Dados de Frequência Diária
Agenda da Semana
Frequência Mensal – Indústria
Indústria: Na última semana tivemos a divulgação da Sondagem da Indústria da FGV referente ao mês de maio. Nesse sentido, o indicador apontou para uma recuperação parcial na margem ao avançar 1,2% m/m, ante queda de 1,7% no mês imediatamente anterior. Segundo o relatório publicado, a melhora em junho mostra redução do pessimismo por parte dos empresários, sobretudo diante das perspectivas menos negativas em relação aos próximos meses, em linha com o cenário de cortes de juros a partir da reunião do Copom de agosto. Entretanto, mesmo com o resultado positivo na ponta a tendência aponta para manutenção da cautela nos segmentos ligados ao consumo de bens duráveis e não duráveis diante da elevação dos estoques e insuficiência de demanda dado o atual cenário ainda marcado por uma Selic elevada e elevado nível de endividamento das famílias. Nesta semana, teremos a divulgação da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE referente ao mês de maio. Nesse sentido, diante da melhora dos indicadores antecedentes para o mês, sobretudo na produção de automóveis, que antecipou o lançamento do programa de impulso ao setor automobilístico por parte do governo, projetamos uma expansão de 0,4% m/m e de 2,0% a/a na comparação interanual.
Setor de Serviços
Serviços: Na última semana tivemos a divulgação da sondagem de serviços da FGV referente ao mês de junho. Nesse sentido, os dados divulgados apontaram para uma melhora da confiança dos serviços ao avançar 4,0% m/m (3,7 pontos) ficando em 96,6 pontos, o maior valor desde out/22 (99,1 pontos). Segundo a pesquisa, a melhora da confiança do setor reflete tanto o desempenho mais positivo dos indicadores sobre o momento presente quanto das expectativas sobre os próximos meses, sendo disseminado entre os principais segmentos pesquisados. O atual estágio do mercado de trabalho, marcado por uma taxa de desemprego historicamente baixa somado ao cenário inflacionário mais benigno contribuem para gerar expectativas mais otimistas para os próximos meses. Entretanto, destacamos que o cenário segue adverso, sendo marcado por uma política monetária ainda significativamente contracionista e um elevado nível de endividamento, que devem contribuir para limitar o desempenho dos serviços nas próximas leituras.
Setor de Varejo
Varejo: Na última semana tivemos a divulgação da sondagem do comércio da FGV referente ao mês de junho. Nesse sentido, os dados divulgados apontaram para uma melhora da confiança do varejo ao avançar 7,9% m/m (6,9 pontos) ficando em 94,2 pontos, o maior valor desde out/22 (98,0 pontos). Segundo a pesquisa, a melhora da confiança do setor reflete tanto o desempenho mais positivo dos indicadores sobre o momento presente quanto das expectativas sobre os próximos meses, sendo disseminado entre os principais segmentos pesquisados. O atual estágio do mercado de trabalho, marcado por uma taxa de desemprego historicamente baixo somado ao cenário inflacionário mais benigno contribuem para gerar expectativas mais otimistas para os próximos meses. Entretanto, destacamos que o cenário segue adverso, sendo marcado por uma política monetária ainda significativamente contracionista e um elevado nível de endividamento, que devem contribuir para limitar o desempenho do comércio nas próximas leituras.
Demais Indicadores
Demais Indicadores: Na última semana tivemos a divulgação da sondagem do consumidor e da construção, ambas da FGV, referentes ao mês de junho. Nesse sentido, os dados apontaram para estabilidade da confiança do setor da construção no mês de junho ao recuar apenas 0,1% m/m. A oscilação levemente negativa decorre diante da perspectiva negativa para a demanda nos próximos meses, devido ao cenário macroeconômico marcado por uma taxa de juros elevada, desestimulando os financiamentos imobiliários. Entretanto, vale destacar que a confiança das empresas de Edificações residenciais evoluiu de forma positiva e alcançou o resultado mais elevado desde out/22, sugerindo os efeitos positivos do programa Minha Casa Minha Vida sobre o setor. Por sua vez, a confiança do consumidor apresentou alta de 4,6% m/m, acelerando em relação ao ganho observado no mês imediatamente anterior (1,6% m/m). Com este resultado, o Índice de Confiança do Consumidor alcançou o nível de 92,3 pontos, o maior patamar observado desde fev/19. A recuperação no mês foi motivada tanto pela melhora da percepção sobre a situação atual da economia quanto das expectativas para os próximos meses, sendo disseminada entre todas as faixas de renda da pesquisa. O destaque no mês vai para o indicador que mede a intenção de consumo de bens duráveis nos próximos meses, o que sugere uma redução do pessimismo na intenção de gastos, frente à melhora da inflação nos últimos meses e a expectativa de queda das taxas de juros a partir de agosto.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho: O CAGED apontou para criação de 155,3 mil novas vagas de empregos formais, abaixo das expectativas de 188,7 mil. Tal resultado decorre da admissão de 2,0 milhões e da demissão de 1,84 milhão de trabalhadores no período. Nesse sentido, todos os grandes grupos de atividade registraram saldos positivos, com destaque para o setor de serviços (83,9 mil). Além disso, a PNAD apontou para o desemprego de 8,3% no trimestre encerrado em maio de 2023, vindo pior do que a expectativa do mercado de 8,2%. Tal resultado representa um recuo (-0,3 p.p.) em relação ao trimestre móvel anterior, e -1,5 p.p. ante o mesmo período do ano anterior. Além disso, o rendimento real habitual (R$ 2.901) apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior e crescimento de 6,6% no ano. Por fim, embora o mercado de trabalho venha apresentando um desempenho mais forte do que o esperado no início do ano, vale destacar a desaceleração do mercado de trabalho, em linha com o atual ciclo de política monetária restritiva.
