Home > Macroeconomia Brasil > IBC-Br (maio/22): Índice de atividade do Banco Central recua 0,11% m/m

Publicado em 14 de Julho às 11:29:30

IBC-Br (maio/22): Índice de atividade do Banco Central recua 0,11% m/m

Pelo segundo mês consecutivo houve recuo no índice de atividade econômica do Banco Central. Em maio, o IBC-Br recuou 0,11% em relação ao mês anterior, pior que o esperado pelo mercado (projeção de 0,10% m/m, Broadcast). Na comparação interanual houve crescimento de 3,7%.  Houve revisão no mês anterior (abril), passando de -0,4% para – 0,6%. Com o resultado de maio e as revisões na série, a atividade econômica brasileira se encontra 1,0% acima do nível pré pandemia, deixando carrego de 0,2% para o 2º trimestre.

O resultado do mês vai no sentido contrário dos dados de atividade setoriais divulgados pelo IBGE. O setor de serviços foi o grande destaque do mês, com resultado forte e acima das expectativas (avançou 0,9% m/m). Por outro lado, a indústria e o varejo decepcionaram, vindo mais fracos que o esperado, porém ainda apresentando crescimento. A indústria avançou 0,3%, enquanto o varejo ficou praticamente estável (0,1%).

O destaque para a atividade nos últimos meses vem sendo a recuperação do mercado de trabalho, com a forte queda na taxa de desemprego.  Na última leitura, além da queda do desemprego, houve aumento da ocupação disseminado entre as atividades econômicas, e elevação da taxa de participação e da massa de rendimentos. Os dados do CAGED também mostram uma dinâmica muito positiva para o mercado de trabalho formal.

Os estímulos fiscais (redução do ICMS em itens essenciais e PEC dos benefícios) darão impulso econômico adicional para o 2º semestre do ano, postergando os impactos mais significativos da política monetária sobre a atividade. A política fiscal e monetária andam em direções opostas: enquanto o Banco Central busca arrefecer a economia com uma taxa de juro real elevada, a política fiscal é estimulativa dando sustentação a demanda no curto prazo.  

A redução do ICMS representará um crescimento da renda disponível das famílias, com redução de preço em produtos essenciais e amplamente consumidos (combustíveis, energia elétrica, telecomunicações), o que permitirá aumento do consumo em outros bens e serviços. Além disso, a PEC dos benefícios aumentará ainda mais a renda disponível, com destaque para o aumento do Auxílio Brasil em 50% e a zeragem da fila do programa. O pacote representa 0,45% do PIB em gastos fora do teto, por meio de créditos extraordinários.   

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações

    Vale a pena conferir