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Publicado em 08 de Julho às 09:55:36

IBC-Br (abril/22): índice de atividade recua 0,44% em abril

O índice de atividade do Banco Central (IBC-Br) não estava sendo divulgado diante da greve dos servidores da autarquia. Com o fim da paralisação, os dados para março e abril foram divulgados hoje. Nesse sentido, em abril, o IBC-Br recuou 0,44% em relação ao mês anterior, pior que o esperado pelo mercado (projeção de 0,10% m/m, Broadcast). Na comparação interanual houve crescimento de 2,2%. Já para o mês de março, houve crescimento de 1,1% m/m (2,6% a/a). Com isso, a atividade econômica no mês de abril encontra-se 1,3% acima do nível pré pandemia.

O destaque positivo para o mês de abril ficou com o setor varejista, impulsionado pelo setor de tecidos & vestuário (1,7%) e móveis & eletrodomésticos (2,3%). Já os serviços, que vem sendo o grande driver de crescimento nos últimos meses avançou 0,2%, com o crescimento de 1,9% nos serviços às famílias e 0,7% em informação e comunicação. Vale destacar que o carnaval fora de época foi importante para o crescimento dos serviços no mês.

O destaque para a atividade nos últimos meses vem sendo a recuperação do mercado de trabalho, com a forte queda na taxa de desemprego.  Na última leitura, além da queda do desemprego, houve aumento da ocupação disseminado entre as atividades econômicas, e elevação da taxa de participação e da massa de rendimentos. Os dados do CAGED também mostram uma dinâmica muito positiva para o mercado de trabalho formal.

Apesar da política monetária contracionista, em que projetamos a taxa Selic chegando a 13,75% a.a. com a maior parte do impacto sendo sentida no 2º semestre de 2022, revisamos a projeção de crescimento de 1,4% para 2,1%, diante da melhora do mercado de trabalho e dos estímulos fiscais de apoio a demanda.  A redução do ICMS representará um crescimento da renda real das famílias, com redução de preço em produtos essenciais, o que permitirá aumento do consumo de bens e serviços. Além disso, a PEC dos benefícios aumentará ainda mais a renda disponível, com destaque para o aumento do Auxílio Brasil em 50% e a zeragem da fila do programa. O pacote representa 0,45% do PIB em gastos fora do teto, por meio de créditos extraordinários.

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