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Publicado em 30 de Janeiro às 10:42:29

Monitor de Atividade: Indústria deve continuar sendo limitada pela política monetária

Pandemia

No Brasil, foi registrada média de 83 óbitos diários nos últimos sete dias, com tendência de estabilidade após dois dias de alta. A média de casos conhecidos está em 11,6 mil casos por dia, a mais baixa desde 17 de novembro, quando marcou 11,5 mil, a tendência é de queda. O Ministério da Saúde divulgou o plano de vacinação contra Covid-19 para 2023. Na primeira etapa, que começará em 27 de fevereiro, as pessoas serão vacinadas com o reforço do imunizante bivalente da Pfizer. Esta vacina é uma atualização em relação aos primeiros imunizantes fabricados contra a Covid-19 e protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron. Por fim, foi divulgado o dado de que o Brasil ocupa a 18ª posição do ranking mundial de mortes proporcionais pela covid-19, com 3.266 por milhão de habitantes.

Segundo autoridades, o número de mortes diárias por covid-19 na China caiu quase 80% desde o início do mês, um sinal de que o forte surto de infecções no país começou a abrandar. Anúncios recentes de governos locais e da imprensa indicam que a onda de casos pode ter começado a diminuir desde que atingiu seu pico em dezembro e início de janeiro, quando hospitais e crematórios ficaram saturados. Acredita-se que os números de Pequim representem apenas uma fração da magnitude do contágio, devido aos critérios restritos usados para definir quando uma morte se deve à covid-19. Os casos graves em hospitais também caíram para 36.000 na segunda-feira, 72% a menos que o pico de 128.000 em 5 de janeiro, informou o CCE. O anúncio foi feito durante o Ano Novo Lunar, o maior feriado da China, um período de extensas viagens pelo país que as autoridades alertaram que poderia levar a uma nova explosão de infecções.

As infecções diárias por covid-19 atingiram o pico por volta do dia 22 de dezembro, com uma estimativa de mais de 7 milhões de novos casos por dia, enquanto o pico de mortes foi atingido por volta de 4 de janeiro com cerca de 4 mil óbitos por dia. Há uma assimetria de informação no sentido de que as regiões mais rurais, nas quais a população é majoritariamente mais velha, além de piores condições de tratamento hospitalar, há uma falta de diagnósticos que torna as estatísticas, tanto de casos quanto de mortes, muito incertas. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou a falta de detalhamento da situação epidemiológica chinesa. Com o fim da Covid Zero, restrições de viagens, testes em massa, quarentenas obrigatórias e outras medidas foram abandonadas. Os sistemas de coleta de dados em geral rapidamente ficaram muito aquém da realidade, com menos de 60 mortes oficiais nas primeiras semanas.

Dados de Frequência Diária

Agenda da Semana

Frequência Mensal – Indústria

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV se manteve relativamente estável ao recuar 0,2 ponto em janeiro, para 93,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,9 ponto, pior resultado desde agosto de 2020 (88,7 pontos). Com isso, o ano começa com certa acomodação das expectativas do empresário industrial, com alta da confiança em 11 dos 19 segmentos monitorados. Ao contrário das demais pesquisas já divulgadas, o índice de situação atual apresentou queda (-0,7 ponto) e o índice de expectativas avançou (0,4 ponto). Na próxima sexta-feira, o IBGE divulgará o resultado da Pesquisa Industrial Mensal PIM) referente ao mês de dezembro, para a qual esperamos ligeiro avanço marginal de 0,1% m/m e queda mais pronunciada no interanual com -1,1% a/a. Isso se deve ao cenário macroeconômico adverso, marcado por juros altos e incertezas quanto à condução da política fiscal. Além disso, a leve contração da pesquisa de sondagem da FGV nos indica que há uma certa acomodação do setor, mas ainda com um vetor negativo. Para 2023, mantemos um certo pessimismo para a indústria muito por conta do processo de desaceleração global, como também pela crescente chance de retomada do aumento da taxa básica de juros.

Setor de Serviços

Setor de Varejo

Demais Indicadores

A Sondagem da Construção de janeiro registra queda da confiança de 1,7 ponto, chegando ao patamar mais baixo desde março de 2022. Os empresários da construção começam o ano mais pessimistas na comparação ao final do ano anterior, com a quarta queda consecutiva da confiança sendo muito influenciada pela deterioração das expectativas. A escalada do risco fiscal eleva a preocupação pela retomada do aumento da taxa básica de juros, bem como a sua manutenção em patamares elevados por mais tempo. Por outro lado, na comparação com o mesmo período do ano passado houve uma melhora, muito por conta da normalização das cadeias produtivas que diminuiu os custos das matérias-primas. Enquanto as expectativas negativas afetam todos os setores, empresários ligados à infraestrutura e edificações apresentam melhora no índice de situação atual na comparação anual.

Os indicadores de confiança do consumidor apresentaram resultados opostos. A Confiança do Consumidor FGV para janeiro apresentou recuo de 2,5% m/m, após ter avançado 3,2% m/m em dezembro, alcançando os 85,3 pontos. Esta foi a terceira baixa nos últimos quatro meses, acumulando uma retração de 3,6% em relação ao resultado de setembro, o nível mais elevado desde o início da pandemia no Brasil. O ICC-FGV ainda se encontra 5,1% abaixo do nível pré-pandemia. O principal segmento que explica esse pessimismo é o índice de expectativas (IE), o qual teve queda de 3,6 pontos e chegou a 96,7. A situação financeira futura das famílias foi o destaque negativo ao cair 7,2% m/m. Por outro lado, a situação atual (ISA) teve leve melhora, registrando alta de 0,2 ponto, segunda ligeira variação positiva. Ao analisar os grupos por renda, as famílias de menor poder aquisitivo segue melhorando suas perspectivas, enquanto as de maior poder aquisitivo apresentam piora, de tal forma que os níveis de confiança se equiparam em baixo patamar após longos períodos de grande disparidade. Para os próximos meses, o cenário de inflação, a alta taxa de inadimplência e a desaceleração do mercado de trabalho devem penalizar os resultados do indicador ao longo de 2023. Por outro lado, o índice de confiança da Fecomércio apresentou a quarta alta nos últimos cinco meses. Houve avanço de 2,5% m/m em dezembro, ante -0,5% m/m em novembro. Tanto a situação atual quanto as expectativas avançaram, com 2,9% m/m e 2,4% m/m respectivamente. Segundo divulgação da Fecomércio, essa tendência de elevação deve continuar no início de 2023.

Mercado de Trabalho

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