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Publicado em 17 de Julho às 20:20:50

Monitor de Atividade: IBC-Br deve recuar 0,4% sinalizando perda de dinamismo da economia

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Frequência Mensal-Indústria

Indústria: De acordo com a CNI, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou 0,7 pontos em junho, de 50,4 para 51,1. Nesse sentido, o índice de condições atuais avançou 1,3 ponto, atingindo o nível de 45,5 pontos, ao passo em que o índice de expectativas teve alta de 0,4 ponto, para 53,9, ambas acima do nível neutro (50), indicando uma maior confiança do setor. Na nossa avaliação, a melhora na confiança do empresário industrial reflete uma avaliação menos negativa tanto das condições atuais quanto sobre as expectativas futuras, em linha com um cenário de redução da taxa de juros nos próximos meses e da resiliência da atividade atual, mesmo diante de um contexto marcado por uma política monetária significativamente contracionista.

Setor de Serviços

Serviços:  O setor de serviços apresentou variação de 0,9% m/m, vindo melhor que a mediana das projeções de mercado 0,4% m/m, de modo que, o setor acumulou alta de 6,4% em 12 meses. O desempenho no mês refletiu pelas altas disseminadas entre quatro das cinco atividades pesquisas, com destaque positivo para o segmento de transportes (2,2% m/m), beneficiado tanto pelo transporte de passageiros quanto de cargas no período. Vale destacar que o transporte de cargas vem se beneficiando nos últimos meses do bom desempenho do setor da agropecuária, refletindo o bom desempenho do setor agro diante do escoamento de uma safra recorde de grãos que tende a continuar beneficiando o segmento nos próximos meses. Em contrapartida, o destaque negativo ficou para os Serviços profissionais, administrativos e complementares, que recuou 1,0% m/m, refletindo o desempenho negativo das empresas de intermediação de negócios, de atividades jurídicas e de cobranças e informações cadastrais. Apesar do crescimento do setor de serviços ter surpreendido no mês de maio, acreditamos que o resultado não reflete a trajetória para o setor nos próximos meses. Por um lado, enxergamos que a combinação entre o reajuste do salário-mínimo, o aumento das transferências de renda pelo governo, a resiliência do mercado de trabalho e a moderação do processo inflacionário serão importantes vetores positivos que continuarão promovendo a expansão do setor nos próximos meses. Em contrapartida, a conjuntura mais adversa, sobretudo no que diz respeito aos indicadores de mercado de crédito livre para as famílias e o endividamento em níveis historicamente elevados devem funcionar como importantes limitadores para a dinâmica positiva do setor, principalmente ao longo do segundo semestre de 2023.

Setor de Varejo

Varejo:  O volume de vendas no setor varejista recuou 1,0% m/m na comparação mensal, vindo pior que o piso das estimativas de -0,8% m/m, de modo que, acumula alta de 0,8% em 12 meses.  O resultado no mês refletiu a contração observada em quatro das oito atividades analisadas, com destaque para o setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que recuou 3,2% m/m, devolvendo grande parte da expansão do mês anterior de 3,6% m/m, e devido ao seu peso de mais de 50% na pesquisa, serviu como grande âncora para a contração de maio.  Na ponta positiva, tivemos como destaque o desempenho do grupo de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,3% m/m), beneficiado pelo efeito calendário do Dia das Mães. Na nossa avaliação, o resultado de maio reforça a nossa visão de perda de fôlego da atividade varejista ao longo do ano, sobretudo nos segmentos mais ligados ao consumo discricionário e mais sensíveis ao ciclo de política monetária. Acreditamos que o cenário macroeconômico ainda bastante adverso, marcado por uma política monetária contracionista e a expectativa de deterioração dos indicadores do mercado de crédito, sobretudo de inadimplência e de comprometimento da renda com o pagamento da dívida, continuarão pesando sobre a decisão de consumir das famílias nos próximos meses.

Demais Indicadores

Demais Indicadores: Nesta semana, teremos a divulgação do IBC-Br referente ao mês de maio para o qual esperamos -0,4% m/m e 3,5% a/a.

Mercado de Trabalho

Mercado de Trabalho: Não houve divulgações.

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