Publicado em 01 de Março às 00:01:00
Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em março de 2025.
Os mercados globais estão em transformação, com investidores reposicionando suas carteiras diante de novos desafios e oportunidades. A valorização dos ativos chineses, a pressão sobre criptomoedas, a política monetária dos EUA e as incertezas no Brasil moldam o atual cenário econômico.
Nesse contexto, a rotação dos investimentos, os impactos da inflação e as mudanças políticas tornam-se fatores essenciais para entender as tendências do mercado. Diante dessas alterações e da instabilidade local e global, estamos voltando a adotar uma postura mais conservadora para mitigar riscos e preservar capital.
O Ibovespa está sendo negociado a 7,1x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 10,7x. Ao excluir Petrobras e Vale, o índice passa a ser negociado a 8,9x P/L, também abaixo da média histórica de 12,1x. As ações de empresas ligadas à economia doméstica estão sendo negociadas a 8,5x P/L, comparado à média histórica de 11,9x. Empresas exportadoras apresentam um P/L de 6,4x, inferior à média histórica de 9,7x. Small Caps estão sendo negociadas a 8,4x P/L, abaixo da média histórica de 14,1x. Mid-Large Caps operam a 7,0x P/L, em relação à média histórica de 10,4x.
Os dados indicam que diversos segmentos do mercado brasileiro estão sendo negociados a múltiplos abaixo de suas médias históricas, refletindo um momento de desvalorização generalizada no mercado de ações brasileiro.
No Brasil, já se observam sinais de desaceleração econômica. Condições financeiras mais apertadas, política monetária restritiva e a cautela dos bancos privados na concessão de crédito geram preocupação sobre o ritmo de crescimento.
O Banco Central tem adotado uma postura rigorosa, indicando a necessidade de manter uma política monetária contracionista para conter os efeitos de uma política fiscal expansionista. Por enquanto, o temor de um BC menos ortodoxo não se concretizou, e não há sinais de novas medidas fiscais de curto prazo.
A queda na popularidade do governo de Lula introduziu um “risco positivo” ao mercado, aumentando a expectativa de alternância de poder em 2026. Esse fator ajudou a reduzir parte do prêmio de risco dos ativos locais, conforme observado em janeiro. No entanto, o ambiente político segue volátil, e a possibilidade de novas medidas de estímulo por parte do governo pode afetar o cenário fiscal e prolongar a pressão inflacionária. Em meio a essas incertezas, acreditamos que o melhor agora seria de adotar uma postura mais conservadora.
Em fevereiro, o mercado acionário brasileiro registrou uma entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 3,7 bilhões até o dia 26, marcando o terceiro mês consecutivo de fluxo positivo. Apesar dessa recuperação, o saldo acumulado dos últimos 12 meses segue negativo, com uma saída de R$ 4,9 bilhões, refletindo a cautela dos investidores internacionais diante do cenário macroeconômico.
Os investidores institucionais locais continuaram retirando recursos, com uma saída líquida de R$ 9,9 bilhões em fevereiro, a maior desde agosto de 2024. Se confirmado, será o décimo mês consecutivo de saída, totalizando R$ 54,3 bilhões desde abril do ano passado, indicando uma postura conservadora do segmento.
Os investidores pessoa física seguiram comprando, registrando o sexto mês consecutivo de entradas líquidas. Em fevereiro, o saldo positivo foi de R$ 466 milhões, um valor próximo ao de janeiro. Nos últimos seis meses, a entrada acumulada alcança quase R$ 12 bilhões, demonstrando um interesse sustentado pelo mercado brasileiro.
Empresas Exportadoras: Diante da expectativa de valorização do dólar e do melhor desempenho da economia chinesa, aumentamos nossa exposição em empresas exportadoras. O cenário de guerras tarifárias pode trazer volatilidade à precificação das commodities, mas consideramos esse segmento a melhor opção no momento.
