Home > Macroeconomia Brasil > Decisão de Taxa de Juros (Copom): Selic em 9,25% a.a

Publicado em 09 de Dezembro às 13:06:37

Decisão de Taxa de Juros (Copom): Selic em 9,25% a.a

O Banco Central (BCB) elevou, de forma unânime, a Selic em 1,5 p.p. Com isto, a Selic atingiu 9,25% a.a. O Copom indicou que deverá aumentar a taxa básica novamente em 1,5 p.p. na próxima reunião, nos dias 1º e 02 de fevereiro de 2022.

Diante de uma elevação das projeções de inflação e do risco de perda das expectativas de inflação para os prazos mais longos, o comunicado enfatizou que acha apropriado a política monetária caminhar para um terreno significativamente contracionista e que continuará até que o processo de desinflação ocorra em conjunto com a ancoragem das expectativas.

No cenário doméstico, o comunicado destacou que a atividade econômica vem apresentando desempenho abaixo do esperado. Além disso, a inflação ao consumidor segue elevada, com uma alta nos preços acima do previsto tanto em itens mais voláteis quanto na inflação subjacente.

O Comitê destacou que existem fatores de riscos em ambas as direções: por um lado, uma desaceleração do preço das commodities produziria uma trajetória abaixo do cenário base para inflação do Banco Central. Entretanto, prolongamentos das políticas fiscais, piorando a trajetória da política fiscal, podem elevar os prêmios de risco do país.

O Copom destacou que a situação fiscal brasileira vem apresentando desempenho positivo nas últimas leituras. Porém, com a deterioração do arcabouço fiscal (teto de gastos), as expectativas dos agentes foram afetadas negativamente, aumentando a probabilidade de maiores taxas de inflação no cenário base. 

Em relação ao cenário externo, o comitê apontou que o ambiente tem se tornado menos favorável, com alguns bancos centrais expressando necessidade de cautela com a persistência da inflação nas economias, criando um cenário mais desafiador para os países emergentes. Além disso, o comunicado destacou o aumento de incerteza global com a chegada do inverno em algumas economias, podendo provocar uma nova onda de covid, além do aparecimento da variante Ômicron que exige um nível de cautela adicional.

A projeção do BCB para a inflação subiu de 9,5% para 10,2% em 2021. Para 2022 a projeção passou de 4,1% para 4,7% e para 2023 de 3,1% para 3,2% (sob juros extraído do Focus e câmbio partindo de R$ 5,65/US$ e evoluindo seguindo a paridade do poder de compra).

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações

    Vale a pena conferir