Pandemia
No Brasil, há média de 151 óbitos nos últimos sete dias, indicando tendência de alta. A média de casos conhecidos nos últimos 7 dias está em 27,4 mil casos por dia, com variação em 14 dias de -36%, indicando queda. O Ministério da Saúde e a empresa americana Pfizer assinaram, na última sexta-feira, um acordo para a compra de mais 50 milhões de doses de vacina contra Covid-19. O contrato prevê, inicialmente, a entrega de imunizantes bivalentes para pessoas acima de 12 anos e tradicionais para crianças de 6 meses a 11 anos.
Especialistas do Reino Unido estimam que cerca de 9 mil pessoas estejam morrendo por dia na China em decorrência da covid-19. A informação é da empresa de dados Airfinity. As infecções por covid-19 começaram a se espalhar pela China em novembro e aceleraram em dezembro, após o governo abolir a política de “zero covid”, com o fim de testes em massa, quarentenas e confinamentos. Na semana passada, o governo divulgou que, a partir de 8 de janeiro, vai voltar a emitir passaportes de viagem ao exterior. Embora o governo chinês tenha parado recentemente de publicar dados oficiais sobre a pandemia, a Airfinity estima que, desde 1º de dezembro, cerca de 100 mil pessoas tenham morrido devido à doença no país asiático – os casos chegam a 18,6 milhões. Além disso, é estimado que o pior na China ainda está por vir: o número de infecções pode chegar ao pico de 3,7 milhões por dia em 13 de janeiro, e o de mortes, a 25 mil óbitos diários em 23 de janeiro – com o total de mortes chegando a 584 mil desde dezembro. A Airfinity estima ainda 1,7 milhão de mortes em toda a China até o final de abril de 2023, de acordo com seu comunicado.
Algumas pesquisas feitas pelas autoridades de saúde da China revelam que até 60% da população de algumas cidades do país foi infectada com Covid-19, informou neste sábado o Health Times, uma subsidiária do Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças da província de Sichuan, na região central da China, divulgou nesta semana os resultados de uma pesquisa com mais de 158,5 mil habitantes, que mostra que a taxa de pessoas infectadas pelo coronavírus supera 63%.
O Reino Unido, a Espanha e a França anunciaram na última sexta-feira que passarão a exigir teste com resultado negativo para a covid-19 dos passageiros que chegam da China. Duas cidades da província costeira de Zhejiang (no leste), Quzhou e Zhoushan, calculam que entre 30% e 40% de sua população tenha contraído o vírus.
Dados de Frequência Diária
Agenda da Semana
Frequência Mensal – Indústria
Indústria: Na última semana, tivemos a divulgação da Sondagem da Indústria da FGV referente ao mês de dezembro. O indicador registrou alta de 1,3% m/m, interrompendo uma sequência de três quedas consecutivas, entretanto, a alta foi insuficiente para recuperar as perdas sofridas nos últimos meses. O cenário de perda de dinamismo reflete a persistência de problemas na obtenção de insumos e da redução da demanda, em um ambiente de política monetária contracionista, que levou a um aumento dos estoques no período. Em dezembro, a alta em dezembro reflete uma melhora pontual do índice da situação atual, entretanto, os dados sugerem que os empresários seguem cautelosos em relação às perspectivas futuras, haja vista a perspectiva de desaceleração econômica e incertezas sobre a política econômica do próximo governo. Na próxima semana, teremos a divulgação da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE referente ao mês de novembro. Nesse sentido, os indicadores antecedentes apontam para uma contração da indústria na passagem de outubro para novembro, com desaceleração de todos os indicadores na comparação interanual. Entre eles, vale destacar o recuo de 9,7% a/a da sondagem da indústria e da desaceleração da produção de veículos que passou de alta de 15,1% a/a no mês de outubro para 4,9% a/a em novembro. Dessa forma, em linha com o cenário macroeconômico mais adverso para o setor industrial, projetamos um recuo de -0,6% m/m e de -0,1% a/a da atividade industrial em novembro.
