No trimestre encerrado em junho, houve alta de 1,12% em relação aos três meses anteriores na série com ajuste sazonal. Além disso, na comparação trimestral até junho com o mesmo trimestre do ano anterior o avanço foi de 2,82%. Com estes resultados e as revisões nos dados dos últimos meses, o carrego estatístico para o IBC-Br no 3º trimestre ficou em 1,0%, e em 2,9% para 2024.
No mês de junho, os três grandes setores da atividade (indústria, comércio e serviços) apresentaram resultados mistos. Primeiramente, a produção industrial avançou 4,1% na comparação mensal, influenciada pelo crescimento de 2,7% m/m de produtos alimentícios e pelo avanço de 2,5% da indústria extrativa. Além disso, o setor de serviços apresentou expansão de 1,7% na comparação mensal, também acima das expectativas, com todos os grupos de atividade crescendo. Por outro lado, as vendas no varejo recuaram 1,0% m/m, pior do que as expectativas. Apesar do desempenho negativo, vale destacar que este resultado ocorre após cinco meses consecutivos de crescimento, período em que o comercio varejista alcançou o patamar mais elevado da série histórica.
▪ Os dados de maio continuam mostrando a resiliência do mercado de trabalho. Nesse sentido, o Caged mostrou a criação de 201,7 mil vagas, acima das expectativas, enquanto a taxa de desemprego recuou para 6,9%, a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em junho desde 2014 (6,9%). Nesse contexto, vale destacar o avanço da população ocupada, sendo acompanhado pela queda da desocupação ao mesmo tempo em que a taxa de participação apresentou elevação. Tal resultado reverte a tendência observada nos primeiros trimestres do ano de 2023, período em que foi observada uma queda artificial da taxa de desemprego que refletia o fluxo de saída de pessoas da força de trabalho.
De maneira geral, a leitura do IBC-Br corrobora a resiliência da atividade econômica. Assim, com o ciclo de flexibilização monetária, observa-se certa melhora na saúde financeira das famílias que, somada ao conjunto de medidas promovidas pelo governo de impulso fiscal e à resiliência do mercado de trabalho, deve contribuir para a maior resiliência da atividade econômica. Por fim, projetamos um crescimento de 2,2% do PIB no ano.