Em abril, houve geração líquida de 197 mil postos de trabalho formal, resultado melhor que o esperado pelo mercado, que projetava saldo líquido de 170 mil (Broadcast). No mesmo mês do ano passado, o saldo foi positivo em 89,5 mil vagas. Houve revisão significativa no mês anterior de 136,2 mil para 88,1 mil vagas criadas.
O resultado de abril foi puxado novamente pelo setor de serviços, com 114 mil vagas líquidas geradas (58% do total), porém também com a contribuição de outras três atividades: comércio (29,2 mil), construção civil (25,3 mil) e indústria de transformação (22,5 mil). No setor de serviços, houve, mais uma vez, contribuição significativa do setor de educação, principalmente infantil e fundamental, com o retorno das aulas presenciais. Além disso, houve participação positiva do setor de saúde; de atividades administrativas (serviços de escritório); e de serviços de engenharia. O único setor que apresentou queda no mês foi o agropecuário (1 mil).
No ano, foram geradas 770,6 mil vagas, ante 894,7 mil no mesmo período do ano passado. A maior parte está concentrada no setor de serviços (66%do total), construção civil (16%) e indústria de transformação (15%). O único setor que apresenta geração líquida negativa no ano é o setor de comércio, com -34,6 mil vagas.
No acumulado em 12 meses, vemos trajetórias divergentes para os setores. A construção civil mantém trajetória de estabilidade, enquanto o comércio e a indústria ensaiam uma recuperação após arrefecimento nos últimos meses. Por outro lado, o setor de serviços se descola dos demais, mantendo a trajetória de crescimento com 1,4 milhão de vagas formais criadas.
Em relação ao salário de admissão, houve aumento real de 0,8% em relação ao mês anterior e uma queda de -8,8% na variação interanual. No que tange a modernização trabalhista, vemos recorde de geração de postos de trabalhos intermitentes (99 mil em 12 meses); por trabalho parcial (45,6 mil) e o maior número de desligamentos por acordo entre empregador e empregado da série (218 mil em 12 meses).