Home > Macroeconomia Brasil > Decisão da taxa de juros (Copom): Banco Central aumenta taxa Selic em 0,5 p.p. para 13,75% e deixa novo aumento em aberto

Publicado em 04 de Agosto às 09:44:33

Decisão da taxa de juros (Copom): Banco Central aumenta taxa Selic em 0,5 p.p. para 13,75% e deixa novo aumento em aberto

O Banco Central (BCB) elevou, de forma unânime, a Selic em 0,5 p.p. Dessa forma, a Selic atingiu 13,75% a.a., o valor mais alto desde dezembro de 2016.  O comitê avaliará a necessidade de um novo ajuste de menor magnitude, em 0,25 p.p, na próxima reunião, nos dias 20 e 21 de setembro. Foi salientada a conjuntura doméstica e internacional adversa em conjunto com o estágio avançado do ciclo de ajuste e os impactos acumulados que ainda não foram observados na atividade econômica.  

O comunicado destacou que as projeções para 2022 e 2023 estavam sujeitas aos impactos das alterações tributárias entre os anos- calendário.  Nesse sentido, o comitê optou por dar ênfase à inflação acumulada em doze meses no primeiro trimestre de 2024. Essa alteração reflete o horizonte relevante para a política monetária, além de suavizar os efeitos das alterações tributárias, porém incorporando os efeitos secundários da medida sobre as projeções de inflação.   

No cenário doméstico, o comunicado destacou que a atividade econômica vem apresentando um desempenho positivo, destacando a melhora do mercado de trabalho. Entretanto, no âmbito inflacionário, a inflação ao consumidor permanece em patamar elevado, tanto nos itens mais voláteis como nos núcleos.

O comunicado destacou que existem riscos para o cenário inflacionário em ambas as direções. Os riscos altistas estão associados a maior persistência inflacionária global e as incertezas em relação ao arcabouço fiscal brasileiro e aos estímulos fiscais adicionais.  Por outro lado, os riscos de baixa estão ligados a um arrefecimento dos preços das commodities e a uma desaceleração da atividade econômica mais forte do que a esperada. Ademais, foi destacado que caso as medidas fiscais de estímulo à demanda se tornem permanentes, elevará o risco de alta para o cenário inflacionário.

O Copom destacou que o ambiente externo é adverso e volátil, com revisões negativas para atividade econômica global em um cenário inflacionário pressionado.  O comitê destacou que a normalização da política monetária nos países desenvolvidos segue acelerando, o que eleva a volatilidade dos ativos e impacta o cenário prospectivo.     

O Banco Central incorporou as medidas tributárias recentemente aprovadas em seu cenário base. A projeção para inflação é de 6,8% em 2022, 4,6% em 2023 e 2,7% para 2024, com os juros parando em 13,75% e caindo para 11% em 2023 e 8% em 2024. O Banco Central considera em seu cenário que o preço do petróleo segue a curva futura de mercado nos próximos 6 meses e aumenta 2% a.a. posteriormente. Além disso, considera a bandeira amarela em dezembro de 2022, 2023 e 2024. 

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações

    Vale a pena conferir