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Publicado em 13 de Dezembro às 12:01:35

IBC-BR (Out/24): Números de outubro sugerem que a economia deve crescer 3,5% em 2024

Em outubro, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) avançou 0,14% m/m na série com ajuste sazonal, vindo melhor do que a mediana das projeções de mercado de 0,0% m/m (Broadcast+). Com este resultado, o índice deu continuidade à sequência de duas altas consecutivas registradas nos meses imediatamente anteriores e renovou o patamar mais elevado já registrado em sua série histórica. Na comparação interanual, a expansão foi de 7,3% a/a, acelerando em relação aos 5,3% a/a observados em setembro e também ficou acima do consenso de mercado que tinha como expectativa uma alta de 6,6% a/a (Broadcast+).

Os números de outubro corroboram um cenário de maior dinamismo que o antecipado da economia no último trimestre do ano, sugerindo que a desaceleração esperada deve ser mais moderada. Se, por um lado, essa robustez contribui para que a economia brasileira surpreenda e apresente um ritmo de crescimento de 3,5% em 2024, por outro, se mostra um importante fator de risco inflacionário, que já começa a ser capturado nos componentes mais ligados ao ciclo econômico do IPCA. Nesse contexto, revisamos, preliminarmente, a nossa projeção de crescimento do PIB do último trimestre de 0,3% t/t para 0,5% t/t, de modo que, nossa expectativa de crescimento para o PIB no ano saiu de 3,4% para 3,5%.

Houve revisões para os dados dos meses anteriores. O número de julho saiu de -0,33% m/m para -0,31% m/m, o de agosto saiu de 0,24% m/m para 0,30% m/m e o de setembro saiu de 0,84% m/m para 0,88% m/m. Em posse do número de outubro e das revisões nos meses anteriores, o IBC-Br deixa um carrego estatístico de 0,83% para o último trimestre do ano e de 3,5% para o ano cheio.

No mês de outubro, houve desempenho misto entre os três grandes setores da atividade (indústria, comércio e serviços). Por um lado, apesar do recuo de 0,2% m/m da indústria, ganhos bastante disseminados puderam ser observados em sua composição, visto que apenas 1 das 4 grandes categorias e 6 das 25 atividades pesquisadas registraram recuos no mês, sugerindo que o desempenho negativo deve ser interpretado com uma certa cautela. Por outro lado, tanto os serviços quanto o varejo surpreenderam com altas de 1,1% m/m e 0,4% m/m, respectivamente. Ambos os indicadores corroboram a percepção de que a atividade econômica no último trimestre do ano será mais robusta do que o antecipado, refletindo um mercado de trabalho aquecido que tem servido como um importante suporte à demanda doméstica e deve continuar sustentando o consumo das famílias como o principal driver de crescimento da economia.

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