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Publicado em 30 de Maio às 11:27:09

IGP-M (maio/22): Índice geral de preços desacelera para 0,52% m/m

Em maio, o IGP-M avançou 0,52% m/m, ante 1,41% m/m no mês anterior. O resultado veio em linha com a expectativa do mercado (Broadcast). Com este resultado o índice apresentou significativa desaceleração no acumulado em 12 meses para 10,72% (ante 14,7% no mês anterior). No mesmo mês do ano passado, o índice apresentou elevação de 4,1% m/m.  A desaceleração do IGP-M que estava prevista para o 1º tri de 2022, foi postergada com o início da guerra na Ucrânia.  

O destaque no mês de maio foi o comportamento do preço dos combustíveis. A desaceleração do IGP-M no mês decorre do recuo do preço dos combustíveis tanto para produtores quanto para os consumidores. Na ótica do produtor, o óleo Diesel avançou 3,29%, ante 14,70% no mês anterior, enquanto para os consumidores, a gasolina aumentou 1,01% (ante avanço de 5,86% em abril).

O IPA (que possuí 60% de peso no índice cheio) desacelerou de 1,45% em abril para 0,45% em maio. Houve avanço dos produtos agropecuários (de -1,36% para 0,16%) e desaceleração dos produtos industriais (de 2,62% para 0,57%). Entre as maiores altas tivemos: adubos e fertilizantes (8,59%), leite (7,47%), cana de açúcar (3,81%), diesel (3,29%) e soja (1,67%). Por outro lado, houve recuo no minério de ferro (-4,71%), farelo de Soja (-7,92%), milho (-3,62%) e bovinos (-3,28%).

A inflação ao consumidor avançou 0,35% m/m, ante 1,53% no mês anterior. Houve desaceleração em seis dos oito grupos pesquisados, com destaque para o recuo do grupo Habitação (de 0,93% para -2,57%), diante da queda do preço da tarifa de eletricidade residencial, que apresentou queda de -13,71% no mês de maio. Além disso, houve desaceleração no grupo de transportes (2,94% para 1,20%), com a queda da gasolina; no grupo Alimentação (1,82% para 0,87%), com a queda das hortaliças e legumes (de 12,05% para -2,26%); em Comunicação (0,0% para -0,23%); Despesas diversas (0,84% para 0,62%); e Vestuário (1,23% para 1,20%).  Os dois grupos que apresentaram aumento das taxas foram: Educação, leitura e recreação (1,57% para 3,17%), com destaque para o crescimento das passagens aéreas (de 9,50% para 18,39%); e Saúde e cuidados pessoais (0,75% para 1,00%), com o aumento dos itens de higiene pessoal (0,51% para 1,63%).

O INCC foi o único grupo entre os três que apresentou aceleração no mês de maio, subindo 1,49%, ante 0,87% no mês anterior. O índice da construção civil, apesar de representar somente 10% do índice, contribuiu com cerca de 30% do crescimento no mês de maio.  Houve aumento de 1,43% no grupo mão de obra (ante 0,46% em abril) e avanço de 1,55% em materiais e serviços (ante 1,24% no mês anterior). Em 12 meses, o INCC apresenta a maior variação entre os três grupos, com avanço de 11,20%.

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