Pandemia e Vacinação
Na última semana, o total de doses aplicadas alcançou o patamar de 421,5 milhões, ante 418,9 milhões em nossa leitura anterior, de modo que o percentual da população vacinada com pelo menos dose alcançou o patamar de 83,7% da população total brasileira, um aumento de 0,2 p.p. em relação à leitura anterior. Ademais, o percentual da população com esquema vacinal completo alcançou o patamar de 77,1% da população, aumento de 0,3 p.p. em relação à semana anterior. No que diz respeito ao percentual da população que recebeu a dose de reforço, houve avanço de 0,7 p.p., alcançando o patamar de 40,7% da população brasileira.
No que diz respeito ao avanço da Covid no Brasil, na última semana, observamos a manutenção da trajetória de arrefecimento da pandemia. Nesse sentido, a média móvel de casos recuou ao sair de 14,8 mil para 13,7 mil, melhora de 7,5% em 7 dias. Na mesma direção, a média móvel de óbitos teve queda ao passar de 101 para 96, melhora de 5,0% no mesmo período, o menor nível de 5 de janeiro, período marcado pelo início da onda causada pela variante Ômicron. Nossa avaliação é que a significativa queda dos indicadores pandêmicos reflete o efeito sazonal dos feriados da Semana Santa e de Tiradentes. Portanto, acreditamos que na próxima semana, com o fim do efeito calendário dos feriados nacionais, haja uma piora tanto da média móvel de novos casos quanto de óbitos com a divulgação de dados represados por conta do calendário festivo.
Diante da melhora da trajetória da pandemia no Brasil e da ampla cobertura vacinal com duas doses, na última semana, foi assinada a portaria que estabelece o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), instaurada em fevereiro de 2020 devido ao início da pandemia de Covid-19. Vale destacar que as decisões oficializadas na portaria só irão vigorar 30 dias a partir de sua publicação no Diário Oficial da União devido ao período de vacância. Com o fim da Espin, mais de 2000 atos administrativos passarão por revisão como exigências por testes para viajar, vacinação e trabalho remoto, por exemplo. Entretanto, segundo o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, não haverá interrupção de políticas em curso, de modo que, o fim da emergência sanitária será feito de maneira gradual. Nesse sentido, acreditamos que a flexibilização de medidas restritivas com o fim da Espin será fundamental para a continuidade do processo de recuperação das atividades de caráter presencial. Acreditamos que o retorno dos indicadores para o patamar observado antes da onda causada pela Ômicron combinada com as políticas de estímulo econômico serão fundamentais para o crescimento da economia brasileira em 2022. Nesse contexto, projetamos um crescimento de 1,1% do PIB brasileiro para este ano.
Agenda da Semana
Frequência Mensal – Indústria
Indústria: Não houve divulgações na última semana.
Setor de Serviços
Serviços: Não houve divulgações na última semana.
Setor de Varejo
Varejo: Não houve divulgações na última semana.
Demais Indicadores
Demais Indicadores: Na próxima semana, teremos a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) referente ao mês de fevereiro. Nesse sentido, diante da expansão do varejo e da indústria em fevereiro e da leve contração, próxima à estabilidade do setor de serviços, nossa projeção aponta para expansão do IBC-Br de 0,3% m/m. Dessa forma, o indicador se recupera parcialmente da contração observada em janeiro, decorrente da disseminação da variante Ômicron. Com o resultado esperado, o índice, que serve como proxy para o PIB, acumulará contração de 0,7% no primeiro bimestre de 2022.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho: Na próxima semana, teremos a divulgação do Caged e da PNAD contínua referentes ao mês de março. Por um lado, sazonalidade adversa do início do ano e da desaceleração dos setores diante do elevado nível inflacionário, o ciclo de alta de juros em patamar significativamente contracionista e dos desarranjos nas cadeias globais de produção irão afetar negativamente o mercado de trabalho no mês. Em contrapartida, a manutenção da trajetória de arrefecimento da pandemia, que beneficiará os setores de caráter presencial, sobretudo o setor de serviços será um fator que contribuirá positivamente para o desempenho do mercado de trabalho no mês. Dessa forma, projetamos um leve aumento de 0,1 p.p. na taxa de desemprego que alcançará o patamar de 11,3% da população economicamente ativa, na série sem ajuste sazonal e a criação de 164 mil vagas de emprego formal no mês. Vale destacar que, embora nossa projeção aponte para elevação da taxa de desocupação, a série com ajuste sazonal deverá recuar 0,4 p.p., atingindo o nível de 11% da PEA.