Pandemia
No Brasil, foi registrada média de 59 óbitos diários nos últimos sete dias, representando aumento de 6,2% em relação ao registrado há duas semanas. A média de casos conhecidos está em 8,2 mil casos por dia, com tendência de queda (-17,7% em relação há quatorze dias). O Brasil registrou aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por Covid-19, segundo boletim da Fiocruz. Agora, a nova edição do acompanhamento das SRAGs no Brasil aponta que a tendência de alta observada no Amazonas continua no estado e se espalhou pelo país, especialmente entre os mais velhos.
Segundo a Secretaria de Turismo chinesa, é esperado que as atividades turísticas domésticas do país sejam totalmente recuperadas neste verão, com o volume esperado de viagens atingindo ou, até mesmo, ultrapassando o pré-pandemia. A estimativa segue o forte número de viagens registrado durante o período do ano novo chinês, o qual viu o maior patamar de movimento desde 2020. De acordo com o órgão responsável, ao longo de 2023, o turismo doméstico deve recuperar 76% do nível de 2019, com estimativa total de 4,45 bilhões de viagens. Além disso, a receita do turismo doméstico deve recuperar 71% do nível pré-pandemia, crescendo cerca de 89% ao ano. Por outro lado, o turismo internacional deve retomar 31,5% do nível de 2019, com cerca de 90 milhões de voos de entrada e saída.
Como mais uma medida de relaxamento das políticas de “covid-zero”, a partir do mês de março, testes diagnósticos com 48h de antecedência não são mais necessários para embarques em voos chineses. Passageiros só precisarão apresentar a declaração de saúde ainda exigida pelo governo. Além disso, outros países estão relaxando as exigências para receber viajantes da China, como é o caso da Coreia do Sul que não exigirá mais testes.
Dados de Frequência Diária
Agenda da Semana
Frequência Mensal – Indústria
Indústria: O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1,2% m/m em fevereiro, até 92 pontos, retornando ao mais baixo patamar desde julho de 2020. Nos últimos nove meses foram seis resultados negativos, com a tendência de queda sendo confirmada pela análise da média móvel trimestral que se manteve estável após cinco meses seguidos de recuo. Em fevereiro, o resultado foi heterogêneo com queda da confiança em 8 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete uma acomodação das avaliações sobre a situação atual e piora das expectativas. O Índice Situação Atual cedeu 0,3 ponto, para 92,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas caiu 1,8 ponto para 91,4 pontos, menor nível desde julho de 2020. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria ficou relativamente estável cederão variar -0,1 ponto percentual, para 78,7% pior resultado desde maio de 2021 (77,8%).
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial do Brasil cresceu de 47,5 em janeiro para 49,2 em fevereiro. o setor industrial brasileiro mostrou queda na produção e nas vendas em fevereiro e essa deterioração sustentada da demanda levou as empresas a reduzir o número de funcionários, diminuir os níveis de compras e esgotar os estoques de insumos. No entanto, a expectativa dos negócios permaneceu positiva e forte pelos padrões históricos. Várias empresas atribuíram a queda nas vendas às fracas condições de demanda e à incerteza dos clientes em relação à economia. Por fim, os dados de fevereiro também apontaram para uma forte deterioração na demanda externa por produtos brasileiros.
Setor de Serviços
Serviços: A renda média dos trabalhadores avançou 1,9% no quarto trimestre de 2022, ante os três meses anteriores, segundo a Pnad de dezembro. Apesar disso, fechou o ano de 2022 com recuo de 1% frente à média observada em 2021. Já a massa de rendimentos real habitualmente recebida por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) foi de R$ 274,3 bilhões no 4º trimestre móvel de 2022. O número aponta aumento de 2,1% frente ao 3º trimestre ou R$ 5,6 bilhões a mais. Frente a igual período de 2021, há aumento de 12,8% (mais R$ 31,2 bilhões).
