Dados de frequência diária
Agenda da semana
Frequência Mensal – Indústria
Indústria: O Índice Gerente de Compras (PMI) referente ao setor industrial brasileiro, caiu de 47,0 em março para 44,3 em abril. Segundo o relatório, o resultado foi consistente com uma deterioração acentuada na saúde do setor, uma das mais rápidas em três anos. A desaceleração industrial do Brasil se estendeu pelo sexto mês consecutivo, devido a uma contração contínua e crescente no índice de novos negócios. A redução do poder de compra das famílias, a fraca demanda subjacente e a incerteza em torno das políticas públicas pesaram no desempenho do setor. Com relação aos preços, houve um aumento mais rápido, embora modesto, nos preços de insumos, mas as pressões competitivas e as vendas fracas impediram o aumento dos custos de produção. As tarifas ficaram praticamente estáveis em abril, encerrando uma sequência de quatro meses de inflação.
Em abril, os emplacamentos de veículos novos divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), com ajuste sazonal e por dias úteis, cresceram 4,8% m/m. Este foi o terceiro avanço em sequência, após uma queda de mais de 10% na abertura do ano, e assim tem-se uma alta acumulada de 21,5%. Além disso, atinge-se o maior patamar desde junho de 2019, e ainda 7,5% acima do nível pré-pandemia. Na comparação interanual, tem-se alta de 10,4% a/a, a décima segunda consecutiva, para registrar o melhor resultado para um mês de abril desde 2019.
Diante disso, esperamos que a produção industrial apresente avanço de 1,3% m/m em março, na medida em que os indicadores antecedentes apontam para certa melhora do setor.
Setor de serviços
Serviços: O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços no Brasil subiu de 51,8 em março para 54,5 pontos em abril, registrando assim a maior alta em nove meses. A pesquisa mensal mostrou que houve nova melhora nas condições de demanda, renovação de contratos e publicidade. Tanto as vendas quanto a atividade de negócios cresceram a um ritmo sólido e acelerado, com o mercado de trabalho apresentando notável resiliência. Por outro lado, as pressões sobre os preços no setor de serviços permaneceram altas a nível histórico, vinculadas ao aumento dos custos de energia, alimentos, combustível, materiais de construção, transporte e água. Por conta deste resultado forte do setor de serviços, o PMI Composto voltou a crescer mais fortemente em abril, ao atingir a marca de 51,8 pontos, permanecendo em patamar de expansão pelo segundo mês.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE caiu 0,3 ponto em abril, para 91,1 pontos, após duas altas seguidas. Em médias móveis trimestrais, o indicador registra a segunda alta consecutiva, agora em 0,9 ponto, para 90,6 pontos. A suave queda da confiança empresarial em abril manteve o indicador em patamar baixo, refletindo o quadro de desaceleração gradual do nível de atividade dos setores mais cíclicos da economia, uma tendência que vem sendo compensada neste início de ano pelo excelente desempenho do agronegócio. Houve alguma melhora da percepção com relação à situação presente dos negócios e piora das expectativas. Com este resultado, o indicador que reflete as expectativas voltou a ficar abaixo do indicador de situação atual, uma combinação que justifica uma interpretação desfavorável para os resultados das sondagens empresariais em abril. A ligeira queda da confiança empresarial em abril foi determinada pelo recuo de 1,6 ponto do Índice de Expectativas (IE-E), para 91,4 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) caminhou em sentido contrário e subiu 1,3 ponto, para 92,2 pontos.
Setor de Varejo
Varejo: Não houve divulgações nesta semana.
Demais Indicadores
Demais Indicadores: Não houve divulgações nesta semana.
Mercado de Trabalho
Mercado de Trabalho: O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da FGV caiu 1,8% m/m em abril, para 75,0 pontos, após avanços em fevereiro e março. Em médias móveis de três meses, por outro lado, teve o terceiro aumento consecutivo. Desde que apresentou expressiva retração em outubro e novembro do ano passado, o índice tem se recuperado lentamente, mantendo-se, porém, fortemente abaixo de setembro do patamar pré-pandemia (-18,6%), além de 11,8%, ou exatos 10 pontos, abaixo da média histórica do indicador. A queda se disseminou por 4 dos 7 componentes do IAEmp, sendo que a maior contribuição negativa partiu da Tendência dos Negócios na indústria.