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Publicado em 03 de Outubro às 12:18:38

Monitor de Atividade: Produção industrial deve avançar 0,6% m/m e 1,1% a/a

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Frequência Mensal – Indústria

Indústria: O índice de Confiança da Indústria foi de 91,0 pontos em setembro, o pior nível desde julho de 2020 (89,8 pontos). Tal resultado reflete melhores avaliações sobre a situação atual, apesar de piora nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) subiu 1,2 ponto, para 89,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,0 pontos para 92,4 pontos. Em relação ao ISA, ocorreu variação positiva na percepção dos empresários sobre a situação atual dos negócios, enquanto o indicador que mede o nível de demanda se manteve estável (91,6 pontos) e o indicador do nível de estoques piorou, aumentando 1,6 pontos para 115,2 pontos. No que diz respeito ao IE, houve piora das perspectivas sobre à produção e para as contratações nos próximos três meses seguintes. Além disso, o indicador que mensura o ímpeto sobre as contratações recuou 4,0 pontos, para 97,0 pontos, pior resultado desde abril de 2023 e o que mede a produção prevista caiu 2,7 pontos para 92,0 pontos, pior resultado desde novembro de 2022. Por outro lado, a tendência dos negócios para os próximos seis meses, subiu 0,5 ponto, para 88,4 pontos, ainda assim, permanecendo abaixo dos 100,0 pontos. Por fim, o nível de utilização da capacidade instalada da indústria apresentou alta de 0,9%, para 81,7%.

Setor de Serviços

Serviços:  O índice de Confiança de Serviços recuou pela segunda vez consecutiva para 96,9 pontos. Tal resultado está relacionado com a piora das perspectivas em relação aos próximos meses. Nesse sentido, o índice de Expectativas (IE-s) caiu para 94,7 pontos. Entre os indicadores que compõem o IE-S, ambos contribuíram negativamente para o resultado: o de demanda prevista nos próximos três meses recuou 1,9 ponto, para 94,9 pontos, e o que indica a tendência dos negócios nos próximos seis meses retraiu 1,3 ponto, para 94,5 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou para 99,1 pontos, influenciado pela estabilidade do indicador de volume de demanda atual (98,6 pontos) e pela alta do indicador de situação atual dos negócios (99,6 pontos) para o maior nível desde outubro do ano passado (100,4 pontos). Por último, o fim do terceiro trimestre reforça a recuperação na confiança dos empresários do setor de serviços. Apesar de duas quedas consecutivas, o terceiro trimestre terminou com alta de 3,5 pontos na confiança em relação ao trimestre anterior. 

Setor de Varejo

Varejo:   O índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 1,6 pontos para 92,2 pontos. Nesse sentido, 4 dos 6 principais segmentos do setor e nos dois horizontes temporais apresentaram contração. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou para 94,2 pontos, influenciado pelo indicador de demanda no momento presente. No mesmo sentido, o Índice de Expectativas (IE-COM) cedeu para 90,5 pontos, influenciado pela queda de 5,1 pontos do indicador que mede a Tendência dos Negócios para os próximos seis meses, que havia subido 8,0 pontos no mês anterior. Por fim, apesar da oscilação da confiança do comércio dos últimos meses, o ICOM médio do terceiro trimestre ficou 4,2 pontos acima da média do trimestre imediatamente anterior.

Demais Indicadores

Demais Indicadores: O índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou alta pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 98,1 pontos, o maior patamar desde outubro de 2022. Nesse sentido, os seus dois componentes apresentaram resultados favoráveis: o Índice de Situação Atual (ISA-CTS) subiu para 96,5 pontos, maior nível desde dezembro do ano passado (96,6 pontos), e o Índice de Expectativas cresceu para 99,8 pontos, maior nível desde outubro do ano passado (103,2 pontos). O crescimento do ISA-CST foi influenciado tanto pela melhora do indicador que avalia o momento atual, que cresceu para 94,7 pontos, quanto melhora do indicador mede o volume de carteira de contrato, que subiu para 98,2 pontos. Na ótica das expectativas, os dois indicadores que compõem o IE-CST também cresceram. O indicador que avalia demanda prevista nos próximos três meses avançou para 102,5 pontos, enquanto o indicador que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses aumentou para 97,1 pontos. Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção subiu 0,4 ponto percentual.

Mercado de Trabalho

Mercado de Trabalho: No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego ficou em 7,8%, em linha com a mediana das expectativas, e a menor taxa desde o trimestre móvel terminado em fevereiro de 2015. Nesse sentido, a população ocupada avançou 1,3% frente ao trimestre móvel imediatamente anterior (mais 1,3 milhão de pessoas) e registrou alta de 0,6% no ano, alcançando o patamar de 99,7 milhões de pessoas. Além disso, o rendimento real habitual (R$ 2.947) apresentou estabilidade em relação ao trimestre móvel anterior. Por fim, o mercado de trabalho segue mostrando resiliência mesmo em um ambiente adverso marcado por uma política monetária restritiva, com destaque para a continuidade do processo de queda da taxa de desemprego acompanhado por uma elevação na taxa de ocupação. Entretanto, devido ao efeito ainda mais defasado da política monetária sobre o mercado de trabalho, enxergamos que o segundo semestre do ano deve ser marcado por um arrefecimento dos indicadores do mercado de trabalho, em linha com o nosso cenário de perda de dinamismo da atividade econômica. Além disso, nesta semana, teremos a divulgação do Caged, para os qual esperamos a criação de 169,2 mil novas vagas.

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