Dados de Frequência Diária
Agenda da Semana
Frequência Mensal – Indústria
Indústria: Em agosto, a produção industrial apresentou alta de 0,4% m/m, pior do que a mediana do mercado de 0,5%, acumulando queda de 0,3% no ano. Os destaques do mês vão para os desempenhos das categorias de produção de Bens de capital e Bens de consumo duráveis, revertendo parcialmente os desempenhos negativos observados nos últimos dois meses. De maneira geral, tal resultado mostra um perfil disseminado de taxas positivas, uma vez que três das quatro grandes categorias e 18 dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram expansão. Na nossa avaliação, embora apenas um dos quatro grupos das quatro grandes categorias econômicas tenha apresentado resultado negativo, a leitura do mês de agosto corrobora um cenário de lenta perda de fôlego do setor, com performances mais próximas à estabilidade nos próximos meses. Dessa forma, a atividade industrial tem operado em um quadro de “perde e ganha”, com o resultado da indústria geral oscilando em torno de uma tendência de lateralização. Esse movimento fica evidente quando observamos que as atividades que apresentaram resultados positivos em julho e agosto foram as mesmas que obtiveram taxas negativas em abril, maio e junho. Por fim, a Indústria ainda se encontra 1,8% abaixo do patamar observado pré-pandemia (fev/20) e 18,3% abaixo do recorde (mai/11), deixando um carrego estatístico de -0,2% para o terceiro trimestre e de -0,1% para o ano de 2023.
Setor de Serviços
Serviços: Em setembro, o índice de Confiança Empresarial caiu 0,7 ponto, para 94,1 pontos, a quarta queda consecutiva, indicando uma faixa de confiança moderadamente baixa. Tal resultado foi motivado pela piora das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) caiu 2,1 pontos, para 93,1 pontos. Todos os componentes do IE recuaram no mês, com destaque para os indicadores de Demanda no horizonte de 3 meses e Tendência dos negócios seis meses à frente, com quedas de 1,9 e 2,1 pontos, respectivamente. Vale destacar que O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. Nesse sentido, exceto o setor de construção, os demais setores apresentaram queda de confiança.
Setor de Varejo
Varejo: Não houve divulgações.
Demais indicadores
Demais Indicadores: Em setembro, o indicador de confiança do consumidor da Fecomércio apresentou expansão ao sair de 131 pontos para 132,6 pontos na passagem de agosto para setembro na série sem ajuste sazonal. Dessa forma, o indicador apresentou expansão de 18,6% a/a na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Com ajuste sazonal, o indicador apresentou contração de 1,6% m/m, após forte expansão de 3,5% m/m em agosto. Vale destacar que o bom desempenho da série sem ajuste sazonal decorreu do subíndice de consumo atual que apresentou a expansão mais significativa no mês, atingindo o patamar de 85,2 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2015.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho: Em agosto, o Caged registrou a criação líquida de 220,8 mil postos de trabalho formal, melhor do que o consenso do mercado de 173,0 mil, acumulando 1,4 milhão de vagas criadas no ano. Tal resultado é reflexo da combinação entre 2,1 milhões admissões e 1,9 milhão de demissões de trabalhadores no período. Nesse sentido, todos os grandes grupos de atividade registraram saldos positivos, com destaque para a continuidade do bom desempenho do setor de serviços. Apesar da redução do ritmo de criação de vagas, que passou de 1,9 milhão entre janeiro e agosto de 2022, para 1,4 milhão para o mesmo período em 2023, o mercado de trabalho segue resiliente mesmo em um ambiente marcado por uma política monetária restritiva. Nesse sentido, o ritmo de arrefecimento do mercado de trabalho vem sendo mais lento do que o antecipado, com destaque para surpresas significativamente positivas nos meses de fevereiro, março e agosto. Entretanto, parte do bom desempenho no saldo de emprego formal realizado até agora está relacionado com o setor de serviços, refletindo a combinação entre o reajuste do salário-mínimo, o aumento das transferências de renda pelo governo e a moderação do processo inflacionário.