Filipe Villegas

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Publicado em 01 de Novembro às 05:38:00

Carteira Recomendada de Ações – Novembro 2022

Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em novembro de 2022.

Novo governo eleito, Pivot do Fed?

Após um mês de grande volatilidade para ações brasileiras e globais, influenciadas pelas eleições presidenciais e por uma possível diminuição no ritmo de alta de juros nos Estados Unidos, investidores seguem monitorando os próximos passos do Fed, bem como os dados macroeconômicos (inflação e mercado de trabalho), para aumentar sua alocação em renda variável.

China, até o momento, não deu sinais positivos, sendo um ponto de atenção. Por conta do encerramento do processo eleitoral, estamos adotando uma postura mais direcional, com base nos resultados das urnas, que deram a vitória ao candidato Lula, com 50,9% dos votos.

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INTERNACIONAL

Inflação: com exceção da Zona do Euro, aos poucos, a inflação global vem apresentando sinais de estabilização em algumas regiões, o que poderia facilitar o trabalho de alguns bancos centrais que, inclusive, já começaram a sinalizar uma redução no ritmo do aperto monetário. Infelizmente, ainda convivemos num mundo que pode ser influenciado por diversos fatores inflacionários, como a guerra entre Rússia e Ucrânia e o mercado de trabalho apertado Nos EUA, por outro lado, a desaceleração no âmbito da atividade global já é um fator que poderia contribuir positivamente para números mais benignos à frente.

Estamos um pouco mais otimistas sobre esse aspecto. Mas, ao mesmo tempo, monitoramos os impactos das políticas mais restritivas adotadas recentemente para combater a inflação e seus efeitos na atividade econômica. Nas últimas semanas, o mercado passou a especular sobre a possibilidade de estarmos próximos de uma mudança de narrativa, em que os investidores focarão muito mais a recessão do que a inflação. Dentre os possíveis cenários, o que traria efeitos mais negativos para os ativos de risco é o da estagflação, quando convivemos em um ambiente de baixo crescimento econômico e inflação ainda persistente. Contudo, na nossa opinião, este representa a menor probabilidade atualmente.

Estados Unidos: nas últimas semanas de outubro, investidores começaram a se preparar para um possível “pivot do Fed”, que podemos traduzir como decisões de política monetária menos duras “dovish”. A primeira semana de novembro, quando teremos a reunião do FOMC, será essencial para o mercado confirmar essa tese. Nossa opinião é que existe uma boa possibilidade desse movimento ocorrer, o que seria positivo para ativos de risco, como ações e criptoativos. Porém, além da decisão do FOMC, é necessário que os dados da inflação e do mercado de trabalho contribuam para isso. Apesar dessa possível sinalização, ainda não estamos otimistas com todos os setores americanos. Assim, deveremos ser seletivos nas escolhas. A mudança da narrativa da inflação para a da recessão poderá possibilitar a abertura de oportunidades, mas que devem ser executadas com cautela.

China: ainda não temos boas notícias vindas da China. Mesmo com a recondução de Xi Jinping, investidores seguem céticos sobre o desempenho de uma das principais economias globais. Acreditamos que há grandes possibilidades de vermos uma China mais “fechada” e com outro foco na promoção de crescimento econômico, o que poderia ser prejudicial para setores dependentes do desempenho das commodities metálicas. Até o momento, enxergamos uma economia bastante fragilizada e sem nenhum sinal de estabilização. Estamos vigilantes e em busca de oportunidades, aumentando nossa baixa exposição a commodities em carteiras com maior possibilidade de diversificação.

BRASIL

Com a definição das eleições no Brasil, iremos promover algumas mudanças em nossa estratégia de alocação em ações. Até o momento, não temos uma definição dos planos do governo eleito, tampouco de sua equipe ministerial, o que deve trazer volatilidade para as ações locais.

O Brasil possui enormes desafios a serem superados, em meio ao ambiente internacional mais hostil e ao fiscal desafiador. Assim, decidimos nos manter mais cautelosos no curto prazo.

Tendo como base as gestões anteriores, iremos evitar posições em empresas estatais e aumentaremos nossa exposição aos setores de varejo, da construção civil e educacional, com foco no público de baixa renda.

No curto prazo, existe a possibilidade do fluxo estrangeiro migrar aqui para o Brasil diante da visão positiva que o mesmo tem sobre o novo presidente eleito. No curto prazo também acreditamos no congresso centro-direita em limitar atitudes mais radicais.

À medida que houver uma sinalização do governo eleito sobre suas políticas, iremos tomar decisões mais direcionadas e com maior nível de risco. Enquanto isso não ocorrer, buscaremos oportunidades em empresas dentro de setores mais perenes e com boa relação risco x retorno.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionado

(1) Empresas ligadas a commodities: aumentamos nossa exposição a commodities apenas nas carteiras que permitem maior diversificação, com foco em energéticas e agrícolas. Essas empresas também são opções interessantes para investidores que gostam de ações boas pagadoras de dividendos.

