Pandemia
No Brasil, foi registrada média de 128 óbitos diários nos últimos sete dias, com tendência de estabilidade (-3%). A média de casos conhecidos está em 15 mil casos por dia, a mais baixa desde 21 de novembro, quando marcou 14,9 mil. Passado o momento de maior emergência da pandemia de covid-19, mudanças no comportamento do vírus sincicial respiratório (VSR) têm preocupado especialistas pelos altos registros de casos fora da sazonalidade. Com comportamento similar ao do vírus da gripe, o Boletim InfoGripe da Fiocruz tem detectado o aumento de casos em novembro, dezembro e janeiro, meses de mais calor e que, sazonalmente, tendem a ter menos contágio. O vírus costuma afetar a faixa etária entre 0 e 4 anos, levando a internações por falta de ar, especialmente bebês prematuros ou crianças com comorbidades, como cardiopatia e doenças crônicas.
Segundo especialistas, a possibilidade de uma nova onda de Covid-19 na China nos próximos dois ou três meses é improvável, pois 80% das pessoas foram infectadas. O número de pacientes com Covid que precisam de cuidados intensivos nos hospitais da China atingiu o pico, disseram autoridades de saúde na última quinta-feira. O número de pacientes com condições críticas nos hospitais era mais de 40% menor em 17 de janeiro do que o pico observado em 5 de janeiro, segundo dados oficiais. Os novos dados foram divulgados depois que o presidente Xi Jinping expressou preocupação com o fato de as áreas rurais estarem mal equipadas para lidar com um aumento de infecções, já que o feriado do Ano Novo Lunar, que começa oficialmente em 21 de janeiro, leva multidões de moradores de volta para suas cidades natais. O chefe de Estado exigiu mais esforços dos governos locais para aumentar a capacidade de resposta médica e melhorar o atendimento a casos graves, além de mandar que medidas de saúde “mais rígidas” fossem reintroduzidas em “asilos e instalações de bem-estar”, dada a vulnerabilidade dos idosos da China.
A diretora de imunização da Organização Mundial da Saúde elogiou a China na última sexta-feira por fazer progressos rápidos na vacinação de idosos com doses primárias e de reforço da Covid-19 desde o abandono das medidas antivírus no mês passado. No entanto, ela acrescentou que alguns idosos acharam “difícil” entender as mudanças em sua política de vacinação, pois já haviam sido aconselhados a não buscar proteção. Alguns especialistas em saúde preveem que mais de um milhão de pessoas morram da doença na China este ano, com a empresa de dados de saúde britânica Airfinity dizendo que as mortes por Covid podem atingir 36.000 por dia na próxima semana.
Agenda da Semana
Frequência Mensal – Indústria
Setor de Serviços
Setor de Varejo
Na última semana, tivemos a divulgação do índice Serasa Experian referente ao mês de dezembro. Nesse sentido, o indicador apresentou expansão de 1,0% m/m na margem, refletindo as altas nas vendas de Material de Construção (2,4% m/m); Móveis e Eletrodomésticos (2,1% m/m); e Veículos, Motos e Peças (1,3% m/m). Na comparação interanual, a expansão foi de 5,6% a/a. Embora o indicador aponte para uma melhora do segmento no mês, acreditamos que o encarecimento do custo do crédito, a elevação da inadimplência e a política monetária restritiva continuarão pesando sobre o setor. Em contrapartida, a expansão fiscal e a melhora do mercado de trabalho nos últimos meses devem beneficiar o consumo de bens essenciais, sobretudo o segmento de Hiper e Supermercados que corresponde por mais de 50% do indicador varejista. Nesse cenário, mantemos nosso viés negativo, próximo à estabilidade, para o setor nos próximos meses.
Demais Indicadores
Mercado de Trabalho
Na última semana, tivemos a divulgação da PNAD Contínua do IBGE referente ao trimestre encerrado em novembro. Nesse sentido, a taxa de desemprego ficou em 8,1% da força de trabalho, vindo pior do que o consenso de mercado que projetava 8,0% (Broadcast+). Com este resultado, a taxa de desocupação recuou 0,9 p.p. em relação ao trimestre anterior (jun/22 a ago/22) e 3,5 p.p. ante o mesmo período de 2021. Esta foi a menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel encerrado em abr/15. No que se refere à força de trabalho, esta se contraiu 0,3% em relação ao trimestre móvel encerrado em agosto (menos 272 mil pessoas), que pode estar sendo impactada pela expansão das políticas de transferência de renda ao longo de 2022. Já a população ocupada avançou 0,7% (680 mil pessoas) na mesma base de comparação e 5,0% no ano, haja vista que mais 4,8 milhões de pessoas agora compõem a população ocupada. Desse modo, a taxa de ocupação avançou 0,3 p.p. no trimestre e 2,0 p.p., no ano, chegando a 57,4% – o nível mais alto desde o trimestre móvel findo em junho de 2015. Além disso, houve uma redução de 952 mil pessoas na população desocupada, representando uma queda de 9,8% em relação ao trimestre móvel findo em agosto. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a queda foi de 29,5%, o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em jun/15. no que se refere ao rendimento médio e à massa salarial, houve um crescimento de 3,0% e 3,8%, respectivamente, na comparação trimestre a trimestre. Já na comparação ano a ano, houve um crescimento de 7,1% do rendimento real habitual (o qual somou R$ 2,787 mil) e de 13,0% da massa salarial (R$ 273 bilhões). Os principais destaques para o aumento do rendimento médio real frente ao trimestre anterior foram: Construção Civil (+7,5%); Transporte, Armazenagem (+5,9%); e Alojamento e Alimentação (+5,7%). Portanto, por mais um mês consecutivo o mercado de trabalho mostrou sua força. Tanto o rendimento real habitual como a massa salarial mostraram ganhos significativos. Semelhantemente, a população ocupada atingiu novamente o recorde da série histórica e a taxa de informalidade caiu (-0,8 p.p.). Além disso, a taxa de ocupação avançou (+0,3 p.p.) por mais um mês e a taxa composta de subutilização ficou em 18,9% (-0,6 p.p.), o menor patamar desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2016, ao passo que a população subutilizada caiu 8,4% no trimestre e 24,6% na comparação anual. Embora os dados da PNAD Contínua sigam sinalizando a robustez do mercado de trabalho, os primeiros sinais de perda de fôlego já podem ser observados, com uma queda mais modesta da taxa de desocupação, em linha com os resultados mais fracos dos indicadores de atividade setorial observados nos últimos meses de 2022.