Dados de Frequência Diária
Agenda da Semana
Frequência Mensal – Indústria
Indústria: Na última semana, tivemos a divulgação dos indicadores de produção de aço do IBS e da sondagem da indústria do CNI referentes aos meses de janeiro e fevereiro, respectivamente. Nesse sentido, a produção de aço laminado apresentou expansão de 2,2% m/m, de modo que, o indicador apresentou o terceiro resultado positivo consecutivo. Com este resultado, o volume dessazonalizado de produção alcançou o nível mais elevado desde nov/22. Na comparação interanual, o indicador apresentou expansão de 8,0% a/a, após avanço de 16,0% a/a no mês imediatamente anterior. Com este resultado, mantivemos nossa projeção preliminar de expansão de 2,3% m/m e de 2,5% a/a da atividade industrial em janeiro. No que diz respeito à sondagem da indústria da CNI, o indicador aponta para uma ligeira melhora da confiança do empresário em fevereiro ao apresentar expansão de 0,8% m/m, dando continuidade à sequência de 3 altas consecutivas observadas nos meses imediatamente anteriores. O desempenho refletiu tanto a melhora das expectativas em relação às condições atuais (3,6% m/m), quanto das expectativas em relação aos próximos meses (0,5% m/m). Entretanto, cabe destacar que as expectativas futuras em relação ao desempenho da economia brasileira recuaram 0,2% m/m na série com ajuste sazonal na passagem de janeiro para fevereiro, refletindo o cenário macroeconômico ainda adverso, marcado por uma política monetária contracionista e custos ainda elevados de acesso ao crédito.
Setor de Serviços
Serviços: Não houve divulgações na última semana.
Setor de Varejo
Varejo: Não houve divulgações na última semana.
Demais Indicadores
Demais Indicadores: Na última semana, tivemos a divulgação do índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) e da sondagem do consumidor da FGV referentes aos meses de dezembro e fevereiro, respectivamente. Nesse sentido, o indicador mensal de atividade registrou expansão de 0,8% m/m na passagem de novembro para dezembro, vindo em linha com o consenso de mercado. Com este resultado, o índice aponta para uma expansão de 0,2% t/t da economia na virada do terceiro para o quarto trimestre de 2023, deixando um carrego estatístico de 0,6% para o primeiro trimestre de 2024. O resultado de dezembro derivou da combinação entre os resultados mistos dos principais setores da economia brasileira. Primeiramente, a produção industrial avançou 1,1% m/m na série com ajuste sazonal. Na mesma direção, o setor de serviços registrou ligeira alta de 0,3% m/m em dezembro, ao passo em que o comércio varejista recuou 1,3% m/m no mesmo período, vindo abaixo do piso das estimativas de mercado (-0,6% m/m). O resultado do IBC-Br de dezembro aponta que a economia brasileira apresentou um reaquecimento no final de 2023, sugerindo que, em parte, o ciclo de afrouxamento monetário empreendido pelo BCB desde ago/23 já possa estar impactando alguns setores. Por sua vez, o indicador de confiança do consumidor da FGV registrou contração de 1,2% m/m, dando sequência à queda de 2,6% m/m observada em janeiro, ao recuar 1,1 ponto para o patamar de 89,7 pontos, o menor nível desde mai/23. Este resultado derivou da deterioração das expectativas para os próximos meses, com forte queda do indicador de situação financeira futura das famílias, refletindo os impactos do ainda elevado nível da taxa de juros e de endividamento sobre a renda das famílias.
Por fim, nesta semana, teremos a divulgação do Produto Interno Bruto do quarto trimestre de 2023. Nesse sentido, diante dos efeitos ainda contracionistas da política monetária sobre a economia e de uma contribuição negativa da agropecuária no último trimestre do ano, projetamos que a atividade econômica deve apresentar estabilidade (0,0% t/t) em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Com este resultado, projetamos um crescimento acumulado de 2,9% no ano. Para o próximo ano, em função dos resultados mais positivos da economia em dezembro e perspectiva de continuidade do ciclo de afrouxamento monetário, avaliamos que há um viés altista para a nossa projeção de crescimento do ano de 1,4%, a ser confirmado na divulgação dos dados do PIB do ano passado.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho: Nesta semana, teremos a divulgação dos dados do mercado de trabalho da PNAD Contínua do IBGE referente ao trimestre móvel encerrado em janeiro. Em função da sazonalidade adverso de início de ano, projetamos uma elevação da taxa de desemprego de 7,4% para 7,8% na passagem do trimestre móvel encerrado em dezembro para janeiro. Para o ano, avaliamos que a taxa média de desemprego deva apresentar estabilidade em relação à 2023, ficando em 8,1% na média do ano, refletindo a expectativa de resiliência da atividade econômica ao longo dos próximos meses.