(2) Empresas ligadas à economia local: com a definição das eleições no Brasil, adotaremos uma postura inicial mais conservadora, já que o governo eleito não sinalizou seus planos nem a equipe ministerial. Nosso foco está em empresas de menor volatilidade, dentro de setores como varejo, construção civil e educacional, que atendam o público de baixa renda. Também acreditamos que os passos rumo ao crescimento econômico já contrato pelo Brasil nos próximos anos virá da infraestrutura e agricultura.

(3) Dolarização da carteira: estamos mantendo nossa exposição em ativos dolarizados diante do cenário Brasil e mundo. Globalmente, existe espaço para uma desvalorização do dólar, caso seja confirmada a postura mais “dovish” do Fed e se for confirmado um fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil. Em relação ao Brasil, a indefinição sobre os planos do governo eleito poderá trazer volatilidade.

(4) ETFs e BDRs: aumentamos nossa exposição a ações americanas de setores mais resilientes, pois ainda entendemos que o cenário à frente é desafiador. Iremos focar setores mais perenes, como consumo básico, energia, saúde e boas pagadoras de dividendos, evitando posições em empresas de tecnologia.

Carteira recomendada de ações novembro: o que esperar?

Permanecemos com alocações concentradas em empresas de maior capitalização (Large e Midcaps), com exceção para as carteiras temáticas e de menor capitalização.

Aumentamos nossa exposição em ações que podem se favorecer de políticas do novo governo eleito, como varejistas, construção civil e educacionais com foco no público de baixa renda.

Não realizamos muitas trocas para o mês de novembro, pois acreditamos na boa performance das ações escolhidas desde o início de outubro. Também avaliamos que seria mais prudente aguardar o término da temporada de balanços para decisões mais estratégicas a depender do desempenho de cada empresa.

Com o cenário ainda incerto seguimos com carteiras bem diversificadas e escolhemos portfólios com betas inferiores a 1, exceção para carteira de Ibovespa 10+ e Microcaps 5+.

Carteira Ibovespa 10+

A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 12,49% no mês de outubro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 5,45%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 19,92% contra uma alta de 10,70% do Ibovespa. Em relação ao mês de outubro, saíram as ações da Sabesp (SBSP3), Unipar (UNIP6) e Vale (VALE3). Com Inclusão das ações da Assaí (ASAI3), Randon (RAPT4) e Yduqs (YDUQ3).

A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Ibovespa 5+

A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 14,33% no mês de outubro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 5,45%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -9,65% contra uma alta de 10,70% do Ibovespa. Em relação ao mês de outubro, não houve alteração na carteira.

A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Recomendada Small Caps 8+

A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 5,85% no mês de outubro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 7,30%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 9,30% contra uma baixa de -1,35%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de outubro, houve a saída da Unipar (UNIP6). Com Inclusão da Arezzo (ARZZ3).

A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.

Carteira Micro Caps 5+

A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 8,01% no mês de outubro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 7,30%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 15,76% contra uma baixa de -1,35%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de outubro, saíram as ações da Allied (ALLD3) e CSU Digital (CSUD3). Com Inclusão das ações da Positivo (POSI3) e Boa Safra (SOJA3).

A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.

Carteira Recomendada de Dividendos 5+

A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 3,00% no mês de outubro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 4,03%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 26,86% contra uma alta de 13,61%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de outubro, saíram as ações da MRV (MRVE3) e Transmissão Paulista (TRPL4). Com Inclusão das ações da Direcional (DIRR3) e Porto Seguro (PSSA3).

A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.

ESG 5+

A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 11,91% no mês de outubro. No mesmo período, o Ibovespa (IBOV) obteve um desempenho positivo de 7,65%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -8,49% contra uma alta de 0,51%, no mesmo período, do Ibovespa (IBOV). Em relação ao mês de outubro, saíram as ações da Eletrobras ON (ELET3). Com Inclusão das ações da Grupo Natura (NTCO3).

A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.

BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma alta de 2,10% no mês de outubro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 1,33%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -46,01% contra uma baixa de -29,86%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de outubro, saíram as ações da Alphabet (GOGL34) e Microsoft (MSFT34). Com Inclusão das ações da Chevron (CHVX34) e Coca Cola (COCA34).

Carteira ETF MACRO

Para o mês de outubro de 2022, recomendamos compra de iShares Ibovespa (BOVA11), iShares Small Cap (SMAL11), It Now IFNC (FIND11), Ishares Select Dividend (BDVY39) e Ouro (GOLD11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de outubro de 2022, a Carteira de ETF MACRO avançou +2,99% contra o Ibovespa que apresentou alta de +5,45% no mesmo período.

A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.

Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa que representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)

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