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Publicado em 29 de Agosto às 08:57:32

Monitor de Atividade: PIB deve crescer 1,0% no 2T22 puxado pelo setor de serviços

Pandemia e Vacinação

Na última semana, o total de doses aplicadas alcançou o patamar de 463,4 milhões, ante 462,9 milhões em nossa leitura anterior, de modo que o percentual da população vacinada com pelo menos uma dose avançou 0,1 p.p. atingindo 85,5%. Ademais, o percentual da população com esquema vacinal completo alcançou o patamar de 81,0% da população, aumento de 0,1 p.p. em relação à semana anterior. No que diz respeito ao percentual da população que recebeu a dose de reforço, houve avanço de 0,1 p.p., alcançando o patamar de 55,0% da população brasileira.

No Brasil, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 138. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -35%, indicando tendência de queda. No mesmo sentido, a média móvel de casos nos últimos 7 dias teve variação de -34% em relação a duas semanas atrás. Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano. Segundo pesquisa com 9 mil pessoas, 65% dos brasileiros infectados pela Covid-19 têm algum tipo de sequela. O sintoma mais comum foi a perda de olfato ou paladar, que atingiu 30%, seguida pela perda de massa muscular, relatada por 25% dos que contraíram a doença.

O número de casos de contaminação por Covid-19 atingiu os 600,64 milhões em todo mundo, segundo levantamento da universidade Johns Hopkins. Já o número de mortes chegou a 6,485 milhões. Os EUA relataram 94,18 milhões infecções e 1,04 milhão de vítimas fatais desde o início da pandemia, ambas as contagens mais altas do mundo, correspondendo a mais de 15% dos números globais. Considerando os dados coletados nos últimos 28 dias, o país norte-americano permanece no topo da lista de óbitos, com 13,4 mil, mas fica na terceira colocação em número de registros positivos para o vírus, com 2,83 milhões.

Pelo levantamento da Johns Hopkins, o Brasil aparece com um total de 34,3 milhões de infecções registradas e 683,3 mil mortes, ficando na segunda posição entre as nações em que a pandemia foi mais fatal e na quarta colocação entre os países mais casos relatados, atrás de Estados Unidos, Índia e França.

No recorte das últimas quatro semanas, é o Japão que aparece com o maior número de casos, com 5,79 milhões, e 6,3 mil mortes, seguido da Coreia do Sul, com 3,2 milhões de registros positivos para Covid-19 e 1,5 mil vítimas fatais.

Outra cidade perto de Pequim entrou em lockdown parcial devido ao avanço dos casos de Covid localmente, ainda que os casos em âmbito nacional estejam em queda. Shijiazhuang, a capital da província chinesa de Hebei, que faz fronteira com Pequim, disse que os testes em massa serão feitos em moradores de quatro grandes distritos do centro e eles devem ficar em casa por três dias a partir das 14h. Domingo. Ele relatou 25 casos locais de Covid no sábado. Além disso, a cidade portuária do norte de Tianjin, que fica perto de Pequim, realizará testes de Covid em massa em toda a cidade na segunda-feira, segundo a televisão estatal. Tianjin relatou 16 casos locais de Covid, enquanto Pequim registrou três, entre 1.294 casos para toda a China. Shijiazhuang também suspendeu os serviços de metrô e interrompeu as operações comerciais não essenciais nos distritos fechados.

Agenda da Semana

Frequência Mensal – Indústria

Indústria: Na próxima semana, teremos a divulgação da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE referente ao mês de julho. Nesse sentido, embora as sondagens tenham apontado para a contração do setor no mês diante do cenário econômico mais adverso, os indicadores antecedentes sugerem que a indústria se expandiu no período, revertendo o recuo observado em junho. Dessa forma, projetamos uma expansão de 0,6% m/m. Na comparação interanual, nosso modelo aponta para uma leve contração de -0,5% a/a.

Setor de Serviços

Serviços:  Não houve divulgações na última semana.

Setor de Varejo

Varejo: Não houve divulgações na última semana.

Demais Indicadores

Demais Indicadores: Na última semana, tivemos a divulgação das sondagens da Construção e do Consumidor da FGV referentes ao mês de agosto. Nesse sentido, o indicador da construção avançou 1,4% m/m, atingindo o maior nível desde dezembro de 2013. O resultado refletiu a melhora tanto do indicador da situação atual quanto as perspectivas futuras, diante da melhora do nível de atividade corrente da taxa de desemprego da economia, recuperando-se da queda observada no mês anterior. Vale destacar que embora o resultado do mês de agosto aponte para uma situação mais favorável, as expectativas estão mais pessimistas do que há um ano, sinalizando que o setor ainda espera por um cenário mais adverso. Por sua vez, a sondagem do consumidor registrou alta de 5,2% m/m em agosto, revertendo a sequência de três quedas consecutivas. Este resultado reflete a melhora das expectativas em relação aos próximos meses, diante do arrefecimento da inflação e da melhora no mercado de trabalho, contribuindo para aumentar a renda disponível para consumo. Na próxima semana, teremos a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao segundo trimestre de 2022. Diante dos avanços disseminados entre os principais setores da atividade econômica, liderados pelos avanços de igual magnitude do setor de serviços e do varejo de 1,1% t/t frente ao primeiro trimestre de 2022, acreditamos que o PIB avançará 1,0% t/t na margem. Embora o produto brasileiro deva apresentar significativo avanço durante o primeiro semestre de 2022, acreditamos que nos próximos trimestres o nível de atividade deva arrefecer. Esse fato reflete os impactos da política monetária contracionista sobre a economia. Entretanto, nossas projeções não apontam para uma contração do PIB em 2022, visto que a aprovação das medidas de impulso à demanda (FGTS, Teto do ICMS e expansão do Auxílio Brasil) darão um fôlego a mais para economia brasileira, sustentando uma demanda que freará os impactos de uma Selic significativamente contracionista sobre o nível de atividade. Na comparação interanual, projetamos um avanço de 3,0% a/a, de modo que, a economia brasileira deva crescer em 2,5% em 2022.

Mercado de Trabalho

Mercado de Trabalho:Na próxima semana, teremos a divulgação dos dados de criação de emprego formal (Caged) e da PNAD Contínua referentes ao mês de julho. Nesse sentido, diante do bom desempenho dos indicadores de atividade econômica, principalmente o setor de serviços, nos últimos meses, e das medidas aprovadas no congresso que visam impulsionar a demanda, acreditamos que no mês de julho o mercado de trabalho teve um bom desempenho no período. Dessa forma, projetamos a criação de 252 mil vagas de emprego formal no mês e de recuo da taxa de desemprego para 9,0% em julho, beneficiados pelo bom momento dos grupos de serviços prestados às famílias e de outros serviços.

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