Índice de Atividade Genial
Resumo: O IAG avançou tanto em sua variação diária quanto em sua média móvel de 7 dias. Com este resultado, o IAG se encontra, cerca de, 1,7 p.p. acima do nível pré-Covid (100) e permaneceu estável em relação à nossa leitura da semana passada. Além disso, houve avanço de 2,5 p.p. em relação ao número observado há um mês. Os indicadores que compõem o IAG apresentaram resultados mistos. Por um lado, o número de voos domésticos e a mobilidade urbana através de transporte público contribuíram positivamente, em especial, a última encontra-se 7 p.p. abaixo do nível pré-pandemia. Em contrapartida, os demais indicadores recuaram com o destaque para o consumo de energia que com o forte recuo observado no mês encontra-se no patamar mais baixo desde meados de mar/21.
Pandemia e Vacinação
Na última semana, o total de doses aplicadas alcançou o patamar de 270,6 milhões, ante 266 milhões na semana anterior, de modo que o percentual da população vacinada com pelo menos dose alcançou o patamar de 73,5% da população total brasileira, um aumento de 0,4 p.p. em relação à semana anterior. No que lhe concerne, a média móvel (MM7D) de doses aplicadas recuou em relação à leitura anterior passando de 1,08 milhão para 0,65 milhão. Ademais, o percentual da população com vacinação completa alcançou o nível de 54,8%, um aumento de 1,7 p.p. em relação à leitura anterior.
Por outro lado, a média móvel de mortes ficou em 230 mortes, ante 314 observados em nosso relatório semanal anterior. Com este resultado, a média móvel de óbitos apresenta forte arrefecimento decorrente do efeito de calendário por conta do feriado de 02/11. Além disso, houve forte melhora na média móvel de novos casos que saiu de 11494 para 9919. Ambos os indicadores seguem em uma consistente trajetória de queda muito beneficiados pelo avanço do processo vacinal com duas doses. Em particular, para o Estado de São Paulo, tanto o número de novas internações quanto o número de internados em leitos de UTI seguem arrefecendo. A média móvel de novas internações saiu de 394 para 352 e o número de internados em leito de UTI saiu de 1591 para 1436.
Em nossa visão, os indicadores seguem apontando para o arrefecimento da pandemia de maneira consistente com o avanço do processo vacinal. Entretanto, a significativa melhora observada na última semana se deve ao efeito calendário do feriado de finados (02/11), portanto, acreditamos que nesta semana, devido a possível divulgação de dados represados, os indicadores podem apontar para uma leve piora do quadro pandêmico. Nossa avaliação é que na atual trajetória de queda no número de óbitos encerraremos o ano com o registro de 180 mortes diárias por Covid-19 e, além disso, projetamos um total de 79% da população vacinada com pelo menos 1 dose e 73% da população com vacinação completa. Entretanto, devido a atual baixa cobertura vacinal com ambas as doses, acreditamos que o risco de uma piora no quadro da pandemia ainda não deve ser descartado.
