Em outubro, o índice de atividade do Banco Central recuou 0,40% em relação ao mês anterior, em linha com a expectativa mediana do mercado. Na comparação interanual, houve queda de 1,5%.
Tivemos novamente revisões na série por conta dos ajustes sazonais. Nos meses mais recentes, as revisões foram negativas. Em julho caiu de 0,13% para -0,12%, em agosto de -0,29% para -0,44% e em setembro de -0,27% para -0,46%. Com isso, o IBC-Br de outubro representa a quarta queda consecutiva na margem do indicador, acumulando queda de 1,43% no período.
O indicador do Banco Central foi impactado pelo recuo de todos os grandes indicadores de atividade setorial no mês de outubro, que vieram abaixo das expectativas. Com o resultado de outubro, o carrego estatístico para o 4º trimestre do ano é de -0,86%. Ou seja, caso a atividade se mantenha no patamar atual pelos próximos dois meses, teremos uma queda no último trimestre em relação ao anterior dessa magnitude (PIB de 2021 seria de 4,6%).
Com o recuo no mês de outubro em conjunto com as revisões na série, o IBC-Br encontra-se 1,6% abaixo do nível observado no período pré-pandemia (média jan/20 e fev/20), sendo o nível mais baixo desde setembro de 2020. No ano, o índice apresenta crescimento de 4,99% na série sem ajuste e nos últimos 12 meses elevação de 4,19%. Além disso, encontra-se 7,9% abaixo do nível mais alto da série (dezembro de 2013).