Índice de Atividade da Genial (IAG)
Resumo: O IAG apresentou avanços tanto em sua variação diária quanto na média móvel de 7 dias. Com este resultado, o índice se encontra no patamar mais elevado desde o início da pandemia ficando, aproximadamente, 1,4 p.p. abaixo da média entre jan/20 e mar/20. Os indicadores que compõem o índice apresentaram resultados mistos. Por um lado, o consumo de energia, a mobilidade urbana e o número de voos domésticos contribuíram positivamente para a composição do índice. Com destaque para a mobilidade urbana por meio de transportes públicos e o número de voos que, devido aos resultados dos últimos dias, alcançaram o nível mais elevado desde o começo da crise sanitária. Em contrapartida, apenas a emissão de notas fiscais contribuiu negativamente para o cálculo do IAG, o indicador segue em sua tendência de queda situando-se, aproximadamente, 13,4 p.p. abaixo do nível pré-covid.
Pandemia e Vacinação
Na última semana, o total de doses aplicadas alcançou o patamar de 227,2 milhões, ante 217,6 milhões na semana anterior, de modo que o percentual da população vacinada com pelo menos dose alcançou o patamar de 68,39% da população total brasileira, um aumento de 1,4 p.p. em relação à semana anterior. Por sua vez, a média móvel (MM7D) de doses aplicadas recuou em relação a leitura anterior passando de 1,520 milhão para 1,371 milhão. Além disso, o percentual da população com vacinação completa alcançou o patamar de 41,1%, um aumento de 3,1 p.p. em relação à leitura anterior. A aceleração da aplicação da 2ª dose em detrimento à primeira já era esperada, uma vez que o processo vacinal foi fortemente acelerado a partir do final do mês de maio, de modo que, o mês de setembro dá o início da vacinação de segunda dose desta parcela da população.
No que diz respeito aos estoques, o total de doses distribuídas aos estados alcançou o patamar de 284,5 milhões de doses, ante 267,5 milhões na semana anterior. Por outro lado, o número de doses aplicadas foi de 227,2 milhões, de modo que, o estoque, definido pela diferença entre o total distribuído e o total aplicado, está em 57,3 milhões, ante 50,2 milhões observados em nossa leitura anterior. Embora se tenha observado uma queda no estoque de doses, vale ressaltar que este se encontra em nível elevado acima de 50 milhões permitindo assim a continuidade do processo de imunização nas próximas semanas. As projeções do Ministério da Saúde apontam para a entrega de, aproximadamente, 226 milhões de doses até o final do ano. Portanto, dada a ampla disponibilidade de vacinas (estoque e entregas futuras), acreditamos que no atual ritmo de vacinação o processo vacinal com ambas as doses deverá ser completado até o final de novembro.
Na última semana, a média móvel de mortes ficou em 524 mortes, ante 555 observados em nosso último relatório. Com este resultado, a média móvel óbitos segue na tendência de queda observada desde o início de jun/21. Além disso, melhoras também foram observadas no número de casos registrados por dia, uma vez que a média móvel de casos recuou de 34273 na semana anterior para 17524. Entretanto, após um período de acentuado recuo nos indicadores da pandemia, os Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul que possuem apresentaram desaceleração na tendência de queda observada desde meados de junho. Vale ressaltar que ambos Estados possuem elevada cobertura vacinal de primeira dose (81,7% e 60,1%, respectivamente), entretanto, a cobertura vacinal completa ainda se encontra abaixo do patamar de 60% (54,3% e 46,9%, respectivamente). Portanto, embora o processo de vacinação tenha promovido uma significativa melhora dos indicadores da pandemia, acreditamos que a baixa cobertura vacinal com duas doses (41,1% da população brasileira) o risco de uma piora do quadro da pandemia devido a disseminação da variante Delta ainda não pode ser descartado.
Agenda da Semana
Frequência Mensal – Indústria
Indústria: Não houve divulgações na última semana.
Frequência Mensal – Serviços
Serviços: Não houve divulgações na última semana.
Frequência Mensal – Varejo
Varejo: Na passagem de julho para agosto, o índice Serasa Experian registrou um recuo de 0,7% m/m, entretanto, se comparado ao mesmo mês do ano anterior, o indicador registra uma alta de 4,3% a/a. Para o mês de agosto, os indicadores antecedentes apontam para um recuo do setor de varejo em relação ao forte avanço no mês de julho (patamar recorde para o varejo restrito), de modo que, elevou-se a base de comparação para o mês seguinte. Acreditamos que este fato, combinado com uma elevada inflação e uma substituição do consumo de bens por serviços decorrentes do aumento da mobilidade farão com que o setor varejista apresente uma desaceleração em relação ao resultado do mês de julho.
Demais Indicadores
Demais Indicadores: Na passagem de agosto para setembro, o índice de confiança do consumidor da FGV recuou 7,9% e 9,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A queda no indicador reflete o aumento da incerteza em relação à crise hídrica, aumento da inflação, elevado desemprego e instabilidade institucional e política. Com o resultado observado em setembro acumula duas quedas consecutivas, alcançando o menor nível desde abril de 2021.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho: Nesta semana teremos a divulgação da PNAD contínua do trimestre que se encerra em julho. Nesse sentido, acreditamos que o avanço da vacinação combinado com o aumento da mobilidade urbana observado nos indicadores de alta frequência farão com que a taxa de desemprego continue em tendência de queda devido a normalização das atividades econômicas, principalmente, no setor de serviços. Além disso, a retomada da coleta de dados de maneira presencial reduzirá o risco de viés de amostragem, de modo que, acreditamos que isso fará com que os dados referentes à PNAD se aproximem mais dos observados no Caged. Portanto, diante destes fatos, projetamos uma taxa de desemprego de 13,8%. Adicionalmente, teremos a divulgação do Caged referente ao mês de agosto, nossas projeções apontam para a criação de 270 mil vagas de emprego.
