No trimestre encerrado em julho, houve alta de 1,33% em relação aos três meses anteriores na série com ajuste sazonal. Além disso, na comparação trimestral até julho com o mesmo trimestre do ano anterior o avanço foi de 3,22%. Com estes resultados e as revisões nos dados dos últimos meses, o carrego estatístico para o IBC-Br no 3º trimestre ficou em 0,6%, e em 2,7% para 2024.
Os dados de julho continuam mostrando a resiliência do mercado de trabalho. Nesse sentido, o Caged mostrou a criação de 188,0 mil vagas, em linha com as expectativas, enquanto a taxa de desemprego recuou para 6,8%, a menor taxa de desocupação para um trimestre móvel encerrado em julho na série histórica. Nesse contexto, vale destacar o avanço da população ocupada, sendo acompanhado pela queda da desocupação ao mesmo tempo em que a taxa de participação apresentou elevação. Tal resultado reverte a tendência observada nos primeiros trimestres do ano de 2023, período em que foi observada uma queda artificial da taxa de desemprego que refletia o fluxo de saída de pessoas da força de trabalho.
De maneira geral, apesar do resultado negativo, a leitura do IBC-Br corrobora a resiliência da atividade econômica. Assim, com o ciclo de flexibilização monetária, observa-se certa melhora na saúde financeira das famílias que, somada ao conjunto de medidas promovidas pelo governo de impulso fiscal e à resiliência do mercado de trabalho, deve contribuir para a maior resiliência da atividade econômica. Por fim, projetamos um crescimento de 2,9% do PIB no ano.