Em abril, o IGP-M avançou 1,41% m/m, ante 1,74% no mês anterior. O resultado veio melhor que o esperado (1,70%, Broadcast), ficando próximo do piso das expectativas do mercado (1,45% m/m). Com este resultado o índice acumula alta de 14,66% em 12 meses. O IGP-M apresenta queda significativa nesse primeiro trimestre do ano na comparação interanual, uma vez que as taxas no mesmo período do ano anterior foram historicamente muito elevadas. Em abril de 2021, o índice havia subido 1,51% m/m e acumulava alta de 32,02% em 12 meses.
De acordo com a pesquisa, as commodities agrícolas contribuíram para a melhora do indicador da inflação ao produtor. A soja, o milho e o café, que correspondem por 13% do IPA, apresentaram 7,3% de queda média e tiveram impacto de -1 p.p. no IPA. Em contrapartida, houve aceleração dos preços do Diesel (14,70%), gasolina (11,29%) e de adubos/fertilizantes (10,45%), que correspondem por 60% da inflação ao produtor compensaram parcialmente a desaceleração do índice.
O IPA (que possui 60% de peso no índice cheio) desacelerou de 2,07% em março para 1,45% em abril. Este resultado decorreu da alta dos preços do grupo de Bens Finais que avançou 3,10%, ante 2,75% no mês anterior. A principal contribuição veio do subgrupo de combustíveis para o consumo, cuja alta passou de 4,60% para 10,80%. Na mesma direção, o grupo de Bens Intermediários acelerou ao passar de 2,06% em março para 3,40% em abril, puxado pelo subgrupo de combustíveis e lubrificantes para produção (12,04%). Por fim, no que diz respeito à Matérias-Primas recuou 1,82% em abril, após registrar expansão de 1,53% em março. Os destaques vão para os recuos da soja em grão (-7,02%), milho em grão (-7,22%) e suínos (-3,99%).
A inflação ao consumidor avançou 1,53%, ante 0,86 % em março. Em relação ao mês anterior, todas as categorias pesquisadas apresentaram acréscimos em suas taxas de variação. O principal destaque vai para o grupo de Transportes (1,15% para 2,94%), puxado pelo avanço da gasolina que passou de 1,36% em março para 5,86% em abril. Além disso, altas foram observadas nos grupos de Educação, Leitura e Recreação (0,44% para 1,57%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,17% para 0,75%), Habitação (0,75% para 0,93%), Despesas Diversas (0,26% para 0,84%), Alimentação (1,73% para 1,82%), Vestuário (0,91% para 1,23%) e Comunicação (-0,12% para 0,00%). Os principais destaques foram as altas das Passagens Aéreas (1,73% para 9,50%), Medicamentos (0,26% para 2,44%), Gás de Bujão (2,02% para 6,07%) e Aves e Ovos (0,33% para 2,38%).
O INCC subiu 0,87% em abril, ante 0,73% no mês anterior. Houve aumento de 0,46% no grupo mão de obra (ante 1,12% em março) e avanços de 1,35% e 0,73% em materiais e serviços, respectivamente. Em 12 meses, o INCC avançou 11,54%.