Publicado em 01 de Março às 07:00:00
Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em março de 2024.
As ações no Brasil estão sendo negociadas com desconto em relação à sua média histórica, enquanto a performance dos ativos locais encontra-se inferior em comparação aos seus pares globais. Apesar desse cenário menos favorável, mantemos uma visão confiante no bom desempenho dos ativos brasileiros para 2024, com um destaque especial para as small caps, que representam oportunidades de investimento promissoras no contexto atual.
China foi o destaque positivo do mês de fevereiro, destacando-se mesmo diante da alta das taxas de juros de longo prazo nos EUA e a consequente alta das principais bolsas globais. Apenas Small Caps Brasil e commodities registraram fechamento negativo no mês. Fevereiro foi marcado por “surpresas” inflacionárias, levando o mercado a revisar a trajetória esperada para os juros nos EUA, enquanto a temporada de balanços revelou que a maioria das grandes empresas dos EUA ainda está entregando bons resultados. Nesse contexto, os investidores se mostraram audaciosos na busca por ações, optando, no entanto, por escolhas mais “defensivas” para seus portfólios.
O Ibovespa está atualmente sendo negociado a 8,1x o P/L projetado para os próximos 12 meses, representando um desconto de 26% em relação à sua média histórica de 11,0x. Quando excluímos grandes players como Petrobras e Vale do cálculo, o índice é negociado a 10,3x P/L, ainda abaixo da média histórica de 12,2x, com um desconto de 16%. As ações de empresas ligadas à economia doméstica são negociadas a 9,8x P/L, também abaixo da média de 12,1x, refletindo um desconto de 18%. Em contrapartida, as ações de empresas exportadoras apresentam um desconto ainda mais acentuado de 28%, sendo negociadas a 7,2x P/L, comparado à média histórica de 10,1x. Por fim, as empresas de menor capitalização, Small Caps, estão sendo negociadas a 9,6x P/L, significativamente abaixo da média histórica de 14,4x, com um desconto de 33%, indicando uma oportunidade de valorização para essas categorias de ativos no contexto atual.
Apesar de se distanciar das máximas do mês, houve uma abertura da curva de juros em fevereiro, indicando uma precificação ascendente na trajetória da Selic. Esse movimento foi justificado pela alta das treasuries nos EUA e dados resilientes da economia brasileira, além de surpresas negativas na inflação.
Até o dia 27 de fevereiro, o mercado financeiro brasileiro observou movimentações significativas em termos de fluxo de investimentos. Os investidores estrangeiros retiraram R$ 9,4 bilhões, enquanto os institucionais tiveram uma entrada de R$ 2,4 bilhões, número próximo dos investidores pessoa física que apresentaram uma entrada de quase R$ 2,9 bilhões.
O comportamento do investidor estrangeiro, que contrasta com o final do ano passado, foi marcado por saídas. Essa mudança de postura pode ser atribuída à alta dos juros nos Estados Unidos e à realização de lucros após um período muito positivo para as ações brasileiras no final de 2023.
Um ponto que chama atenção é o comportamento do investidor institucional. Apesar do fluxo acumulado de saída em janeiro, notou-se uma entrada significativa de capital por parte desses investidores na segunda quinzena do mês e durante o mês de fevereiro. Esse movimento pode indicar um interesse renovado do investidor institucional pelas oportunidades no mercado acionário brasileiro, sugerindo uma atenção maior às valorações e potenciais de ganho no contexto local. Acreditamos que as empresas ligadas ao setor doméstico, em específico as small caps tendem a chamar mais atenção desse tipo de investidor.
(1) Empresas Exportadoras: Atualmente, estamos direcionando algumas alocações para empresas exportadoras, principalmente por causa dos preços atrativos destas empresas, visando a diversificação das carteiras. No entanto, elas não são nossa principal alocação devido ao potencial risco associado a um cenário de hard landing no próximo ano, que poderia impactar negativamente o desempenho desses ativos.
(2) Empresas Domésticas: Com os sinais mais claros de um ciclo de baixa dos juros tanto no Brasil quanto nos EUA, reforçamos nossa principal alocação para dezembro e ao longo de 2024 nas empresas domésticas. De olho na temporada de balanços, acreditamos que nossas empresas possam se beneficiar de resultados positivos.
(3) Dolarização da Carteira: As posições em ativos seguem com os mesmos percentuais das carteiras anteriores, considerando os sólidos fundamentos do Real e a expectativa de continuação do fluxo positivo de capital esperados para 2024 esperamos uma manutenção do atual patamar próximo dos R$ 5,00.
Realizamos alterações pontuais em nossas carteiras, focando mais no cenário microeconômico do que no macroeconômico. Apesar do início de ano conturbado para as ações no Brasil, mantemos nossa confiança na boa performance das small caps em 2024, concentrando a maior parte de nossas recomendações nesse segmento. Os betas das carteiras seguem próximos de 1, e acreditamos que o nosso diferencial em termos de retorno acima do benchmark virá da temporada de balanços, onde estamos confiantes nas nossas escolhas e nas boas repercussões de seus resultados.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -1,91% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 0,99%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -12,36% contra uma baixa de -3,85% do Ibovespa. Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Assaí (ASAI3), Raízen (RAIZ4), Irani (RANI3) e Unipar (UNIP6). Com Inclusão das ações da Arezzo (ARZZ3), Camil (CAML3), Equatorial (EQTL3) e Pão de Açúcar (PCAR3).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 0,69% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 0,99%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -7,82% contra uma baixa de -3,85% do Ibovespa. Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Assaí (ASAI3). Com Inclusão das ações da JBS (JBSS3).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma baixa de -2,40% no mês de fevereiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 0,47%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -19,07% contra uma baixa de -6,11%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da MRV (MRVE3), Irani (RANI3) e Unipar (UNIP6). Com Inclusão das ações da Camil (CAML3), Ecorodovias (ECOR3) e 3R Petroleum (RRRP3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 1,72% no mês de fevereiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 0,47%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -10,40% contra uma baixa de -6,11%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Espaço Laser (ESPA3). Com Inclusão das ações da Iochp-Maxion (MYPK3).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma baixa de -0,25% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 0,91%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -8,54% contra uma baixa de -2,64%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da B3 (B3SA3), CCR (CCRO3), Gerdau (GGBR4) e Unipar (UNIP6). Com Inclusão das ações da Eletrobras ON (ELET3), JBS (JBSS3), Taesa (TAEE11) e Wiz Seguros (WIZC3).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 1,60% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho positivo de 1,99%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -5,00% contra uma baixa de -3,07%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Assaí (ASAI3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Irani (RANI3). Com Inclusão das ações da Iguatemi (IGTI11), Iochp-Maxion (MYPK3) e Pão de Açúcar (PCAR3).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.
A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 6,15% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 6,30%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade alta de 10,64% contra uma alta de 11,38%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Coca Cola (COCA34), Johnson & Johnson (JNJB34) e Mcdonald’S (MCDC34). Com Inclusão das ações da Berkshire Hathaway (BERK34), Microsoft (MSFT34) e Visa (VISA34).
Para o mês de março de 2024, recomendamos compra de It Now IFNC (FIND11), It Now DIVO (DIVO11), Ishares, It Now Pibb Ibrx-50 (PIBB11), Ouro (GOLD11) e Ishare SMAL (SMAL11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de fevereiro de 2024, a Carteira de ETF MACRO avançou 0,57% contra o Ibovespa que apresentou alta de 0,99% no mesmo período.
A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.
Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)