Filipe Villegas

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Publicado em 01 de Outubro às 01:00:00

Carteira Recomendada de Ações – Outubro de 2025

Acompanhe o conteúdo e veja as melhores ações para investir em outubro de 2025.

Em setembro, o mercado brasileiro teve um mês de forte valorização dos ativos locais, impulsionado pela combinação entre o início dos cortes de juros nos EUA e a manutenção da Selic em patamar elevado. O real se destacou entre as moedas emergentes, com o dólar recuando para a faixa de R$ 5,30, reflexo do atrativo carry trade em um ambiente global de busca por retorno. O Ibovespa atingiu sucessivas máximas históricas, superando os 146 mil pontos, sustentado por entrada líquida de quase R$ 5 bilhões em capital estrangeiro, revertendo o fluxo negativo observado anteriormente.

O ambiente político doméstico trouxe volatilidade pontual, com o julgamento de Jair Bolsonaro no STF e as discussões sobre anistia, mas não comprometeu o movimento de alta dos ativos. Para outubro, a expectativa segue positiva, apoiada no diferencial de juros elevado, que o Banco Central indicou manter até pelo menos 2026. A convergência entre a política monetária mais branda nos EUA e a atratividade do Brasil como destino de fluxo deve seguir sustentando os ativos, embora o cenário eleitoral de 2026 e eventuais tensões diplomáticas com os EUA continuem como fatores de atenção no curto prazo.

Desempenho mensal e anual

Valuation

O Ibovespa negocia a 8,7x P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 10,6x. Excluindo Petrobras e Vale, o múltiplo sobe para 10,6x, ainda inferior à média de 12,0x. As ações ligadas à economia doméstica estão em 9,8x P/L, contra 10,3x de média histórica, enquanto as exportadoras aparecem mais descontadas, a 8,2x, frente a 11,3x. Entre os portes, as Small Caps são negociadas a 9,7x, bem abaixo da média histórica de 13,9x, e as Mid-Large Caps a 8,6x, contra 10,2x.

Brasil e Curva de Juros

Em setembro, a economia brasileira mostrou sinais mais claros de desaceleração, com o PIB do segundo trimestre crescendo modestamente e o IBC-Br indicando contração na atividade. O consumo das famílias perdeu força sob o efeito acumulado dos juros elevados, enquanto os investimentos recuaram, deixando o crescimento sustentado basicamente pelo setor externo e pelo consumo público via transferências. A produção industrial acumulou quedas e o PMI de serviços entrou em território contracionista, reforçando o quadro de arrefecimento após meses de política monetária restritiva.

Apesar disso, o mercado de trabalho seguiu resiliente, com desemprego em mínimas históricas e pressões salariais persistentes, o que manteve a inflação de serviços acima da meta. O Banco Central reiterou sua postura conservadora, indicando que a Selic continuará em patamar contracionista por um período prolongado, com foco nas expectativas desancoradas de inflação para 2027. No campo fiscal, houve deterioração adicional, com aumento da dívida pública e sinalizações de mais gastos sociais antes do ciclo eleitoral. A combinação entre política monetária apertada e expansão fiscal ampliou o custo do serviço da dívida, criando um modelo de repasse de recursos para rentistas que o mercado vê como insustentável sem um ajuste fiscal estrutural, considerado improvável antes de 2027.

Assimetria

Os principais índices do mercado brasileiro estão sendo negociados entre a média dos últimos seis meses e o segundo desvio padrão. Esse nível técnico indica que ainda há pouco espaço para valorização. Para quem está pensando em entrar agora, o momento exige cautela, já que a assimetria do mercado está mais negativa. O potencial de retorno começa a diminuir em relação ao risco assumido. Já para os investidores que já estão posicionados, a recomendação é de manter as posições, ou buscar uma realização parcial para posições muito lucrativas.

ESTRATÉGIA: como estamos nos posicionando

A estratégia em ações brasileiras permanece baseada na expectativa de continuidade do ciclo positivo impulsionado pelo diferencial de juros e pela possível alternância política em 2026. As carteiras seguem com exposição relevante a small caps, com destaque para o potencial de valorização em um cenário de corte de juros. As posições mais voltadas ao mercado doméstico refletem a aposta na resiliência do consumo interno, sustentado por transferências governamentais e um mercado de trabalho ainda aquecido. As carteiras com foco em dividendos mantêm yield médio próximo de dois dígitos, o que contribui para a proteção em períodos de maior volatilidade.

Em outubro, a alocação segue construtiva, porém mais seletiva. O beta médio permanece em níveis moderados, indicando uma postura que busca capturar a alta do mercado sem assumir riscos excessivos.