Agenda Semanal
Indústria
Indústria: Na última semana foram divulgados os dados referentes à Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE. Nesse sentido, os dados apontaram para um recuo de 0,4% m/m em setembro frente agosto (série com ajuste sazonal), em linha com a mediana das expectativas do mercado (Broadcast). Esse foi o quarto resultado negativo consecutivo (com perda acumulada de 2,6% nesse período). Houve queda de 0,2% m/m na indústria de transformação e contração de 0,3% m/m na indústria extrativa. Na comparação com o mesmo mês do ano passado houve recuo de 3,9% a/a. Com este resultado, o setor industrial se encontra 3,2% abaixo do período pré-pandemia. No ano, a indústria apresenta crescimento de 7,5% e, em doze meses, de 6,4%. O recuo no mês alcançou três das cinco grandes categorias econômicas e 10 das 26 atividades investigadas. Apesar da contração no mês de setembro, diferentemente dos demais meses, dessa vez as quedas ficaram mais concentradas em setores específicos da indústria. Os maiores impactos negativos vieram dos setores de produtos alimentícios (-1,3%) e da metalurgia (-2,5%). O primeiro foi impactado por questões climáticas adversas que prejudicaram a produção de cana-de-açúcar. Além disso, esse segmento também sofreu impactos com a suspensão das exportações de carnes para a China, diante do mal da vaca louca. Esse importante segmento industrial encontra-se 7,4% abaixo do nível pré-pandemia. A indústria apresenta 7 quedas nos últimos 9 meses. Nos primeiros meses do ano, a indústria sentiu os efeitos do recrudescimento da pandemia, em que houve fechamento e restrições sanitárias. Mais recentemente, com o avanço da vacinação e a flexibilização das restrições, a indústria apresenta dificuldades para obtenção de matéria-prima. Com isso, cronogramas de produção foram muito prejudicados, com consumidores adiando compras. Muitas vendas foram canceladas diante da insatisfação de clientes pagarem preços mais elevados. A indústria apresenta uma ampla gama de itens com escassez de estoques, elevando o custo dos produtos, repassados para os consumidores. Em suma, o setor industrial passa por escassez de matéria-prima, com elevação de despesas operacionais, prejudicando vendas e expectativas para o setor. Para o mês de outubro, o PMI industrial foi de 51,7, acima do nível neutro (50) que indica expansão do setor, mas apresentando forte desaceleração em relação ao mês anterior (54,4). Esse é o valor mais baixo para o PMI industrial desde junho de 2020.
Serviços
Serviços: Na última semana tivemos a divulgação do PMI de serviços do mês de outubro que apontou para um desvio de 4,9 pontos em relação ao nível neutro (50) indicando uma forte expansão do setor no mês. Com este resultado, o PMI aponta para a expansão do setor de serviços pelo quinto mês consecutivo, se beneficiando do avanço da cobertura vacinal e a redução das medidas de restrição que tendem a beneficiar mais o setor. Vale destacar que os participantes da pesquisa indicaram um aumento do volume de vendas apesar de aumentos substanciais nos preços cobrados pela prestação de serviços. Este fato ressalta a resiliência da demanda por serviços mesmo em um ambiente de elevada pressão inflacionária. Na próxima semana teremos a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços referente ao mês de setembro. Nesse sentido, devido ao processo de forte arrefecimento da pandemia observado desde jun/21 e um acentuado avanço da mobilidade urbana no mês de setembro acreditamos que o setor avançará 0,8% m/m e 14% a/a com destaque para o setor de serviços prestados as famílias e atividades ligadas ao turismo, lazer e hotelaria.
Varejo
Varejo: Em setembro, o número de Consultas à Inadimplência avançou 2,7% m/m, entretanto, apresentou recuo de 3,1% na comparação interanual. Na próxima semana, será divulgado a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE. Nesse sentido, nossas projeções consideram fatores atuando em direções opostas sob o setor de varejo. Por um lado, acreditamos que o impacto dos desarranjos nas cadeias globais de produção que afetaram a oferta, principalmente, de bens duráveis; elevada pressão inflacionária que reduz o poder de compra das famílias; elevado nível de desemprego; ambiente de elevação de taxa de juros; e a transição do consumo de bens para serviços impõem um viés pessimista para o setor. Em contrapartida, o avanço da vacinação e a redução das medidas de restrição beneficiam alguns setores de varejo mais dependentes da mobilidade (vestuário, principalmente). Deste modo, somando estes fatores aos nossos indicadores de alta frequência (IAG e seus componentes) projetamos recuo de 0,4% m/m do Varejo Restrito e alta de 0,4% m/m do conceito ampliado (efeito base). No interanual, as projeções são de -3,6% a/a e -1,7% a/a, respectivamente.
Demais Indicadores
Demais Indicadores: Não houve divulgações na última semana.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho:Não houve divulgações na última semana.