Filipe Villegas

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Publicado em 01 de Outubro às 10:35:32

Carteira Recomendada de Ações – Outubro 2022

Ou vai, ou racha!

Ativos brasileiros até que tentaram, mas cederam à pressão global. Setembro deixou sua marca com o investidor reprecificando a trajetória dos juros nos países desenvolvidos e monitorando os desafios para a economia no mundo.

Inflação ainda é um problema mais evidente na Europa e na China, onde ainda não temos sinais de uma recuperação mais estrutural. Continuamos com maior exposição a ações ligadas à economia doméstica, mas ainda sem deixar de lado a qualidade e o conservadorismo das nossas carteiras recomendadas. Seguimos vigilantes e de olho nos resultados das eleições!

Confira agora a carteira recomendada de ações outubro 2022!

INTERNACIONAL

Inflação: a atuação dos principais bancos centrais no combate à inflação, por meio de políticas monetárias mais restritivas, prossegue. A comunicação mais dura por parte dos banqueiros centrais também segue fazendo parte da estratégia; e entendemos que o mundo ainda tem um longo caminho a percorrer. O conflito entre Rússia e Ucrânia, infelizmente, não dá sinais de alívio, e a valorização do dólar no mundo potencializa o efeito de perda de poder de compra pela população global.

Estados Unidos: a economia continua emitindo sinais mistos, que nos levam a acreditar que o trabalho do FED, de levar a inflação para a meta, está apenas começando. Na segunda quinzena de outubro, teremos o início da temporada de balanços e, então, poderemos entender os impactos do atual ciclo econômico nos resultados das empresas por lá. Os sinais já foram indicados por algumas empresas sobre o cenário mais difícil à frente, porém, o mercado ainda não precificou a magnitude e duração desses impactos. Portanto, ainda seguimos cautelosos com posições em empresas nos EUA. Em relação à política monetária, seguimos com as mesmas dúvidas dos meses anteriores: (i) qual será a taxa de juros de final de ciclo; (ii) por quanto tempo a taxa de juros permanecerá em patamar elevado; (iii) quais serão os efeitos na economia americana.

China: o noticiário segue confuso. De um lado, temos uma força-tarefa do governo e do Banco Central promovendo ações para estimular a economia. Do outro, novas políticas de combate à covid-19 que podem ser praticadas até 2023. Observamos alguns sinais de recuperação do setor imobiliário com certa repercussão nos mercados, mas precisamos entender se são estruturais ou passageiros. Estamos vigilantes e em busca de oportunidades aumentando marginalmente nossa exposição em commodities em carteiras com maior possibilidade de diversificação.

BRASIL

O desempenho dos ativos brasileiros seguiu o humor do investidor global, e fomos penalizados pela volatilidade e busca por ativos mais conservadores. Os dados econômicos foram, em sua maioria, positivos (inflação caindo, economia resiliente), porém, isso não foi suficiente para que saíssemos ilesos. Acreditamos também que o fator eleições foi determinante para esse viés negativo, com investidores se baseando nas últimas pesquisas eleitorais. Elaboramos nossos textos e recomendações antes do 1° turno das eleições e, devido ao cronograma e ao cenário incerto, iremos considerar os resultados como fator de escolha somente nas recomendações para o mês de novembro. Acreditamos que a volatilidade e as especulações irão dominar o mercado, nos possibilitando acertos ou erros sem qualquer justificativa fundamentalista. Assim, preparamos uma carteira capaz de vencer o mercado, independentemente do resultado, para nos posicionarmos com maior direcionamento após a conclusão do pleito.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionado

(1) Empresas ligadas a commodities: aumentamos nossa exposição em commodities apenas nas carteiras que permitem maior diversificação, devido à recessão e à situação econômica na China que apresentou sinais inicias de uma possível recuperação. Essas empresas também são opções interessantes para investidores que gostam de ações boas pagadoras de dividendos e em conjunto com os preços atrativos identificamos como válido não estar completamente de fora do setor.

(2) Empresas ligadas à economia local: a sinalização do final do ciclo de alta de juros e os resultados resilientes na última temporada de balanços nos fazem acreditar que esse grupo de empresas pode apresentar boas oportunidades. Não fosse o cenário global desafiador e as eleições no Brasil, estaríamos mais confiantes em aumentar nossa exposição a esta classe. Porém, ainda preferimos adotar uma postura conservadora, ao focar empresas que apresentaram bons resultados, seguem com preços atrativos e apresentam menor volatilidade.

(3) Dolarização da carteira: com um cenário difícil à frente, temos um contexto de baixa previsibilidade para a divisa. Assim, estamos mantendo nosso nível de exposição ao dólar, aguardando sinais mais claros para uma mudança mais significativa em nossa atual estratégia. O movimento recente de valorização do dólar fez com que a assimetria ficasse negativa, assim, não vamos aumentar a nossa exposição.