Foi ampliada a exposição a exportadoras selecionadas, buscando capturar o enfraquecimento do dólar globalmente, com proteção via diversificação setorial. A estratégia enfatiza ativos de qualidade e geração de caixa, diante da perspectiva de manutenção dos juros altos até pelo menos o primeiro semestre de 2026.

Carteira Ibovespa 10+

A carteira Ibovespa 10+ apresentou uma alta de 2,24% no mês de setembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 3,40%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 23,41% contra uma alta de 21,58% do Ibovespa. Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da MBRF (MBRF3), Porto Seguro (PSSA3), Tegma (TGMA3) e Marcopolo (POMO4). Com Inclusão das ações da Bemobi (BMOB3), JHSF (JHSF3), Ser Educacional (SEER3) e Totvs (TOTS3).

A Carteira Ibovespa 10+ tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão e pertencentes ao IBRA (Índice Brasil Amplo) fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Ibovespa 5+

A carteira Ibovespa 5+ apresentou uma alta de 1,75% no mês de setembro. No mesmo período, o Ibovespa obteve um desempenho positivo de 3,40%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 22,95% contra uma alta de 21,58% do Ibovespa. Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da MBRF (MBRF3) e Porto Seguro (PSSA3). Com Inclusão das ações da C&A (CEAB3) e Totvs (TOTS3).

A Carteira Ibovespa 5+ é divulgada mensamente no jornal Valor Econômico, e tem por objetivo superar a performance do Ibovespa no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 5 milhões e pertencentes ao Ibovespa fazem parte do universo de escolhas.

Carteira Small Caps 8+

A carteira Small Caps 8+ apresentou uma alta de 5,18% no mês de setembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 1,58%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 35,10% contra uma alta de 27,31%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da MBRF (MBRF3), C&A (CEAB3), Marcopolo (POMO4) e Copasa (CSMG3). Com Inclusão das ações da Bemobi (BMOB3), Movida (MOVI3), Ser Educacional (SEER3) e Track&Field (TFCO4).

A Carteira Small Caps 8+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações pertencentes ao Índice de Small Caps (SMAL) e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 3 milhões fazem parte do universo de escolha.

Carteira Micro Caps 5+

A carteira Micro Caps 5+ apresentou uma alta de 14,81% no mês de setembro. No mesmo período, o índice Small (SMLL) obteve um desempenho positivo de 1,58%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 32,87% contra uma alta de 27,31%, no mesmo período, do índice Small (SMLL). Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da Moura Dubeux (MDNE3), Melnick (MELK3) e Profarma (PFRM3). Com Inclusão das ações da Bemobi (BMOB3), Cruzeiro do Sul (CSED3) e Helbor (HBOR3).

A Carteira Micro Caps 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Small (SMLL) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas cujo valor de mercado é de até R$ 2 bilhões e com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 1 milhão fazem parte do universo de escolha.

Carteira Dividendos 5+

A carteira Dividendos 5+ apresentou uma alta de 0,26% no mês de setembro. No mesmo período, o Índice Dividendos (IDIV) obteve um desempenho positivo de 2,82%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 35,22% contra uma alta de 19,53%, no mesmo período, do Índice Dividendos (IDIV). Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da MBRF (MBRF3), Marcopolo (POMO4) e Tim (TIMS3). Com Inclusão das ações da Lavvi (LAVV3), JHSF (JHSF3) e Copasa (CSMG3).

A Carteira Dividendos 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice Dividendos (IDIV) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Dividendos (IDIV) fazem parte do universo de seleção.

ESG 5+

A carteira ESG 5+ apresentou uma alta de 3,64% no mês de setembro. No mesmo período, o Índice de Sustentabilidade (ISE) obteve um desempenho positivo de 2,10%. No ano de 2025 a carteira apresenta rentabilidade positiva de 12,66% contra uma alta de 27,76%, no mesmo período, do Índice de Sustentabilidade (ISE). Em relação ao mês de setembro, saíram as ações da Porto Seguro (PSSA3) e Tim (TIMS3). Com Inclusão das ações da MBRF (MBRF3) e Cyrela (CYRE3).

A Carteira ESG 5+ tem por objetivo superar a performance do Índice de Sustentabilidade (ISEE) no longo prazo, onde, por critério de escolha, apenas ações de empresas com volume financeiro médio nos últimos 3 meses, superiores à R$ 10 milhões e pertencentes ao Índice de Sustentabilidade (ISEE) fazem parte do universo de seleção.

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