Em novembro, o setor de serviços avançou 2,4% na comparação com outubro, melhor que a expectativa mediana de mercado que aguardava um avanço mais modesto de 0,1% (Broadcast). Na comparação interanual, houve crescimento de 10% a/a (resultado influenciado pela base de comparação baixa). Além disso, tivemos revisão dos resultados dos dois meses anteriores que passou de um recuo acumulado de -1,9% para -2,2%.
Houve avanços em quatro das cinco atividades, com destaque para a expansão dos serviços de informação e comunicação (+5,4% m/m); transportes (+1,8% m/m); e serviços prestados às famílias (2,8% m/m). Este resultado contrasta com os números observados para o mês anterior em que tivemos contração bastante disseminada entre os grupos, com destaque positivo apenas para os serviços prestados às famílias.
Os serviços de comunicação e informação (+5,4%) foram impactados pelos serviços de tecnologia da informação e comunicação (+5,6%). Este setor apresenta uma forte recuperação explicada pelo dinamismo das empresas do setor de TI, que fornecem serviços para outras companhias e tem se beneficiado das políticas de home office. Além disso, o grupo de transportes que avançou 1,8%, e praticamente recuperou a perda de 1,9% no mês anterior se beneficiou do avanço no transporte aéreo de passageiros, correio e transporte rodoviário de carga.
Por fim, o grupo de serviços prestados às famílias acumulou o oitavo avanço consecutivo com o resultado de novembro (2,8% m/m). Esse foi o setor que mais sofreu com os impactos da pandemia, diante do caráter presencial das atividades (hotéis, restaurantes, etc.). Com o arrefecimento da pandemia, esse grupo permanece em trajetória de recuperação. O destaque no mês foi o avanço dos serviços de alojamento e alimentação que tiveram expansão de 2,8% m/m. Entretanto, mesmo com a recuperação recente, o setor ainda está 11,8% abaixo do nível observado no pré-Covid e deve continuar a ser o direcionador de crescimento do setor nos próximos meses.
O resultado de novembro rompe com a tendência de queda observada nos dois meses anteriores, revertendo a perda acumulada de 2,2% no bimestre anterior. Com isso, o setor encontra-se 4,5% acima do período pré pandemia e está 7,3% abaixo do recorde histórico da série (novembro de 2014). Apesar do setor de serviços já ter retornado ao patamar pré surto, algumas atividades ainda não conseguiram se recuperar como os serviços prestados às famílias (11,8% abaixo), serviços profissionais e administrativos (4,2% abaixo) e outros serviços (2,5% abaixo).
Para dezembro, os indicadores antecedentes mostram resultados mistos para o setor. A sondagem dos serviços da FGV recuou 1,3% m/m. Já o PMI ficou em 53,6, indicado expansão do setor.
