -3,41%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da BB Seguridade (BBSE3) e Taesa (TAEE11). Com Inclusão das ações da Minerva (BEEF3) e Metal Leve (LEVE3).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -1,06% no mês de junho. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho positivo de 1,10%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -22,33% contra uma baixa de -10,14%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Camil (CAML3) e Grendene (GRND3). Com Inclusão das ações da Itaú Unibanco (ITUB4) e Neoenergia (NEOE3).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 10,72% no mês de junho. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 12,79%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade alta de 37,69% contra uma alta de 41,07%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de junho, saíram as ações da Amazon.Com (AMZO34). Com Inclusão das ações da Nubank (ROXO34).
Para o mês de julho de 2024, recomendamos compra de Ishares BOVA (BOVA11), It Now DIVO (DIVO11), Hashdex Nasdaq Crypto Index FI (HASH11), Ouro (GOLD11) e Ishares SMAL (SMAL11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de junho de 2024, a Carteira de ETF MACRO avançou 1,24% contra o Ibovespa que apresentou alta de 1,48% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)