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Publicado em 28 de Janeiro às 11:17:32

IGP-M (jan/22): Índice acelera puxado pelo forte aumento do minério de ferro; inflação ao consumidor apresenta nova desaceleração

Em janeiro, o IGP-M avançou 1,82% m/m, acelerando em relação ao mês anterior (0,87%). O resultado veio melhor que o esperado, ficando abaixo da mediana das expectativas do mercado (2,0% m/m). Com este resultado o índice acumula alta de 16,91% em 12 meses. O resultado do IGP-M foi puxado pelo aumento do índice ao produtor, diante da aceleração do grupo de bens finais. Por outro lado, tivemos mais um mês de desaceleração na inflação ao consumidor, sendo o quarto mês consecutivo em que ocorre decréscimo na taxa.

O IGP-M deve apresentar forte desaceleração na variação interanual no primeiro trimestre de 2022, uma vez que as taxas no ano passado foram historicamente muito elevadas. A inflação média no período (jan- mar) foi de 2,7% m/m. 

Em relação ao mês anterior, houve desaceleração somente na inflação ao consumidor, passando de 0,84% para 0,42%. Já o IPA aumentou de 0,95% para 2,30% e o INCC de 0,30% para 0,64% Referente ao índice cheio (1,82 p.p.), os impactos dos componentes foram: IPA (1,685 p.p.), IPC (0,076 p.p.) e INCC (0,055 p.p.). O IPA foi o grande responsável pela aceleração no mês com 93% do impacto no índice total.

O IPA (que possuí 60% de peso no índice cheio) aumentou de 0,95% em dezembro para 2,30% em janeiro. Os produtos industriais aceleraram de 0,82% para 2,52% e os produtos agrícolas de 1,27% para 1,77% em janeiro.  52% do resultado do IPA ocorreu pela elevação do preço do minério de ferro. As maiores contribuições positivas foram: minério de ferro (de -0,52% para 18,26%), soja (-1,03% para 4,05%) e milho (-2,68% para 5,64%).  

O IPC apresentou nova desaceleração, sendo a quarta consecutiva, agora de 0,84% para 0,42%.  Em relação ao mês anterior, quatro das oito categorias apresentaram decréscimo em suas taxas. A principal contribuição ocorreu no grupo Transportes (de 1,26% para -0,17%), com destaque para desaceleração do item gasolina (de 2,24% para -1,62%) e do etanol (1,94% para -2,99%). Além disso, tivemos desaceleração no grupo Habitação (de 1,09% para 0,33%), com destaque para energia elétrica (3,11% para -0,69%), no grupo Educação e recreação (1,8% para 0,94%), com a queda do item passagem aérea (de 11,62% para -6,63%) e no grupo Saúde (0,17% para 0,07%), com o recuo dos planos de saúde.  

Por outro lado, tivemos aumento no grupo Alimentação (de 0,54% para 1,15%), Vestuário (0,61% para 1,17%), Comunicação (0,05% para 0,13%) e Despesas diversas (0,13% para 0,14%).

O INCC subiu 0,64% em janeiro, ante 0,30% no mês anterior. Houve aumento de 0,14% no grupo Mão de obra (ante 0,10% em dezembro) e avanço de 1,09% em materiais e serviços (ante 0,49% em dezembro). Em 12 meses, o INCC avançou 13,7%.

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