Setor de Serviços
Serviços: Na última semana, tivemos a divulgação da Sondagem de Serviços da FGV referente ao mês de dezembro. Nesse sentido, foi registrada a contração de 1,6% m/m (-1,5 pontos) no mês, de modo que, o indicador atingiu o nível de 92,2 pontos, o menor desde fev/21. Com este resultado, o indicador acumula quedas por três meses consecutivos, devolvendo os ganhos obtidos no segundo e terceiro trimestres de 2022. Este resultado refletiu tanto a piora da percepção atual sobre a economia quanto das perspectivas para os próximos meses, em linha com um cenário macroeconômico adverso marcado por uma elevação do nível de inadimplência, encarecimento do custo do crédito e desaceleração da economia.
Setor de Varejo
Varejo: Na última semana, foi divulgada a Sondagem do Comércio da FGV referente ao mês de dezembro. Nesse sentido, o indicador ficou estável na passagem de novembro para dezembro, se mantendo no nível de 87,2 pontos, menor patamar desde abr/22. O resultado refletiu a piora na percepção sobre a situação atual ter sido compensada por uma leve alta nas expectativas sobre os próximos meses. O cenário macroeconômico adverso prejudica o indicador nos últimos meses, sobretudo o encarecimento do custo de crédito, elevação da inadimplência e as incertezas sobre a política econômica nos próximos meses.
Demais Indicadores
Demais Indicadores: Na última semana, foram divulgados os indicadores da Sondagem da Construção e do Consumidor da FGV referentes ao mês de dezembro. O indicador de confiança da construção recuou 0,3% m/m na passagem de novembro para dezembro, registrando o terceiro recuo consecutivo na margem. Este resultado reflete o pessimismo dos empresários do setor, sobretudo da percepção de arrefecimento da demanda atual. No que lhe concerne, a sondagem do consumidor avançou 3,2% m/m, revertendo parcialmente as quedas observadas nos dois meses imediatamente anteriores. A melhora da confiança reflete principalmente um aumento do otimismo em relação aos próximos meses, sobretudo das famílias de menor poder aquisitivo que vem se beneficiando da expansão de políticas fiscais e recuperação do mercado de trabalho.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho: Na última semana, tivemos a divulgação dos dados de geração de empregos formais (Caged) referente ao mês de novembro. Nesse sentido, houve geração líquida de 135,5 mil postos de trabalho formal, resultado pior que o esperado pelo mercado, que projetava saldo líquido de 147,8 mil (Bloomberg). Vale destacar que a desaceleração pelo terceiro mês consecutivo do saldo líquido de vagas sinaliza a perda de dinâmica da atividade econômica brasileira frente ao ciclo de política monetária restritiva. Em novembro, o resultado do Caged foi puxado principalmente pelo setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com a criação de 106 mil vagas líquidas, beneficiadas pelas contratações de final de ano; e pelo setor de serviços, que teve saldo líquido de 92,2 mil vagas. Embora o setor de serviços tenha apresentado contração no saldo líquido de empregos criados em relação ao mesmo mês do ano anterior, os sucessivos resultados positivos nos últimos meses vêm mostrando o protagonismo do setor na expansão do mercado de trabalho no período pós-pandemia. No acumulado em 12 meses, entre os maiores grupos econômicos, é possível perceber uma desaceleração disseminada no saldo acumulado de empregos formais. O setor industrial e o comércio já vêm apresentando perda de dinamismo há alguns meses, diante do contexto macroeconômico mais adverso e da normalização do perfil de consumo no pós-pandemia que beneficia o setor de serviços. Na mesma direção, o setor de serviços segue apresentando perda de dinamismo, com seis recuos consecutivas na criação de vagas de emprego no acumulado em 12 meses, na passagem de outubro para novembro, esta queda foi de 7,1% m/m. Na nossa avaliação, esta desaceleração é natural, afinal o setor já se encontra próximo do nível mais elevado da série histórica e bem acima do patamar observado antes do início da pandemia.