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Publicado em 28 de Julho às 16:20:11

CAGED (jun/22): Saldo do emprego formal é positivo em 277,9 mil

Em junho, houve geração líquida de 277,9 mil postos de trabalho formal, resultado melhor que o esperado pelo mercado, que projetava saldo líquido de 234 mil (Broadcast). Houve admissão de 1,898 milhão e demissão de 1,620 milhão de trabalhadores no período. No mesmo mês do ano passado, o saldo foi positivo em 317,8 mil vagas.  O resultado de junho, mais uma vez, surpreendeu positivamente, dando continuidade à robusta recuperação do mercado de trabalho no país.  O mercado de trabalho vem sendo a grande surpresa positiva no cenário econômico de 2022.

Na variação interanual, o saldo líquido foi menor em 39,9 mil vagas (de 317,8 para 277,9), principalmente impactado pelo desempenho mais fraco do setor de comércio que gerou -29,6 mil vagas (de 76,8 mil para 47,2 mil) e pelo setor industrial com -7,8 mil (de 45,8 mil para 38 mil). 

O resultado de junho foi puxado novamente pelo setor de serviços, com 121,5 mil vagas líquidas geradas (44% do total). O segmento parece convergir para o patamar histórico de geração de postos de trabalho (40% do saldo), uma vez que nas últimas leituras vinha apresentando taxas historicamente elevadas, diante da normalização do setor no pós pandemia. Entre os destaques no setor de serviços podemos citar: atividades profissionais e administrativas (65,8 mil), alojamento e alimentação (17,7 mil), transporte (16,7 mil) e administração pública, educação e saúde (14,6 mil).

As demais categorias econômicas também apresentam bom desempenho no mês: Comércio (47,2 mil), indústria (41,5 mil), Agropecuária (34,5 mil) e construção civil (30,2 mil).

No primeiro semestre do ano, foram geradas 1,33 milhão de vagas, ante 1,48 milhão no mesmo período do ano passado. Apesar do desempenho mais forte do setor de serviços, com geração de 178,5 mil vagas a mais que no 1º semestre de 2021, três setores influenciaram negativamente a comparação entre os semestres: Comércio gerou 161 mil vagas a menos, a indústria de transformação (-113,9 mi) e a agropecuária (-68,6 mil). O setor de serviços representa 56% das vagas formais geradas no ano.

No acumulado em 12 meses, vemos trajetórias divergentes para os setores. A construção civil mantém trajetória de estabilidade, enquanto o comércio e a indústria apresentam arrefecimento nos últimos meses. O cenário macroeconômico de juros e inflação elevados impacta significativamente essas atividades econômicas. Por outro lado, o setor de serviços se descola dos demais, mantendo a trajetória de crescimento com 1,4 milhão de vagas formais criadas.    

Em relação ao salário de admissão, houve aumento real de 0,7% em relação ao mês anterior, porém queda de 5,1% na variação interanual. Já os salários de demissão variaram 1,7% m/m e -5,3% a/a. No que tange a modernização trabalhista, vemos significativa geração de postos de trabalhos intermitentes (96 mil em 12 meses); por trabalho parcial (45,4 mil) e o maior número de desligamentos por acordo entre empregador e empregado da série (223 mil em 12 meses).

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