Em maio, houve geração líquida de 277 mil postos de trabalho formal, resultado melhor que o esperado pelo mercado, que projetava saldo líquido de 181 mil (Broadcast). No mesmo mês do ano passado, o saldo foi positivo em 266,4 mil vagas. O resultado de maio surpreendeu positivamente, dando continuidade à robusta recuperação do mercado de trabalho no país.
O resultado de maio foi puxado novamente pelo setor de serviços, com 118 mil vagas líquidas geradas (43% do total), porém foi menos concentrado que nos meses anteriores, com importante contribuição de outras quatro atividades: comércio (47,5 mil), indústria de transformação (42 mil), Construção civil (35,4 mil) e agropecuária (26,7 mil). No setor de serviços, que vem sendo o principal setor de crescimento do emprego, os destaques foram: informação, comunicação e atividades profissionais (49 mil); Administração pública, educação e saúde (24,8 mil); alojamento e alimentação (21,3 mil); transportes e armazenagem (14,8 mil) e outros serviços (10 mil). Esse setor ainda vem sendo beneficiado pela reabertura econômica (escolas, bares e restaurantes) e novos padrões de consumo pós pandemia (comércio eletrônico).
No ano, foram geradas 1,051 milhão de vagas formais, ante 1,161 milhão no mesmo período do ano passado. A maior parte está concentrada no setor de serviços (60% do total), construção civil (15%) e indústria de transformação (15%). Nenhum setor apresenta geração líquida negativa no ano.
No acumulado em 12 meses, vemos trajetórias divergentes para os setores. A construção civil mantém trajetória de estabilidade, enquanto o comércio e a indústria ensaiam uma recuperação após arrefecimento nos últimos meses. Por outro lado, o setor de serviços se descola dos demais, mantendo a trajetória de crescimento com 1,4 milhão de vagas formais criadas.
Em relação ao salário de admissão, houve queda real de 0,9% em relação ao mês anterior e de -5.6% na variação interanual. Já os salários de demissão variaram -0,4% m/m e -6,0% a/a. No que tange a modernização trabalhista, vemos significativa geração de postos de trabalhos intermitentes (96 mil em 12 meses); por trabalho parcial (45,4 mil) e o maior número de desligamentos por acordo entre empregador e empregado da série (221 mil em 12 meses).