Publicado em 01 de Junho às 19:00:00
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Apesar da alta das principais bolsas globais em maio, os ativos brasileiros não foram capazes de acompanhar esse movimento de recuperação, diante dos desafios fiscais e da falta de confiança do investidor. Sendo assim, seguimos conservadores em nossas escolhas, priorizando ações que tenham uma maior correlação com o dólar, sejam defensivas ou cujos ciclos microeconômicos sejam positivos.
Em recuperação ao movimento de queda ocorrido no mês anterior, as principais bolsas globais apresentaram desempenho positivo no mês de maio. O maior impulso veio do setor de tecnologia, após o balanço de Nvidia, que mais uma vez surpreendeu o mercado com resultados e guidance positivo, reforçando as expectativas em torno do tema inteligência artificial. Na contramão das bolsas globais, os ativos brasileiros apresentaram desempenho bastante negativo. Influenciados pela alta dos juros locais e desconfiança do investidor em torno da condução da política fiscal, esse movimento provocou uma abertura da curva de juros e desvalorização do real frente ao dólar.
O Ibovespa está sendo negociado a 7,6x P/L projetado para os próximos 12 meses, em comparação com a média histórica de 11,0x, representando um desconto de 31%. Quando consideramos as ações do Ibovespa, excluindo Petrobras e Vale, o índice está negociando a 9,5x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 12,2x, com desconto de 22%. As ações de empresas ligadas à economia doméstica estão sendo negociadas a 9,0x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 12,1x, com desconto de 26%. As empresas exportadoras estão sendo negociadas a 7,0x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 10,0x, com desconto de 30%. As empresas de menor capitalização, Small Caps, estão sendo negociadas a 8,2x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 14,4x, com desconto de 43%.
O mercado brasileiro teve um desempenho inferior às principais bolsas globais, bastante influenciado pela abertura da curva de juros no mês de maio, refletindo expectativas de que não há mais espaço para redução da Selic neste ano, e uma pequena probabilidade de elevação a partir de 2025. Esse cenário é estimado hoje devido a uma forte deterioração das expectativas de inflação para os próximos anos, causada pela situação das contas públicas, que mostram um quadro bastante complexo e sem sinalização de melhora à frente. Assim, o investidor passou a exigir um maior prêmio de risco para alocação em ativos brasileiros.
Após quatro meses consecutivos de saída de capital estrangeiro do mercado acionário brasileiro, o mês de maio contou com uma entrada de R$ 893 milhões, reduzindo a saída acumulada no ano para R$ 33,3 bilhões até o dia 27 de maio. Por outro lado, o investidor institucional registrou uma saída significativa de R$ 4,1 bilhões no mês, reduzindo o saldo de entrada no ano para R$ 2,1 bilhões. Em contraste, o investidor pessoa física marcou o quinto mês consecutivo de entradas, com saldo positivo acumulado em maio de R$ 1,7 bilhão no mês e R$ 18,5 bilhões no ano.
(1) Empresas Exportadoras: Mesmo com o cenário volátil para um posicionamento em commodities, acreditamos que existe espaço para valorização desses ativos, o que poderia influenciar positivamente as ações ligadas. Outro ponto que nos faz manter uma posição é a maior correlação com o dólar, diante da necessidade de um portfólio mais conservador.
(2) Empresas Domésticas: Estamos mais seletivos nas escolhas de empresas ligadas ao setor doméstico, diante da situação fiscal e da desconfiança do investidor sobre os fundamentos do Brasil, que está elevando a curva de juros. Acreditamos que os maiores potenciais de nossas carteiras estão concentrados nessas empresas, porém, nas escolhas, optamos por priorizar aquelas mais defensivas ou diante de um ciclo microeconômico mais favorável.
(3) Dolarização da Carteira: Com o dólar se fortalecendo globalmente, embora não vejamos um amplo espaço para valorização significativa frente ao real, estamos aumentando o nível de dolarização de nossas carteiras. Esta decisão é baseada na compreensão de que empresas mais conservadoras podem se beneficiar deste cenário de um dólar mais forte internacionalmente.
Diante de um cenário mais adverso no Brasil, seguimos com portfólios mais conservadores, ou seja, que contém em sua a maioria ações com betas inferiores a 1. Esta medida reflete nossa cautela frente às incertezas no cenário doméstico e à diminuição do interesse dos investidores estrangeiros em ações brasileiras.
Embora ainda mantenhamos algumas ações consideradas mais agressivas em nossas carteiras, elas se destacam atualmente pelos níveis de preço atrativos. Há uma assimetria favorável para uma maior exposição ao risco, porém, dada a performance fraca das carteiras neste ano e um cenário desafiador, estamos adotando uma postura conservadora. Isso inclui a escolha de ações de betas menores, a diversificação setorial e uma maior alocação em empresas de maior capitalização.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 2,03% no mês de maio. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -3,04%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -16,99% contra uma baixa de -9,01% do Ibovespa. Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Brasil Agro (AGRO3), Aura Minerals (AURA33), Cemig (CMIG4), Petro Rio (PRIO3) e Weg (WEGE3). Com Inclusão das ações da Méliuz (CASH3), CPFL Energia (CPFE3), Hapvida (HAPV3), Odontoprev (ODPV3) e Taesa (TAEE11).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -3,08% no mês de maio. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -3,04%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -17,94% contra uma baixa de -9,01% do Ibovespa. Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Assaí (ASAI3), Transmissão Paulista (TRPL4) e Weg (WEGE3). Com Inclusão das ações da BB Seguridade (BBSE3), CPFL Energia (CPFE3) e Taesa (TAEE11).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 6,12% no mês de maio. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -3,38%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -21,79% contra uma baixa de -14,52%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Brasil Agro (AGRO3), Aura Minerals (AURA33), CBA (CBAV3) e 3R Petroleum (RRRP3). Com Inclusão das ações da Méliuz (CASH3), Bemobi (BMOB3), BR Foods (BRFS3) e Sanepar (SAPR11).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma baixa de -4,57% no mês de maio. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -3,38%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -19,54% contra uma baixa de -14,52%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Petz (PETZ3), Positivo (POSI3), Boa Safra (SOJA3) e Trisul (TRIS3). Com Inclusão das ações da BR Partners (BRBI11), Méliuz (CASH3), Desktop (DESK3) e Kepler Weber (KEPL3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma baixa de -1,93% no mês de maio. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho negativo de -0,99%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -11,92% contra uma baixa de -5,29%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Banco do Brasil (BBAS3) e Sao Martinho (SMTO3). Com Inclusão das ações da Taesa (TAEE11) e Cury (CURY3).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -2,15% no mês de maio. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho negativo de -3,61%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -21,51% contra uma baixa de -11,12%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Cemig (CMIG4), Iguatemi (IGTI11) e Itaú Unibanco (ITUB4). Com Inclusão das ações da Camil (CAML3), CPFL Energia (CPFE3) e Grendene (GRND3).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 11,30% no mês de maio. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 7,32%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade alta de 24,36% contra uma alta de 25,07%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Aura 360 (AURA33). Com Inclusão das ações da Pfizer (PFIZ34).
Para o mês de junho de 2024, recomendamos compra de It Now IFNC (FIND11), It Now DIVO (DIVO11), Ishares, Hashdex Nasdaq Crypto Index FI (HASH11), Ouro (GOLD11) e China (XINA11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de maio de 2024, a Carteira de ETF MACRO avançou 2,08% contra o Ibovespa que apresentou queda de -3,04% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)