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Publicado em 29 de Agosto às 12:44:10

Caged (julho/22): Saldo do emprego formal é positivo em 218,9 mil

Em julho, houve geração líquida de 218,9 mil postos de trabalho formal, resultado pior que o esperado pelo mercado, que projetava saldo líquido de 250 mil (Broadcast). Houve admissão de 1,886 milhão e demissão de 1,667 milhão de trabalhadores no período. No mesmo mês do ano passado, o saldo foi positivo em 306,5 mil vagas. 

Na variação interanual, o saldo líquido foi menor em 87,6 mil vagas (de 306,5 para 218,9), principalmente impactado pelo desempenho mais fraco do setor de serviços e do comércio.

O resultado de julho foi puxado novamente pelo setor de serviços, com 81,8 mil vagas líquidas geradas. Entre os destaques no setor de serviços podemos citar: atividades profissionais e administrativas (37,9 mil), alojamento e alimentação (12,4 mil) e administração pública, educação e saúde (10,3 mil). As demais categorias econômicas também apresentam bom desempenho no mês. A indústria apresentou saldo líquido de 50,5 mil, puxado pela indústria de transformação; o comércio gerou 38,6 mil vagas, com destaque para o comércio varejista; a construção teve saldo líquido de 32,1 mil e a agropecuário de 15,9 mil.

Na série com ajuste sazonal, houve desaceleração do setor de serviços, da agropecuária e um resultado muito negativo para o setor de comércio. Apesar da desaceleração na margem nos serviços, o setor se encontra em patamar elevado em geração de novas vagas formais. Mais especificamente sobre o setor de setor de alojamento e alimentação, é a primeira vez que o estoque de trabalhadores se encontra acima do nível pré pandemia. Além disso, houve aceleração da indústria e da construção civil.

No ano, foram geradas 1,590 milhão de vagas, ante 1,785 milhão no mesmo período do ano passado. Apesar do desempenho mais forte do setor de serviços, com geração de 142,1 mil vagas a mais que nos primeiros sete meses do ano passado, três setores influenciaram negativamente a comparação entre os semestres: comércio gerou 197,2 mil vagas a menos, a indústria de transformação (-120,7 mil) e a agropecuária (-76,3 mil). O setor de serviços representa 53% das vagas formais geradas no ano, seguido pela indústria (15,3%) e construção civil (13,9%).

No acumulado em 12 meses, vemos trajetórias divergentes para os setores. A construção civil mantém trajetória de estabilidade, enquanto o comércio e a indústria apresentam arrefecimento nos últimos meses. O cenário macroeconômico de juros e inflação elevados impacta significativamente essas atividades econômicas. Por outro lado, o setor de serviços se descola dos demais, mantendo a trajetória de crescimento com 1,4 milhão de vagas formais criadas.    

Em relação ao salário de admissão, houve aumento real de 0,8% em relação ao mês anterior, porém queda de 2,8% na variação interanual. Já os salários de demissão variaram -0,2% m/m e -5,0% a/a. No que tange a modernização trabalhista, vemos significativa geração de postos de trabalhos intermitentes (93 mil em 12 meses); por trabalho parcial (43 mil) e o maior número de desligamentos por acordo entre empregador e empregado da série (224 mil em 12 meses).

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