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Publicado em 30 de Agosto às 14:26:27

IGP-M (ago/22): Índice geral de preços varia -0,70% m/m

Em agosto, o IGP-M recuou -0,70% m/m, ante alta de 0,21% m/m no mês anterior. O resultado veio melhor que a expectativa do mercado (-0,56% m/m, Broadcast). Com este resultado o índice apresentou redução na variação em 12 meses, chegando a 8,59% a/a. No ano, o IGP-M acumula alta de 7,63%. No mesmo mês do ano anterior, o IGP-M avançou 0,66%, acumulando elevação de 33,12% em 12 meses. A queda mais forte que a expectativa do mercado decorreu de uma contração mais intensa do IPA, principalmente no grupo de produtos industriais.

Nesse mês, a combinação da queda de importantes commodities em conjunto com a redução dos combustíveis, diante da redução da alíquota de ICMS e dos preços nas refinarias foi determinante para a desaceleração do índice em agosto, impactando a inflação ao consumidor e ao produtor. No âmbito dos produtores, houve forte influência negativa da gasolina, do diesel e do minério de ferro, enquanto os consumidores sentiram a deflação não só por conta da queda nos combustíveis, mas também pelo recuo das passagens aéreas e energia elétrica. Já o INCC seguiu pressionado.

O IPA (que possuí 60% de peso no índice cheio) desacelerou de 0,21% em julho para -0,71% em agosto. Houve avanço dos produtos agropecuários (de 0,17% para 0,49%), porém desaceleração dos produtos industriais (de 0,22% para -1,18%). As maiores influências negativas foram: minério de ferro (-5,76%), gasolina (-8,23%), óleo diesel (-2,97%), ferro-gusa (-25,9%) e soja (-1,49%). Por outro lado, houve pressão sobre a inflação ao produtor principalmente do leite in natura (12,6%) e industrializado (7,8%).

A inflação ao consumidor apresentou mais uma taxa negativa, agora de -1,18% m/m, ante -0,28% no mês anterior. seis das oito categorias apresentaram decréscimo em suas taxas. A principal contribuição adveio dos Transportes (-4,84%), com a queda de 15,1% da gasolina. Além disso, houve queda no grupo Educação e recreação (-3,07%), com o recuo nas passagens aéreas (-17,3%); Comunicação (-0,83%), diante do impacto da tarifa de telefone móvel (-2,4%) e Habitação (-0,31%). Alimentação apresentou arrefecimento (de 1,47% para 0,44%), assim como vestuário (de 0,73% para 0,20%). 

Por outro lado, houve crescimento no grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,29% para 0,67%), com o avanço nos artigos de higiene pessoal (-1,43% para 1,07%) e no grupo Despesas diversas (0,26% para 0,36%), com aumento nos cigarros (1,54% para 2,55%). ▪ O INCC foi o único índice no mês que não apresentou deflação, aumentando em 0,33% em agosto. Apesar disso, houve desaceleração em relação ao mês anterior (INCC de julho foi 1,16%). Houve aumento de 0,54% no grupo mão de obra (ante 1,76% em julho) e de 0,14% em materiais e serviços (ante 0,6%). Em 12 meses, o INCC apresenta a maior variação entre os três grupos, com avanço de 11,40%.

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