Dados de Frequência Diária
Agenda da Semana
Frequência Mensal – Indústria
Indústria: Na última semana, tivemos a divulgação dos indicadores de produção de veículos da Anfavea, de expedição de papel ondulado da ABPO e de tráfego pesado nas rodovias da ABCR referentes ao mês de março e da sondagem da indústria da CNI para o mês de abril. Nesse sentido, a produção de automóveis registrou expansão de 0,6% m/m na margem, com destaque para a produção de automóveis que avançou 2,0% m/m no período, dando continuidade à expansão de 2,0% m/m observada no mês imediatamente anterior, de modo que, a produção de veículos atingiu o nível mais elevado desde set/23. Na mesma direção, a produção de papel ondulado registrou alta de 0,8% m/m, ante 1,5% m/m de alta em fevereiro, de modo que, o indicador apresentou crescimento em 5 das últimas 6 leituras, alcançando o nível mais elevado desde abr/21. Em contrapartida, o volume de veículos pesados nas rodovias recuou 0,4% m/m, revertendo o avanço de 0,2% m/m observado no mês imediatamente anterior e registrou o terceiro recuo nas quatro últimas leituras do indicador e o menor patamar desde set/23. Por fim para o mês de abril, a sondagem da indústria da CNI apresentou recuo de 1,0% m/m na margem, interrompendo uma sequência de cinco altas consecutivas, período no qual acumulou expansão de 9,2%. O resultado no mês derivou tanto da piora da percepção das condições atuais de negócios quanto das expectativas futuras da indústria. Em posse dos indicadores antecedentes da indústria para o mês de março que apontam para uma deterioração da performance da indústria no período, com destaque para a forte queda da produção de automóveis e do fluxo de veículos pesados na comparação interanual, projetamos preliminarmente alta de 1,5% m/m da indústria na comparação mensal e de recuo de 2,2% a/a na comparação frente a março de 2023.
Setor de Serviços
Serviços: Na última semana, tivemos a divulgação do índice de tráfego leve nas rodovias da ABCR e da pesquisa mensal de serviços do IBGE referentes aos meses de março e fevereiro, respectivamente. Nesse sentido, o setor de serviços apresentou contração de 0,9% m/m na passagem de janeiro para fevereiro, vindo pior do que o consenso de mercado (0,2% m/m, Broadcast+) e registrou a primeira contração após 3 altas consecutivas de 0,5% m/m nos meses imediatamente anteriores. Este resultado derivou da contração de quatro das cinco atividades investigadas, devolvendo parte do avanço acumulado nas leituras dos meses anteriores. Apesar disso, seguimos avaliando que a perspectiva segue positiva para o setor, em função da resiliência do mercado de trabalho e do consumo doméstico. Por sua vez, o índice de tráfego leve nas rodovias recuou 1,2% m/m, revertendo o avanço de 0,9% m/m registrado no mês imediatamente anterior, de modo que, a média móvel de três meses dessazonalizada recuou de 0,1% para -0,8%, o terceiro mês consecutivo de desaceleração nessa métrica.
Setor de Varejo
Varejo: Nesta semana, tivemos a divulgação da pesquisa mensal do comércio do IBGE e do indicador de emplacamento de veículos leves da Fenabrave referentes aos meses de fevereiro e março, respectivamente. Nesse sentido, o varejo no conceito restrito avançou 1,0% m/m, vindo melhor que o teto das estimativas de mercado (0,3% m/m, Broadcast+). Com este resultado, o indicador se encontra 7,1% acima do nível pré-pandemia, alcançando o nível mais elevado da série histórica. A leitura apontou para avanços disseminados, com altas em 6 das 8 categorias investigadas, com destaque para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9% m/m), outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8% m/m) e livros, jornais, revistas e papelaria (3,2% m/m), segmentos mais ligados ao consumo discricionário. Em relação as vendas no varejo ampliado (que inclui Veículos, Motos, Partes e Peças; Material de Construção; e Atacado de Produtos Alimentícios), houve crescimento de 1,2% m/m, vindo próximo ao teto das expectativas (1,5% m/m, Broadcast+), refletindo principalmente o aumento de 3,9% m/m nas vendas de veículos e motos, parte e peças. O resultado para o mês de fevereiro reforça a percepção de resiliência da economia brasileira neste início de ano, de modo que, revisamos nossa projeção de crescimento no primeiro trimestre de 0,5% t/t para 0,6% t/t, de modo que, a economia brasileira deve apresentar expansão de 1,8% em 2024.
Demais Indicadores
Demais Indicadores: Na próxima semana, teremos a divulgação do índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) referente ao mês de fevereiro. Nesse sentido, diante do bom desempenho dos setores na comparação interanual para o mês de fevereiro, projetamos que o indicador deve apresentar expansão de 4,2% a/a na comparação interanual, de modo que, após ajustes sazonais, o indicador deve ter apresentado expansão de 1,2% m/m na passagem de janeiro para fevereiro.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho: Não houve divulgações na última semana.