No trimestre encerrado em agosto, houve alta de 1,45% em relação aos três meses anteriores na série com ajuste sazonal. Além disso, na comparação trimestral até agosto com o mesmo trimestre do ano anterior o avanço foi de 3,96%. Com estes resultados e as revisões nos dados dos últimos meses, o carrego estatístico para o IBC-Br no 3º trimestre ficou em 0,6%, e em 2,9% para 2024.
No mês de agosto, os três grandes setores da atividade (indústria, comércio e serviços) apresentaram resultados mistos. Primeiramente, o setor de serviços registrou queda de 0,4% m/m, influenciado pelo desempenho negativo de algumas categorias importantes, entre elas comunicação e transportes. Por outro lado, embora o setor de varejo tenha apresentado queda de 0,3% m/m, tal resultado veio melhor do que as expectativas de -0,6% m/m. Além disso, a produção industrial apresentou crescimento de 0,1% m/m, em linha com as expectativas, acumulando crescimento de 2,4% em 12 meses.
Os dados de agosto continuam mostrando a resiliência do mercado de trabalho. Nesse sentido, o Caged mostrou a criação de 232,50 mil vagas, ligeiramente abaixo das expectativas, enquanto a taxa de desemprego recuou para 6,6%, a menor taxa de desocupação para um trimestre móvel encerrado em agosto na série histórica. Nesse contexto, vale destacar o avanço da população ocupada, sendo acompanhado pela queda da desocupação ao mesmo tempo em que a taxa de participação apresentou elevação. Tal resultado reverte a tendência observada nos primeiros trimestres do ano de 2023, período em que foi observada uma queda artificial da taxa de desemprego que refletia o fluxo de saída de pessoas da força de trabalho.
De maneira geral, tal resultado corrobora a resiliência da atividade econômica. Assim, seguimos avaliando que a perspectiva para a atividade segue positiva em função do mercado de trabalho aquecido e da resiliência do consumo doméstico, que deve continuar sendo impulsionado pela melhora dos indicadores de crédito e pelas políticas de impulso à demanda aprovadas pelo governo. Por fim, projetamos um crescimento de 2,9% do PIB no ano.



