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Publicado em 29 de Junho às 10:30:26

IGP-M (jun/22): Índice Geral de Preços varia 0,59% m/m

Em junho, o IGP-M avançou 0,59% m/m, ante 0,52% m/m no mês anterior. O resultado veio melhor que a expectativa do mercado (0,70% m/m, Broadcast). Com este resultado o índice apresentou estabilidade na variação em 12 meses (10,7% a/a). No ano, o IGP-M acumula alta de 8,16%.

Diferentemente dos meses anteriores, em junho, o impacto sobre o índice cheio foi diluído entre os três grandes grupos. Por representar 60% do índice cheio, o IPA costuma ser o grande responsável pela variação do IGP-M. Entretanto, com sua desaceleração e o avanço da inflação ao consumidor e da construção civil houve equilíbrio entre os grupos.

O IPA (que possuí 60% de peso no índice cheio) desacelerou de 0,45% em maio para 0,30% em junho. Houve recuo dos produtos agropecuários (de 0,16% para -0,61%), porém aceleração dos produtos industriais (de 0,57% para 0,67%). Os principais destaques foram: Óleo Diesel (de 3,29% para 6,96%), leite in natura (de 7,47% para 4,40%) e automóveis (de 0,57% para 2,31%).

A inflação ao consumidor avançou 0,71% m/m, ante 0,35% no mês anterior. Houve avanço em somente dois dos oito grupos pesquisados: Habitação (de -2,57% para 0,65%) e Vestuário (de 1,20% para 1,52%). No primeiro grupo, vale destacar o avanço da energia elétrica residencial (de -13,71% para -0,34%). Já no segundo grupo, o destaque ficou com o item roupas (1,36% para 1,75%).

Por outro lado, houve desaceleração nos seguintes grupos: Transportes (1,20% para 0,09%), com o recuo do etanol (8,14% para -6,25%); Saúde e cuidados pessoais (1,0% para 0,64%), com os medicamentos (2,84% para 0,89%); Educação e recreação (3,17% para 2,63%), com as passagens aéreas (18,4% para 13,4%); Alimentação (0,87% para 0,74%), com destaque para as hortaliças e legumes (-2,26% para -8,39%); Despesas diversas (0,62% para 0,33%); e Comunicação (-0,23% para -0,49%).

O INCC apresentou elevada variação no mês de junho, passando de 1,49% para 2,81%m/m. O índice da construção civil, apesar de representar somente 10% do índice, apresentou o maior impacto no índice cheio no mês, puxado pelo aumento do custo da mão de obra.  Houve aumento de 4,37% no grupo mão de obra (ante 1,43% em maio), enquanto houve desaceleração em materiais e serviços (de 1,55% para 1,4%). Em 12 meses, o INCC apresenta a maior variação entre os três grupos, com avanço de 11,80%.

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