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Publicado em 29 de Setembro às 11:09:13

IGP-M (set/22):  Índice geral de preços varia -0,95% m/m

Em setembro, o IGP-M recuou -0,95% m/m, sendo a segunda queda consecutiva do índice (houve redução de -0,70% em agosto). O resultado veio melhor que a expectativa do mercado (-0,89% m/m, Broadcast). Diferentemente do mês anterior em que houve significativa contribuição dos preços aos consumidores para deflação, em setembro, o impacto ficou concentrado no IPA. Com este resultado o índice apresentou redução na variação em 12 meses, chegando a 8,25% a/a. No ano, o IGP-M acumula alta de 6,61%. No mesmo mês do ano anterior, o IGP-M caiu 0,64%, acumulando elevação de 24,9% em 12 meses.

Nesse mês, a combinação da queda nos preços de commodities e nos combustíveis continuaram influenciando o arrefecimento da inflação, em especial no IPA.  O preço do minério de ferro caiu 4,81% (ante queda de 5,76% no mês anterior), o preço do Diesel recuou 4,82% (ante -2,97% no mês anterior) e a gasolina apresentou queda de 9,18% (ante -8,23% no mês anterior). Já a inflação ao consumidor foi impactada pelo setor de serviços, com aumento nas passagens aéreas, aluguel residencial e plano & seguro de saúde.

O IPA (que possuí 60% de peso no índice cheio) desacelerou de -0,71% em agosto para -1,27% em setembro. Houve desaceleração tanto nos produtos agrícolas (de 0,49% para – 0,99%), quanto nos industriais (de -1,18% para -1,39%). As maiores influências negativas foram: minério de ferro (-4,81%), óleo diesel (-4,82%), leite in natura (-6,72%) e gasolina (-9,18%). Por outro lado, houve pressão sobre a inflação ao produtor principalmente da mandioca (4,43%), celulose (6,46%) e algodão (3,95%).

A inflação ao consumidor apresentou mais uma taxa negativa (a 3ª consecutiva), agora de -0,08% m/m, ante -1,18% no mês anterior. Seis das oito categorias apresentaram acréscimo em suas taxas. A principal contribuição adveio do grupo Educação & Recreação (de -3,07% para 4,47%), com destaque para o aumento expressivo no preço das passagens aéreas (de -17,32% para 27,61%).  Além disso, houve aumento no grupo Transportes (-4,84% para -2,93%), Habitação (-0,31% para 0,21%), Vestuário (0,20% para 0,57%), Comunicação (-0,83% para -0,54%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,67% para 0,72%).

Por outro lado, os dois únicos grupos que apresentam decréscimo em suas taxas foram Alimentação (de 0,44% para -0,34%) e Despesas Diversas (de 0,36% para 0,08%), destacando nessas categorias a redução dos laticínios (6,45% para -3,82%) e dos cigarros (2,55% para 0,90%).

Assim como no mês anterior, o INCC foi o único índice no mês que não apresentou deflação, aumentando em 0,10% em setembro. O INCC vem apresentando naturalmente maior resistência a queda, diante da sua maior estabilidade e relação com o mercado de trabalho, sendo o índice com a maior variação em 12 meses (10,89%). Houve aumento de 0,26% no grupo mão de obra (ante 0,54% em agosto) e queda de -0,14% em materiais e serviços (ante 0,03%).

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