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Publicado em 11 de Fevereiro às 12:06:30

IBC-Br (dez/21): indicador de atividade do Banco Central cresce 4,5% em 2021

Em dezembro, o índice de atividade do Banco Central avançou 0,33% em relação ao mês anterior, pior que o esperado pelo mercado (projeção de 0,6% m/m, Broadcast). Na comparação interanual houve alta de 1,3%.

Tivemos novamente revisões na série por conta dos ajustes sazonais. Em novembro, o indicador passou de 0,69% para 0,51%, em outubro de -0,28% para -0,07% e setembro de -0,59% para -0,6%. Com o resultado de dezembro e as revisões na série, o IBC-Br se manteve estável no último trimestre do ano (crescimento zero), encerrando o ano de 2021 com avanço de 4,5%.

Além disso, o indicador se encontra 0,3% acima do nível pré pandemia, apresentando uma grande estabilidade ao longo de 2021. Porém, o desempenho no ano não foi homogêneo entre os setores. O setor de serviços vem sendo o destaque da recuperação econômica, uma vez que está se beneficiando da reabertura econômica e da mudança do padrão de consumo de bens para serviços. Além disso, a pandemia trouxe oportunidade para setores que prestavam serviços às empresas como: transporte de cargas, tecnologia da informação, logística de transporte, armazenagem e serviços financeiros.

Já o setor industrial e o varejista se encontraram em um cenário mais desafiador. A indústria sofreu com a escassez de componentes e insumos de produção básicos, além da forte pressão nos custos com a aceleração inflacionária, prejudicando as margens dos produtores. O comércio foi impactado pelo forte aumento dos preços, que corrói o poder de compra da população, além da dificuldade de alguns setores de se adaptar a mudança de consumo de bens para serviços com o arrefecimento da pandemia e com uma taxa de câmbio mais desvalorizada que encarece o preço dos produtos muitas vezes importados.

Com o resultado do IBC-Br, temos carrego estatístico de 0,3% para 2022, indicando que o efeito base já foi eliminado. O ano de 2022 será desafiador diante das condições financeiras adversas com a forte elevação da taxa básica de juros.

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