▪ Em setembro, o IGP-M recuou 0,64% em relação ao mês anterior, abaixo da mediana das projeções (-0,49%, Bloomberg). No mês anterior, o índice havia avançado 0,66%. Esse foi o primeiro recuo do índice desde fevereiro de 2020. No acumulado em 12 meses, o índice geral de preços apresenta elevação de 24,9%, sendo uma melhora significativa em relação ao mês passado (31,1%). No ano, a alta acumulada é de 16%.
▪ O resultado do IGP-M foi influenciado pela queda no preço do minério de ferro (-21,7%). Sem a queda no preço da commodity, o índice teria registrado elevação de 2,37% em agosto e 1,21% em setembro.
▪ Em relação ao mês anterior, houve desaceleração do IPA (diante da queda do minério), avanço no IPC (com avanço da gasolina e energia elétrica) e estabilidade no INCC. Referente ao índice cheio (-0.64 p.p.), os impactos dos componentes foram: IPA (-0,90 p.p.), IPC (0,20 p.p.) e INCC (0,048 p.p.).
▪ O IPA (que possuí 60% de peso no índice cheio) recuou de 0,66% em agosto para -1,21% em setembro. Os produtos industriais apresentaram recuo (de -1,25% para -2,02%). Além disso, os produtos agrícolas, apesar de avançarem no mês, apresentaram uma forte desaceleração (de 5,7% para 0,77%). As maiores contribuições negativas foram: minério de ferro (-21,74%), milho (-3,18%) e bovinos (-1,55%). Já as maiores contribuições positivas foram: café (8,33%), açucar (9,64%) e carnes de aves (5,36%).
▪ O IPC avançou de 0,75% em agosto para 1,19% em setembro. Em relação ao mês anterior, seis das oito classes de despesas apresentaram aceleração em suas taxas. A principal contribuição ocorreu no grupo Habitação (1,05% para 2,00%), com destaque para a elevação no preço da tarifa elétrica cuja taxa saiu de 3,26% em agosto para 5,75% em setembro. Além disso, tivemos avanço no grupo Transportes (de 0,76% para 1,31%), com destaque para o item gasolina com a taxa passando de 1,55% para 2,77%.
▪ Além disso, apresentaram aumento em suas taxas o grupo Educação (0,53% para 1,85%), Comunicação (-0,11% para 0,21%), Despesas diversas (0,19% para 0,28%) e Vestuário (0,29% para 0,31%).
▪ Por outro lado, tivemos desaceleração nos demais grupos analisados. Alimentação (1,17% para 1,10%) e Saúde e Cuidados pessoais (0,42% para 0,38%).
▪ O INCC subiu 0,56% em setembro, repetindo o valor do mês anterior. Houve aumento de 0,27% no grupo mão de obra (ante 0% em agosto) e avanço de 0,83% em materiais e serviços (ante 1,1% em agosto). Em 12 meses, o INCC avançou 16,4%.