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Publicado em 13 de Março às 10:44:55

Monitor de Atividade: Caged sinalizou desaceleração econômica mais lenta

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Agenda da Semana

Frequência Mensal – Indústria

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), se manteve constante em março deste ano, após registrar alta em fevereiro. O indicador ficou para 49,7 pontos na série com ajuste sazonal, após subir 2,7 p.p. no mês anterior. O resultado, abaixo do nível neutro, demonstra que há uma perda de confiança no setor que, segundo a CNI, se deve, principalmente ao pior patamar mantido na avaliação das condições atuais da economia. O Índice de Condições Atuais caiu ficou estável em 45,4 pontos, bem como o Índice de Expectativas se manteve em 51,5. Em geral, os empresários se mostram mais otimista quanto aos seus próprios negócios e bem pessimista no que diz respeito à economia brasileira (39,8 pontos na situação atual e 44,8 pontos na expectativa).

Após a forte queda de janeiro, a produção nacional de veículos cresceu 4,4% m/m em fevereiro, segundo os dados da Anfavea. A alta não foi capaz de reverter por completo o recuo observado na abertura do ano, e assim o volume produzido está na casa dos 180 mil veículos, distante dos mais de 200 mil registrados em grande parte dos meses do ano passado. A análise por médias móveis trimestrais aponta tendência de baixa pelo quinto mês em sequência, com retração de 2,9% desta vez. Já a análise interanual, sem ajuste sazonal, aponta queda de 2,9%. Este é o pior resultado para um mês de fevereiro desde 2016, mas a produção nos dois primeiros meses de 2023 ainda está 0,8% acima do mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos dozes meses contra o período anterior, tem-se alta de 6,0%.

Setor de Serviços

Não houve divulgações.

Setor de Varejo

Não houve divulgações.

Demais Indicadores

A pesquisa da Fecomércio para a confiança do consumidor apresentou avanço em fevereiro. Na série com ajuste sazonal, houve avanço de 0,5% m/m, no terceiro mês de avanço em desaceleração. Já na comparação interanual, este foi a sexta leitura seguida de aceleração, chegando a 24,3% a/a. A alta foi concentrada no índice de situação atual, com avanço de 1,3% m/m, enquanto o de expectativa apresentou recuo de 0,9% m/m. Assim, a pesquisa aponta para uma certa perda de apetite pelo consumo, o que é explicado pelo cenário econômico adverso, especialmente no que diz respeito ao nível de preços e ao crédito.

Mercado de Trabalho

Nesta semana será divulgada a PNAD de janeiro, para a qual esperamos taxa de desemprego de 8,2%. Embora os dados da PNAD Contínua sigam sinalizando a robustez do mercado de trabalho nas últimas leituras, os primeiros sinais de perda de fôlego já puderam ser observados. Essa nova dinâmica se coloca em dados como a queda marginal de -0,32% m/m da população ocupada em dezembro, em linha com os resultados mais fracos dos indicadores de atividade setorial observados nos últimos meses de 2022. A última divulgação do setor, o Caged de janeiro, já confirmou essa tendência. Apesar do resultado melhor que o esperado para o mês, o saldo da criação de postos de trabalho formal foi aproximadamente a metade do observado no mesmo mês do ano anterior, sinalizando a continuidade da trajetória de arrefecimento dos últimos meses. No acumulado em 12 meses, o saldo total de vagas contraiu 3,6% m/m, a oitava contração consecutiva desta métrica, refletindo a desaceleração de cinco dos oito subgrupos pesquisados. Daqui adiante, esperamos que os efeitos do ciclo de aperto monetário serão cada vez mais intensos para a atividade econômica, inclusive para o mercado de trabalho, fechando 2023 com uma taxa final de desemprego em 8,8% e de 9,3% na média anual.

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