Em janeiro, houve geração líquida de 155,2 mil postos de trabalho formal, resultado levemente melhor que o esperado pelo mercado, que projetava saldo líquido de 150 mil (Broadcast). No mesmo mês do ano passado, o saldo foi positivo em 254,3 mil vagas. Houve revisão negativa para o mês anterior de -265,8 mil para -281,8 mil vagas criadas.
O resultado de janeiro foi impulsionado pelo setor de serviços (100,8 mil vagas), além da indústria de transformação (48,8 mil) e construção (36,8 mil). Por outro lado, o único setor que apresentou queda foi o de comércio (-60,1 mil), porém por características sazonais do setor, que costuma apresentar resultados fracos no primeiro mês do ano. Na série com ajuste sazonal, houve geração positiva de vagas no setor varejista.
Nos últimos 12 meses, foram geradas 2,6 milhões de vagas de trabalho formal. O mercado de trabalho formal apresentou forte recuperação, chegando a criar mais de 3 milhões de postos de trabalho, porém, agora, está em trajetória de desaceleração. A desaceleração ocorre, principalmente, no setor industrial e varejista, enquanto o setor de serviços, que possui o maior número de trabalhadores permanece em trajetória de crescimento.
No âmbito da modernização trabalhista, tivemos a criação 3,8 mil vagas de trabalho intermitente e 683 vagas em regime parcial. Nos últimos 12 meses, foram criadas 90,6 mil vagas intermitentes e 38,3 mil em regime parcial.
O salário médio real de admissão ficou em R$1920,59, aumento de 6,4% em termos reais. O significativo aumento em termos reais decorre da correção do salário-mínimo pelo INPC, que ocorre no primeiro mês de cada ano. Na variação interanual, o salário de admissão apresenta queda de 1,2%.