(4) ETFs e BDRs: para a carteira de ETFs, seguimos com a alocação próxima da atual, com maior exposição a ações brasileiras e a fundos com mais diversificação setorial. Os sinais ainda não estão muito claros, e a baixa assimetria nos força a buscar uma postura de maior diversificação e conservadorismo.

Carteira recomendada de ações outubro: o que esperar?

Permanecemos com alocações concentradas em empresas de maior capitalização (Large e Midcaps), com exceção para as carteiras temáticas de menor capitalização.

Sobre nossas escolhas, para este mês, aumentamos nossa exposição em ações ligadas a commodities apenas em carteiras que permitem maior diversificação. Preços atrativos e a possibilidade de uma melhora no noticiário chinês influenciou nossas decisões sobre o tema.

Enxergamos espaço para uma continuidade na melhora dos preços dos ativos ligados à economia doméstica, porém, a limitação do cenário à frente não nos permite ser mais agressivos em nossas escolhas.

Iremos aguardar o resultados das eleições para um posicionamento mais direcionado nas teses de cada um dos candidatos.

Com o cenário ainda incerto aumentamos a diversificação setorial e escolhemos portfólios com betas inferiores a 1, exceção para carteira de Microcaps. Algumas ações de bons fundamentos foram retiradas de nossas carteiras por questão técnica (preços esticados).

Carteira Ibovespa 10+

A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 0,05% no mês de setembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 0,47%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 6,60% contra uma alta de 4,97% do Ibovespa.

Em relação ao mês de setembro, saíram da carteira recomendada as ações da:

Com Inclusão na carteira recomendada das ações da:

A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 25 milhões e pertencentes ao IBRA (Ìndice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Ibovespa 5+

A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma baixa de -5,40% no mês de setembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 0,47%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -20,98% contra uma alta de 4,97% do Ibovespa. Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da BB Seguridade (BBSE3) e Rumo (RAIL3). Com Inclusão das ações da Eletrobras ON (ELET3) e Weg (WEGE3).

A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Recomendada Small Caps 8+

A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 5,56% no mês de setembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -1,84%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 3,25% contra uma baixa de -8,06%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da Arezzo (ARZZ3) e Cury (CURY3). Com Inclusão das ações da Lavvi (LAVV3) e Multiplan (MULT3).

A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.

Carteira Micro Caps 5+

A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 1,26% no mês de setembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho negativo de -1,84%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 7,27% contra uma baixa de -8,06%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da BR Partners (BRBI11). Com Inclusão das ações da Plano & Plano (PLPL3).

A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.

Carteira Recomendada de Dividendos 5+

A carteira recomendada de Dividendos 5+ apresentou uma alta de 4,69% no mês de setembro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho negativo de -1,80%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 23,10% contra uma alta de 9,21%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV).

Em relação ao mês de setembro, saíram da carteira recomendada as ações da:

Com Inclusão das ações da Eletrobras ON (ELET3), MRV (MRVE3), Transmissão Paulista (TRPL4) e Telefônica Vivo (VIVT3).

A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.

ESG 5+

A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 0,21% no mês de setembro. No mesmo período, o Ibovespa (IBOV) obteve um desempenho negativo de -2,54%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade negativa de -18,23% contra uma baixa de -6,63%, no mesmo período, do Ibovespa (IBOV). Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da BTG Pactual (BPAC11) e Pão de Açúcar (PCAR3). Com Inclusão das ações da Duratex (DXCO3) e Weg (WEGE3).

A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.

BDR 5+

A carteira BDR 5+ apresentou uma baixa de -6,29% no mês de setembro. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho negativo de -8,38%. No ano de 2022 a carteira apresenta rentabilidade baixa de -47,12% contra uma baixa de -30,78%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da Apple (AAPL34). Com Inclusão das ações da Johnson & Johnson (JNJB34).

Carteira ETF MACRO

Para o mês de outubro de 2022, recomendamos compra de iShares Ibovespa (BOVA11), iShares Small Cap (SMAL11), It Now IFNC (FIND11), Ishares MSCI ACWI (BACW39) e Ouro (GOLD11), com alocação de 20% para cada ativo. No mês de setembro de 2022, a Carteira de ETF MACRO recuou -0,57% contra o Ibovespa que apresentou alta de +0,47% no mesmo período.

A Carteira ETF MACRO tem por objetivo superar o desempenho do Ibovespa no longo prazo. Mensalmente, recomendaremos até 5 ETFs, todos com o mesmo peso na carteira. Essa estratégia permite ao investidor se expor em diversos ativos globais, permitindo uma diversificação geográfica em dólar.

Exchange Traded Fund (ETF), é um fundo negociado em Bolsa que representa uma comunhão de recursos destinados à aplicação em uma carteira de ações que busca retornos que correspondam, de forma geral, à performance, antes de taxas e despesas, de um índice de referência. (Fonte: B3)

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