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE subiu 0,6 ponto em fevereiro, para 89,2 pontos, interrompendo a sequência de quatro quedas seguidas. Em médias móveis trimestrais, o indicador continuou recuando, agora em 0,8 ponto. Assim, a alta discreta da confiança empresarial em fevereiro é insuficiente para sinalizar uma reversão da tendência de queda observada nos quatro meses anteriores. A alta da confiança empresarial em fevereiro foi inteiramente determinada pela melhora das expectativas, já que as avaliações em relação à situação corrente dos negócios continuaram piorando. O Índice de Expectativas subiu 1,9 ponto, para 87,9 pontos enquanto o Índice da Situação Atual Empresarial recuou 1,0 ponto, para 89,9 pontos, menor nível desde fevereiro do ano passado (88,1 pts.). Em fevereiro, a alta mais forte da confiança ocorreu no Comércio, segmento que havia registrado fortes quedas nos três meses anteriores e uma estabilidade. Houve alta da confiança também na Construção, enquanto Indústria e Serviços caminharam em sentido oposto.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE cedeu 0,4 ponto em fevereiro, para 89,1 pontos, menor nível desde maio de 2021 (88,1 pontos). Nas métricas trimestrais, o índice manteve trajetória de queda pelo quinto mês consecutivo ao recuar 1,5 ponto. Em fevereiro, o resultado do ICS foi resultado de sinais opostos da avaliação das empresas sobre o momento atual e das perspectivas para os próximos mês. O Índice de Situação Atual caiu 2,6 pontos, para 91,0 pontos, menor nível desde março de 2022 (90,9 pontos). No âmbito das expectativas, o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,9 ponto, para 87,4 pontos, após quatro meses seguidos em queda. Há uma diminuição do pessimismo em relação as perspectivas sobre demanda e tendência dos negócios nos próximos meses. Os últimos resultados da confiança de serviços mostram um cenário negativo, com quedas consecutivas e disseminado entre os segmentos. Diante disso, o horizonte ainda não é muito animador, dado que desafios macroeconômicos devem permanecer e impactar negativamente o setor ao longo de 2023.
Setor de Varejo
Varejo: O Indicador Serasa de Atividade do Comércio de janeiro manteve a desaceleração pelo terceiro mês consecutivo, mas dessa vez entrando em terreno negativo ao contrair 0,5% m/m. Na métrica anual, por outro lado, este é o sexto mês consecutivo de altas, além de ser o quarto em aceleração, com expansão de 6,1% a/a. No mês, a principal queda se deu em Veículos, Motos e Peças com -2,1% m/m., seguida por Combustíveis e Lubrificantes com -1,5% m/m. Por outro lado, a maior alta se deu com Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios com 1,0% m/m.
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE subiu 3,0 pontos em fevereiro para 85,8 pontos, sendo a primeira alta em cinco meses. Na métrica de médias móveis trimestrais, houve queda de 0,5 ponto, quarta queda seguida. A alta do ICOM em fevereiro foi disseminada em 5 dos 6 principais segmentos do setor embora com perspectivas distintas no horizonte temporal, voltando a subir em fevereiro depois de 4 meses com fortes quedas ou estabilidade. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 6,7 pontos para 86,6 pontos, primeira alta depois de quatro meses de quedas consecutivas, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) cedeu 0,8 ponto, para 85,7 pontos. Apesar de uma percepção melhor sobre a demanda em fevereiro e consequentemente sobre a situação atual, isso não é suficiente para recuperar as perdas dos meses anteriores, permanecendo a perspectiva mais negativa para o setor nos próximos meses.
Demais Indicadores
Demais Indicadores: Não houve divulgações.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho: No trimestre encerrado em dezembro, a taxa de desemprego ficou em 7,9% da força de trabalho, como projetado por nossa equipe econômica. Esta foi a menor taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em mar/15 e, com ela, a taxa média anual de desocupação foi estimada em 9,3%, recuando 3,9 p.p. frente a de 2021. Embora os dados da PNAD sigam sinalizando a robustez do mercado de trabalho, os primeiros sinais de perda de fôlego já podem ser observados. Essa nova dinâmica se coloca em dados como a queda marginal de -0,32% m/m da população ocupada, em linha com os resultados mais fracos dos indicadores de atividade setorial observados nos últimos meses de 2022. Além disso, vale destacar a queda da taxa de participação, que se encontra em 62,1%, pode estar sendo impactada pela expansão das políticas de transferência de renda ao longo de 2022.
Na quinta-feira, será divulgado o Caged de janeiro, para o qual esperamos a criação de 56,6 mil novos postos de trabalho formal. Esperamos que os efeitos do ciclo de aperto monetário serão cada vez mais intensos para a atividade econômica, inclusive para o mercado de trabalho. O setor de serviços, que foi destaque na forte recuperação vista ao longo de 2022, já não conta com o mesmo ritmo, devido a já avançada acomodação do perfil de consumo da população (substituindo bens por serviços com o fim da pandemia). Assim, esperamos um desempenho mais fraco.