Em novembro, houve criação líquida de 324,1 mil postos de trabalho formal, resultado melhor que o esperado pelo mercado, que projetava criação de 216 mil (Broadcast). No mesmo mês do ano passado houve saldo positivo de 376 mil vagas. A aceleração em relação ao mês anterior do saldo de postos criados (mais 71 mil) decorre principalmente da redução das demissões (-59 mil).
Em 2021, foram criadas até novembro 2,993 milhões de postos de trabalho formal, ante destruição de 33,1 mil vagas no mesmo período do ano passado. Em 12 meses, o saldo chegou a 2,8 milhões de vagas criadas.
Houve criação líquida em seis dos nove setores analisados, porém o resultado de novembro ficou muito concentrado nos setores de serviços e comércio. Nos últimos meses, esses dois setores já eram os protagonistas da geração de empregos, contribuindo com cerca de 60% a 70% dos postos de trabalho criados. Dessa vez, a relevância desses setores foi mais forte, chegando a 98,8% do total.
Os destaques ficaram com o setor de serviços que gerou 181 mil postos formais e comércio (139,3 mil). Além disso, tivemos uma pequena contribuição da construção civil (12,5 mil) e da indústria de transformação (5,9 mil). Dois setores apresentaram destruição de vagas no mês: agropecuária (-16,8 mil) e administração pública (-0,1 mil).
No âmbito da modernização trabalhista, tivemos a criação de 11,3 mil vagas de trabalho intermitente e 3,7 mil vagas em regime parcial. Em 12 meses, o número líquido de postos de trabalho intermitentes criados está em 92 mil vagas, enquanto no trabalho parcial houve criação de 38,2 mil vagas.
O salário médio real de admissão ficou em R$1.778, uma queda real de 1,8% em relação ao mês anterior e -4,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.