Empresas Domésticas: Mantemos um portfólio mais conservador, focado em setores e empresas resilientes, geradoras de caixa ou que possam se beneficiar da alta das taxas de juros e da cotação elevada do dólar. A temporada de balanços tem fornecido insights valiosos sobre o ciclo microeconômico, ajudando na identificação de oportunidades dentro de um cenário macroeconômico desafiador.
Os principais índices do mercado brasileiro estão sendo negociados próximos de suas médias dos últimos seis meses, indicando um equilíbrio entre forças otimistas e pessimistas. Esse comportamento sugere que o mercado se encontra em um momento de incerteza, no qual os investidores aguardam novos fatores para definir direções mais claras.
Para que a bolsa brasileira registre novas altas, será necessária a chegada de novas narrativas positivas. Sem esses catalisadores, o mercado tende a se manter lateralizado, com viés negativo, diante de um cenário econômico desafiador e do conservadorismo recente por parte dos investidores globais.
O comportamento dos índices reflete a conjuntura atual da economia brasileira, onde a falta de gatilhos positivos combinada com incertezas políticas e fiscais impede movimentos mais expressivos. Assim, o mercado segue atento a novos desdobramentos que possam alterar esse equilíbrio.
Diante desse cenário desafiador, optamos para uma estratégia de alocação em ações brasileiras com foco em empresas defensivas, como aquelas do setor de utilidades públicas, bancos e seguradoras, além claro das exportadoras, que tendem a ser menos impactadas por ciclos econômicos adversos pela correlação com o dólar. A diversificação e a seleção criteriosa de ativos são fundamentais para equilibrar risco e retorno no ambiente atual. No geral nossas carteiras apresentam ações com betas inferiores a 1 e empresas de maior capitalização para aquelas carteiras que permitem esse tipo de alocação.
A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma baixa de -4,02% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -2,64%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -0,39% contra uma alta de 2,09% do Ibovespa. Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Brasil Agro (AGRO3), Irani (RANI3), Santander (SANB11) e Unipar (UNIP6). Com Inclusão das ações da Engie (EGIE3), Itaú Unibanco (ITUB4), Sanepar (SAPR11) e SLC Agricola (SLCE3).
A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -2,61% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho negativo de -2,64%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 1,10% contra uma alta de 2,09% do Ibovespa. Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Santander (SANB11). Com Inclusão das ações da SLC Agricola (SLCE3).
A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.
A carteira Small Caps 8+ apresentou uma baixa de -1,25% no mês de fevereiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -3,87%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 3,89% contra uma alta de 2,01%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Desktop (DESK3), Direcional (DIRR3), Tenda (TEND3) e Unipar (UNIP6). Com Inclusão das ações da Petro Rio (PRIO3), Petroreconcavo (RECV3), Sanepar (SAPR11) e Vulcabras (VULC3).
A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.
A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma baixa de -2,66% no mês de fevereiro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -3,87%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 6,19% contra uma alta de 2,01%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Cruzeiro do Sul (CSED3), Kepler Weber (KEPL3) e Valid (VLID3). Com Inclusão das ações da Azevedo & Travassos PN (AZEV4), Bemobi (BMOB3) e Celesc (CLSC4).
A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.
A carteira Dividendos 5+ apresentou uma baixa de -4,27% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho negativo de -2,78%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 1,10% contra uma alta de 0,63%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da B3 (B3SA3), Direcional (DIRR3) e Unipar (UNIP6). Com Inclusão das ações da Itaú Unibanco (ITUB4), Porto Seguro (PSSA3) e Sanepar (SAPR11).
A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.
A carteira ESG 5+ apresentou uma baixa de -4,01% no mês de fevereiro. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho negativo de -2,92%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -0,05% contra uma alta de 2,63%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de fevereiro, saíram as ações da Copel (CPLE6). Com Inclusão das ações da Iguatemi (IGTI11).
A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.